terça-feira, 30 de setembro de 2014

MANCHETES DOS JORNAIS

O Estado do MA: Roseana inaugura centro de especialidades médicas em SL
Região
Jornal do Commercio: Peregrinação pelo voto
O Povo: Dólar dispara e Bolsa despenca
Nacional 
Correio: Terror de mentira, pânico e verdade
Estadão: Bolsa cai e dólar dispara com cenário eleitoral
Folha: Com Dilma em alta, Bolsa tem maior queda em 3 anos
O Globo: Bolsa tem maior queda em 3 anos e dólar sobe
Zero Hora: Tempo de mudança no Central

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Joãozinho Ribeiro quer desmontar império de Astro de Ogum no Parque Folclórico da Vila Palmeira

    Uma das propostas apresentadas pelo candidato  deputado federal Joãozinho Ribeiro (PCdoB), ex-secretário de cultura no governo Jackson Lago (2007-2009), desaloja o vereador Astro de Ogum (PMN), presidente eleito da Câmara Municipal de São Luís, do comando da Parque Folclórico da Vila Palmeira.
    Astro de Ogum está há mais de uma década no comando do espaço pertencente ao governo do estado. O parque foi criado pelo governador João Castelo com a proposta de ser um espaço de apresentação e convivência dos grupos folclóricos do estado.
    Joãozinho Ribeiro apresenta como um dos "compromissos prioritários" de seus mandato, a intalação no parque em São Luís do "Centro de Referência do Bumba-meu-boi do estado do Maranhão", com atividades permanentes de frmação, difusão e divulgação da cultura popular de todo o estado.
    A administração do parque está entregue atualmente à Federação das Entidades Folclóricas e Culturais do Estado do Maranhão, presidida por Paulo de Aruanda. Enfaticamente seu funcionamento está restrito ao São João com algumas exceções. A programação junina conjuga recursos do estado e município, garantida por emendas parlamentares do vereador.
    Astro de Ogum é dileto amigo da governadora Roseana Sarney. Em atos públicos, como na recente procissão dos Orixás, deixa transparente sua predileção pelos Sarney e satélites. Essa fidelidade foi abalada quando da passagem da brasiliense Alexandra Tavares pelo Palácio dos Leões. A mesura do pai de santo chegou a ponto deste patrocinar - com o devido apoio palaciano - o desfile da escola de samba Túnel do Sacavém, levando para a passarela a primeira-dama do estado como tema e destaque.

Charge do dia - IOTTI (Zero Hora)


MANCHETES DOS JORNAIS

O Estado do MA: Judicialização marca reta final da campanha
O Imparcial: 3 mil vagas de emprego no comércio de São Luís
Região
Jornal do Commercio: Disputa pelo voto do eleitor indeciso
O Povo: Uma nova ordem para o trânsito de Fortaleza
Nacional 
Correio: Com queda de Marina cresce confiança de Aécio
Estadão: Dilma é centro de ataques em debate marcado por tensão
Folha: Dilma não cumpriu 43% das promessas de 2010
O Globo: Serviços já são 65% do orçamento da classe C
Zero Hora: Porto Alegre terá obras da Copa até 2016

domingo, 28 de setembro de 2014

A mentira como método - FERREIRA GULLAR


Eles sabem que estão mentindo e, sem qualquer respeito próprio, repetem a mentira por décadas


Tenho com frequência criticado o governo do PT, particularmente o que Lula fez, faz e o que afirma, bem como o desempenho da presidente Dilma, seja como governante, seja agora como candidata à reeleição.
    Esclareço que não o faço movido por impulso emocional e, sim, na medida do possível, a partir de uma avaliação objetiva.
    Por isso mesmo, não posso evitar de comentar a maneira como conduzem a campanha eleitoral à Presidência da República. Se é verdade que os candidatos petistas nunca se caracterizaram por um comportamento aceitável nas campanhas eleitorais, tenho de admitir que, na campanha atual, a falta de escrúpulos ultrapassou os limites.
    Lembro-me, como tanta gente lembrará também, da falta de compromisso com a verdade que tem caracterizado as campanhas eleitorais do PT, particularmente para a Presidência da República.
    Nesse particular, a Petrobras tem sido o trunfo de que o PT lança mão para apresentar-se como defensor dos interesses nacionais e seus adversários como traidores desses interesses. Como conseguir que esse truque dê resultado?
    Mentindo, claro, inventando que o candidato adversário tem por objetivo privatizar a Petrobras. Por exemplo, Fernando Henrique, candidato em 1994, foi objeto dessa calúnia, sem que nunca tenha dito nada que justificasse tal acusação.
    Em 2006, quem disputou com Lula foi Geraldo Alckmin e a mesma mentira foi usada contra ele. Na eleição seguinte, quando a candidata era Dilma Rousseff, essa farsa se repetiu: ela, se eleita, defenderia a Petrobras, enquanto José Serra, se ganhasse a eleição, acabaria com a empresa.
    É realmente inacreditável. Eles sabem que estão mentindo e, sem qualquer respeito próprio, repetem a mesma mentira. Mas não só os dirigentes e o candidato sabem que estão caluniando o adversário, muitos eleitores também o sabem, mas se deixam enganar. Por isso, tendo a crer que a mentira é uma qualidade inerente ao lulopetismo.
    Quando foi introduzido, pelo governo do PSDB, o remédio genérico --vendido por menos da metade do preço do mercado-- o PT espalhou a mentira de que aquilo não era remédio de verdade. E os eleitores petistas acreditaram: preferiram pagar o triplo pelo mesmo remédio para seguir fielmente a mentira petista.
    Pois é, na atual campanha, não apenas a mesma falta de escrúpulo orienta a propaganda de Dilma, como, por incrível que pareça, conseguem superar a desfaçatez das campanhas anteriores.
    Mas essa exacerbação da mentira tem uma explicação: é que, desta vez, a derrota do lulopetismo é uma possibilidade tangível.
    Faltando pouco para o dia da votação, Marina tem menos rejeição que Dilma e está empatada com ela no segundo turno --e o segundo turno, ao que tudo indica, é inevitável.
Assim foi que, quando Aécio parecia ameaçar a vitória da Dilma, era ele quem ia privatizar a Petrobras e acabar com o Bolsa Família.
    Agora, como quem a ameaça é Marina, esta passou a ser acusada da mesma coisa: quer privatizar a Petrobras, abandonar a exploração do pré-sal e acabar com os programas assistenciais. Logo Marina, que passou fome na infância.
    E não é que o Lula veio para o Rio e aqui montou uma manifestação em defesa da Petrobras e do pré-sal? Não dá para acreditar: o cara inventa a mentira e promove uma manifestação contra a mentira que ele mesmo inventou! Mas desta vez ele exagerou na farsa e a tal manifestação pifou.
    Confesso que não sei qual a farsa maior, se essa, do Lula, ou a de Dilma quando afirmou que, se ela perder a eleição, a corrupção voltará ao governo. Parece piada, não parece? De mensalão em mensalão os governos petistas tornaram-se exemplo de corrupção, a tal ponto que altos dirigentes do partido foram parar na cadeia, condenados por decisão do Supremo Tribunal Federal.
    Agora são os escândalos da Petrobras, saqueada por eles e por seus sócios na falcatrua: a compra da refinaria de Pasadena por valor absurdo, a fortuna despendida na refinaria de Pernambuco, as propinas divididas entre o PT e os partidos aliados, conforme a denúncia feita por Paulo Roberto Costa, à Justiça do Paraná.
    Foi o Lula que declarou que não se deve dizer o que pensa, mas o que o eleitor quer ouvir. Ou seja, o certo é mentir.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Programa de Dino fraudou certidão da polícia para livrá-lo de acusação
Região
Jornal do Commercio: A semana decisiva
O Povo: Preconceito - O mal que aflige o Brasil
Nacional 
Correio: Com a queda de Marina cresce confiança de Aécio
Estadão: Na reta final, candidatos reforçam ações no Sudeste
Folha: PF investiga ligação entre tesoureiro do PT e doleiro preso
O Globo: Indecisos e infiéis são os alvos na reta final
Zero Hora: Erros, omissões, arrependimentos

sábado, 27 de setembro de 2014

São Luís limpa praias sem estação de tratamento

    Por obra do milagre ou prestidigitação, somente um ponto das praias da região metropolitana de São Luís está impróprio para banho, segundo monitoramento realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública, Lacen, da Secretaria de Estado de Saúde. O ponto impróprio fica na Praia de São Marcos, próximo à casa do presidente Sarney e de prédios habitados pela classe média e emergente que votam (é claro) em Dilma.
    O milagre processado é que desde quando foi constatado a impropriedade das praias de São Luís para o banho nenhuma estação de tratamento entrou em operação. As estações são alvo de investigação pelo Ministério Público Federal. Diante do resultado salubre das praias, estação de tratamento virou artigo de luxo de ambientalistas afetados.
    O banhista Ricardo Murad, cunhado da governadora e secretário de estado da Saúde, deve deixar como herança para o próximo governo uma estação pela metade na cabeceira da ponte do Caratatiua, numa área de manguezal suprimida. A obra, financiada pelo Governo Federal, patina há mais de dois anos com os devidos aditivos.
    A poluição das praias e o tratamento do esgoto sanitário de São Luís não foi nem mesmo tangenciado no debate eleitoral este ano.




O Estadão - O PMDB acode o clã Sarney


O Parafuso do Rádio

Pe. João Dias Rezende Filho

Teólogo, genealogista e pesquisador
Chego a casa de meu pai e o encontro com um livro nas mãos. Até aí nada demais, pois meu pai tem a leitura como um hábito. Chamou-me a atenção foi o título: Memórias de um Parafuso. Pedi-lhe o livro e, imediatamente, comecei a lê-lo. Grata surpresa! Páginas dignas de nossas mais altas tradições historiográficas nas quais pontificam, in aeternum, César Marques, Mário Martins Meireles e mais recentemente, o saudoso imortal da Academia Maranhense, o historiador e folclorista Carlos de Lima. Isto para ficarmos somente em três grandes historiadores/historiógrafos de nossa Atenas.
Na dedicatória da obra, leio: "Ao irmão João Dias com um forte do abraço do irmão" e vejo um parafuso desenhado ao lado da assinatura Elvas. Já ficam evidentes os traços de um artista que incorporou um apelido como marca inconfundível de si mesmo. O comendador José de Ribamar Elvas Ribeiro, nascido em 6 de setembro de 1931, autor das Memórias é "de um tempo em que se tinha quase nada e fazia-se quase tudo" como diz em umas das quatro epígrafes que adornam o pórtico da obra. Parafuso é comendador da Ordem do Mérito Timbira, comenda que coroa com justiça a Memória Viva do Rádio maranhense.
Parafuso narra em prosa límpida e pontilhada de humor e picardia, a história não aprendida nos bancos escolares e universitários e sim nas lides diárias de quem fez e faz a vida do rádiode nossa terra. O autor-Parafuso (ou seria o Parafuso-autor?) é o protagonista de uma oficina onde um forte "parafuso sextavado, rosca soberba, se não tiver buraco eu faço um na hora e comigo só chave de boca e eu gosto..." (são palavras do próprio Elvas Ribeiro). No Prefácio da excelente obra de alentadas e divertidas 366 páginas, Élcia Cutrim de Jesus afirma: "As Memórias de Elvas Ribeiro entrelaçam-se a própria história a radiofonia maranhense e brasileira" (p.3). Um verdadeiro monumento ao nosso rádio, que teve início em 1939, quando o Sr. Paulo Ramos, então interventor federal no Maranhão, assinou o decreto instituidor da Estação Transmissora P.R.J. 9 - Rádio Difusora do Estado do Maranhão, esta obra preenche uma lacuna em nossa combalida memória pátria tão cheia de, infelizmente, e aí vai o neologismo que, talvez, nem filho meu seja, deslembranças.
Aquele que topar percorrer estas Memórias de um Parafuso, provavelmente, concluirá a leitura com a sensação de ter presenciado parte da História do Maranhão registrada e espalhada pelas ondas do rádio... Episódios pitorescos como o protagonizado pelo locutor e apresentador Aldir Doudement, o chamado episódio da Melca, que não transcrevo para não estragar a surpresa, fazem rir até o mais sisudo e carrancudo frade. Vale a pena conhecer, ou reconhecer para aqueles que viveram ou mesmo protagonizaram os fatos, os episódios e personagens que fizeram a história deste importante veículo que antes do boom da Televisão e da Internet dominava a mídia e reinava absoluto como meio de comunicação, informação e entretenimento nos lares de todo Brasil.
Um dos mais marcantes fatos narrados por Parafuso, dentre aqueles que nestas últimas quadras do século a pouco findado se sucederam, foi o terrível acidente com o navio Maria Celeste, de bandeira norte-americana, que chocou a população de nosso provinciano burgo, resultando do triste ocorrido 14 vítimas fatais. Há alguns anos, os restos mortais da velha embarcação permaneciam no canal de acesso à antiga Rampa Campos Melo. Parafuso nos conta como o rádio viveu e noticiou aqueles dias de pânico naquele 1954.
Dentre os personagens, Antônio Vieira, ilustre compositor e cantor, homônimo do não menos ilustre orador sacro, é um daqueles de quem Parafuso nos conta fatos e causos que precisavam estar registrados em tinta e papel. Edgar Fontenele, Escurinho do Samba, Japhet Nunes, João Carlos Nazaré, Lopes Bogéa, Bernardo Coelho de Almeida, Leonor Filho, Maria Inês Pires de Sabóia, Oliveira Ramos, Benito Neiva, Careca, Ary Oliveira, Dejard Martins são alguns dos que, com justiça, figuram nesta obra imortalizando a história jamais impressa do nosso radialismo. Até o finado Moto Bar do português Serafim, conspícua instituição boêmia de nossa cidade de outrora, está lá, gravado nas páginas das memórias indeléveis de Parafuso, redivivo no velho Largo do Carmo.
Ao ler esta obra já não é segredo para ninguém que o nobre comendador não é somente o príncipe dos radialistas maranhenses, mas também historiador de escol a nos legar em palavras o que aconteceu de melhor no rádio nesta Terra, onde de acordo com o Poeta, do alto das palmeiras cantam sabiás e... antigos cantores dos programas de auditório nas velhas "difusoras e timbiras", do alto das torres de transmissão, com vozes não menos maviosas que a dos pássaros do poema gonçalvino!
Parafuso, na quarta epígrafe, queixa-se que o rádio maranhense não tem memória. Caro Parafuso, eu ouso discordar de ti e dizer-te: não tinha memória, agora, tem! Desde o último 2 de julho, com o lançamento de teu livro, o rádio maranhense pode se gloriar, sem modéstia, que agora possui suas Memórias eternizadas nas tuas memórias! Concluída a leitura a sensação é de que um aparelho de rádio onde não houvesse este Parafuso, certamente, seria incapaz de funcionar a contento! Seria uma engenhoca sem utilidade!E quem diria que na cabeça de um Parafuso de rádio coubessem tantas histórias, hein?!
E-mail: joaopecegueirodias@hotmail.com

Charge do dia - CABALAU ( O Estado do Maranhão)


Na Coluna do ILIMAR FRANCO


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Uso de PF com fins eleitorais seria "volta atrás", diz Dilma
Região
Jornal do Commercio: Fernando Bezerra passa de João Paulo para o Senado
O Povo: Vereador preso acusado de sacar dinheiro de assessor
Nacional 
Correio: Luiz Estevão terá que cumprir pena de 3 anos e meio
Estadão: Dilma abre 13 pontos sobre Marina e lidera 2º turno
Folha: Dilma sobe e abre 13 sobre Marina no 1º turno
O Globo: Dilma amplia vantagem e passa Marina no 2º turno
Zero Hora: Tiroteio no Bom Fim

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Eleições 2014 do Maranhão - O Estado de S. Paulo



Eleição 2014 do Maranhão - Folha de S. Paulo





MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho cobra explicações para ação da PF em Imperatriz
Região
Jornal do Commercio: Paulo amplia vantagem em relação a Armando
O Povo: Ceará chega ao 50º ataque a banco
Nacional 
Correio: Aposentados têm incentivo para se endividarem mais
Estadão: PF vistoria jato de candidato e Temer vê "intimidação"
Folha: Vice de Dilma acusa PF de intimidar filho de ministro
O Globo: Costa diz que recebeu US$ 23 mi de empreiteira no exterior
Zero Hora: Craque na ativa

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Lambe-Lambe: Fiema é alvo em campanha salarial


Sonora Brasil - Quarteto Belmonte interpreta Edino Krieger no Teatro João do Vale (São Luís - MA)




Eleições 2014 - Maranhão em O Estado de S. Paulo

o

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho diz que Dino "foi um juiz medíocre"
O Imparcial: Segurança no transporte
Região
Jornal do Commercio: Presos têm acesso a armas
Meio-Norte: 8 adolescentes fogem do CEM usando cordas
O Povo: CNJ está no Ceará investigando venda de sentenças
Nacional 
Correio: Receita vai vigiar tudo que você gasta lá fora
Estadão: TCU vê indício de superfaturamento em refinaria da Petrobras
Folha: Governo usa abono salarial para manobrar orçamento
O Globo: Dilma usa discurso na ONU para autoelogios
Zero Hora: Agricultores perdem disputa biolionária

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ronaldo Almeida constrange platéia do Café Literário

    O engenheiro civil mineiro e membro da Academia Maranhense de Letras Luiz Phelipe Andrés foi o convidado do projeto Café Literário de terça-feira, 23, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. A palestra com Philipe Andrés aconteceu 35 anos depois da realização da I Convenção da Praia Grande, suscitada pelo plano de reabilitação do arquiteto John Glisiger. Contratado pelo Secretaria de Planejamento do Estado em 1979, Glisiger desenvolveu uma proposta para o centro histórico. São informações contidas no livro "Reabilitação do centro histórico. Patrimônio da Humanidade" (2012-IPHAN), de autoria do acadêmico, tomando com ponto de partida sua dissertação de mestrado. 
     Em fotos, Andrés mostrou o acervo degradado que se derramava pelas ruas da Praia Grande e o efeito das reformas em prédios e arruamento da área. Citou aspectos técnicos como a metodologia inovadora que permeou o trabalho, utilizando princípios de conservação integrada com intersecção da história, ecologia e sustentabilidade. E, fez referências aos governadores que sucessivamente investiram na reabilitação de monumentos e do conjunto, desde o projeto Praia Grande, na gestão do governador João Castelo (PDS). Andrés concluiu sua palestra injetando alento aos que constatam o declínio da área, apontando principalmente a segurança como um dos problemas cruciais a ser superado.
    Ao suceder o palestrante do Café, o arquiteto Ronald Almeida sem menor cerimônia proporcionou momentos de constrangimento. Se não coletivo, já que a platéia cativa são correligionários do oligarca, em curiosos pelo conhecimento. Sua mesura ao Sarney, do "presidente" Sarney e à governadora Roseana Sarney, extrapolou a gratidão pela passagem em primeira classe para Paris (França), e o coincidente contato com o diretor da Unesco no ano da inclusão de São Luís na lista de patrimônio. Isso sem esquecer o champanhe servido e tudo mais. Servil atitude somente se assemelha à superintendente do Iphan, Kátia Bogéa, que encontrou um meio de citar a governadora no prefácio do livro de André.

Na Coluna do CLAUDIO HUMBERTO

EX-DIRETOR DELATOU 11 SENADORES À JUSTIÇA FEDERAL
O influente ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a quem o ex-presidente Lula chama de “Paulinho”, entregou mais de 60 pessoas em seu acordo de delação premiada, mas por enquanto apresentou provas ou indícios concretos contra apenas 37, dos quais 11 são senadores. Os delatados integram os poderes Executivo e Legislativo, segundo fonte do Ministério Público Federal.

A BANCADA
Os 11 senadores delatados pelo ex-diretor da Petrobras, todos ainda no exercício do mandato, representam 13,5% do Senado Federal.

PRIMEIROS NOMES
Já vazaram os nomes dos senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Edison Lobão (ministro de Minas) e Renan Calheiros, estes do PMDB.

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - 62 anos de emancipação do município











EVENTO DE COMEMORAÇÃO

20h Culto Ecumênico, parabéns e corte do bolo de aniversário

Praça da Matriz - Sede

21h Shows com Dj’s e as bandas Forrozão

Free Lance, Forró Oz Primuz e Forró Esfregue e Dance
Praça do Cruzeiro – Sede


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Rodoviários surpreendem população e recolhem ônibus
Região
Jornal do Commercio: Uma nova orla em novembro
O Povo: Quanto custam as promessas dos candidatos
Nacional 
Correio: Governo passa rombo de R$ bi para conta de luz
Estadão: Dilma abre 9 pontos sobre Marina no 1º turno, diz Ibope
Folha: Doleiro do caso Petrobras negocia delação premiada
O Globo: Dilma abre 9 pontos de vantagem sobre Marina
Zero Hora: Temor confirmado

terça-feira, 23 de setembro de 2014

PLACAR NO CASTELÃO É TRICOLOR


Na Coluna do ANCELMO GOIS


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Governo não vai se intimidar com ataques, diz governadora
O Imparcial: Governo pede Força Nacional nas ruas
Região
Jornal do Commercio: Remando contra a maré
Meio-Norte: MP ameaça parar obra de ponte na zona sul
O Povo: Poluição sonora - Mais de 152 mil denúncias este ano
Nacional 
Correio: Tudo embolado na eleição do DF
Estadão:  Governo faz manobra com R$3,5 bi para fechar contas
Folha: Paulistano são contra demolição do Minhocão
O Globo: Para fechar conta governo saca do Fundo Soberano
Zero Hora: Saque de R$ 3,5 bi para evitar corte

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Marina Silva responde a perguntas de representantes da classe artística

RIO - Luiz Carlos Barreto, cineasta e produtor: A indústria do entretenimento movimentou R$ 1,7 trilhão em 2010, segundo a Pricewaterhouse. No seu programa de governo há algum plano estratégico para o setor? Ou vamos continuar a tratar a indústria cultural como uma atividade ornamental?
Apesar da nossa riqueza cultural, o Brasil não figura na lista dos 20 maiores produtores de bens e serviços criativos no mundo, daí nosso programa contemplar a riqueza cultural como geradora de valor e competitividade globais focando em oito ações prioritárias, como a criação de um sistema de informações sobre economia criativa; a formação profissional; o apoio a empresas do setor; crédito para empreendedores criativos desprovidos de garantias ou avalistas, via Fundos de Aval, entre outros.
Ivan Lins, músico: Os ex-ministros Gil e Juca Ferreira enviaram para a Casa Civil no fim de seus mandatos uma proposta de reforma do Direito Autoral depois de anos de consultas públicas. Há mais de 3 anos os criadores esperam para conhecer o resultado desse esforço. Que compromissos podemos esperar?
A reforma da lei está estacionada na Casa Civil há meses. É nosso compromisso enviá-la ao Congresso Nacional logo nos primeiros meses de 2015. O melhor seria conciliar a defesa dos interesses dos que criam com a facilidade de acesso pela sociedade. Não é razoável a “solução” que prega que os artistas precisarão se sustentar fazendo shows até o final de seus dias ou então vendendo camisetas. É necessário um equilíbrio entre os interesses de produtores de conteúdo, os provedores de aplicação da internet e a sociedade civil.
Patricia Pillar, atriz: O tema reforma política me parece fundamental até para as questões da Cultura. Sem ela, não é possível construir um modelo de democracia que represente os interesses do povo brasileiro. Qual será seu compromisso em relação à reforma política?
Sem dúvida, um dos grandes entraves que a gestão do MinC sofre no atual governo diz respeito exatamente ao (mau) hábito político de entregar “nacos” do Estado a interesses privados ou partidários, negociando o ministério por objetivos outros que não os da Cultura. Nosso compromisso será assegurar uma gestão competente e comprometida com a criatividade, a identidade e a diversidade do povo brasileiro.
Lira Neto, escritor: Qual é a sua posição em relação à polêmica das biografias não autorizadas? O Procure Saber defendeu, de público, a necessidade de autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros legais. Biógrafos, jornalistas e intelectuais protestaram, evocando o direito constitucional à liberdade de expressão.
Neste assunto há que buscar um equilíbrio de direitos. De um lado há o direito à privacidade e à honra das pessoas; de outro, há o direito à informação e à livre expressão. Com equilíbrio, a chamada Lei das Biografias, já aprovada no plenário da Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, poderá assegurar um justo marco regulatório para o tema.
Adriana Varejão, artista plástica: Sobre o decreto do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que permite declarar de interesse público obras de coleções públicas ou privadas, o(a) senhor(a) não acha que o governo deveria focar na manutenção do acervo público que já existe?
Você tem razão. Tratamos do tema na página 123 do nosso programa: “O país tem perdido seu patrimônio artístico sem avaliar os danos que isto produz e sem ter a chance de estimular, antes da evasão, a aquisição de peças para coleções públicas ou privadas. Não se trata de penalizar ou engessar os negócios de colecionadores privados, como pretendeu o Ibram; trata-se, antes, de agir em sinergia, para que existam as condições adequadas de manter nosso patrimônio artístico próximo dos brasileiros”.
Carlo Carrenho, consultor editorial: O crescimento do comércio on-line tem sido cruel com as livrarias. Governos como o dos EUA valorizam o livre mercado e pouco fazem para proteger as livrarias. Mas a França exerce o preço fixo do livro e tem leis anti-Amazon. O seu governo tenderá para que postura?
Para uma postura com a seguinte estratégia: a) Aprimorar políticas para a produção e circulação do livro e oferecer bolsas de criação literária; b) Reduzir o custo dos livros; c) Fomentar a prática leitora, fortalecendo o Proler e o Plano Nacional do Livro e Leitura; d) Apoiar as bibliotecas públicas; e) Fortalecer o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. Vamos retomar a discussão sobre o preço único do livro e o incentivo às pequenas e médias livrarias, que podem ser impulsionadas a partir do uso do vale-cultura.
Márcia Milhazes, coreógrafa: Que medidas concretas podem ser tomadas para que a cultura ganhe mais importância no governo?
Aproximar cultura e educação, de modo que a formação e o desenvolvimento de grupos e atividades culturais sejam estratégicos na introdução do ensino integral; fortalecer programas voltados à cidadania cultural, identidades e diversidade, como o Cultura Viva e ações para mestres da cultura popular e griôs. E priorizar as artes, área em que houve menos avanço nas gestões do PT no MinC. É preciso fomentar a criação de cadeias criativas e preservar a memória e o patrimônio histórico e cultural.
Myrian Dauelsberg, produtora cultural: Como o seu plano de governo vê o vale-cultura?
A lei do Vale-Cultura é uma importante conquista para garantir a cultura na cesta básica. Porém, apesar da lei aprovada, seu alcance ainda é pequeno. Como principal medida, buscaremos assegurar que todos os trabalhadores da iniciativa privada, com renda até cinco salários mínimos, bem como os professores da rede pública, tenham acesso ao vale-cultura. Outra medida será o fomento a ações pulverizadas e comunitárias de oferta de produtos culturais.
Domingos Oliveira, ator e diretor: Bom cinema e bom teatro são bisturi fino. Alcançam lugares aonde nada mais vai: a honestidade, a solidariedade, o patriotismo, a ética, o amor. São imprescindíveis na formação do homem. Para o(a) senhor(a), isso é importante ou um detalhe?
Isso é a alma de um povo. Exatamente por isso, a cultura faz parte de um dos seis eixos estratégicos de nosso programa de governo (eixo 3: Educação, Cultura e Ciência, Tecnologia e Inovação), pois entendemos que somente com a educação aliada à cultura e à inovação é que conseguiremos mudar o Brasil em sua plenitude.
Adailton Medeiros, diretor do Ponto Cine: O Brasil tem cerca de 2.700 salas de exibição para mais de 200 milhões de habitantes. Ou seja: mil a menos do que havia no meado da década de 1970. Qual é a sua proposta para ampliar o número de salas de exibição, descentralizá-las e desonerar o setor?
Experiências como o Ponto Cine (cinema comercial com salas de baixo custo, instaladas em bairros populares e com ingressos a preços acessíveis) deverão ser incentivadas via financiamento pelo BNDES ou arranjos criativos nos municípios (recuperação de salas de cinema fechadas, desoneração fiscal etc.) e garantia de ampliação de público com iniciativas como A Escola Vai ao Cinema, estímulo ao uso do vale-cultura para aquisição subsidiada de ingressos e programa de incentivo ao cineclubismo.
Lilian Barreto, produtora cultural: Quais são as suas prioridades para o Fundo Nacional de Cultura?
A parte da produção artística e da cultura que não encontra espaço no mercado. Ou seja: a formação cultural continuada; a experimentação, pesquisa e inovação estética; a cidadania cultural, a identidade e a diversidade; conservação e preservação do patrimônio cultural; manutenção de corpos artísticos estáveis (desde teatro de grupo até orquestras).
Leoni, músico: O Ministério da Cultura é o de menor dotação orçamentária do país. Qual é a sua posição em relação à PEC 150, que garante 2% do orçamento federal para cultura sem contingenciamento? Vai mobilizar a base governista para garantir sua aprovação rápida?
A PEC 150 é estratégica para a efetivação do Sistema Nacional de Cultura e encontra-se pronta para votação na Câmara dos Deputados. No entanto, sua votação tem sido constantemente adiada há quase dez anos. Nosso compromisso será ampliar o orçamento da cultura desde o começo do governo e avaliar as ações da área da cultura para incrementar e ajustar os recursos.
Marcos Villaça, escritor e imortal da ABL: Qual é a sua ideia em relação à interação povo e cultura? Distingue cultura de massa e cultura popular?
Nosso lema para o novo Ministério da Cultura a partir de 2015: “a massa ainda comerá do fino biscoito que fabrico” (Oswald de Andrade). Cultura é tudo. Cultura interage, promove trocas, sínteses. Cultura é identidade, mais alteridade, gerando solidariedade. Cultura é tradição e invenção ao mesmo tempo; é erudita e popular; é de massa e singular. Cultura é de todos e para todos.
Jorge Mautner, músico e compositor: Hoje, se investe muito imposto via leis de renúncia para financiar musicais do exterior em superproduções de milhões. Por que não investir esse dinheiro nos talentos do país, que em cada estado guarda tesouros de exuberância poética e filosófica?
Estamos em acordo Jorge Mautner. Nosso programa de governo (pg. 129) prevê “combinar diferentes mecanismos de financiamento, evitando que as leis de incentivo fiscal sejam a maior fonte de recursos do setor”. Assim fortaleceremos o Fundo Nacional de Cultura para que, em um primeiro momento, tenha, no mínimo, os mesmos recursos que os destinados à renúncia fiscal. Com isso, programas praticamente abandonados pelo atual governo, como o CULTURA VIVA e os Pontos de Cultura poderão ser retomados e fortalecidos, bem como o conjunto da criatividade de nosso povo, que será tratada como bem estratégico para o fortalecimento de nossa identidade e diversidade, o que vai muito além de uma simples redução à condição de mercadoria.
Amir Haddad, diretor de teatro: Acredita que a Lei Rouanet contribuiu para uma mais justa distribuição de verbas públicas? Dinheiro público, manipulado por particulares, chega a todos igualmente e honestamente? Uma cidade é para quem vive nela ou para quem vive dela?
A chamada Lei Rouanet é analisada em nosso programa (pg. 129): “No que concerne ao financiamento, temos de considerar ainda que o universo da cultura é heterogêneo, composto por alguns setores lucrativos e outros necessariamente deficitários; alguns agentes aptos a competir no mercado e outros sem chances de inserção comercial. Há que combinar diferentes mecanismos de financiamento, evitando que as leis de incentivo fiscal sejam a maior fonte de recursos no setor.”
Eduardo Barata, produtor cultural: Desde a sua criação, a Lei Rouanet nunca foi operacionalizada de uma forma eficiente pelo Ministério da Cultura, deixando o proponente sem informação e detalhamento dos projetos. O Procultura possui uma estrutura muito mais complicada e complexa, com várias comissões e departamentos. Se até hoje, em mais de 20 anos, a Rouanet não foi operacionalizada pelo governo da forma esperada, como os senhores pretendem implementar esta detalhada nova lei? Na opinião dos senhores de quem é a responsabilidade pela distorção da Rouanet: do governo, do proponente ou da iniciativa privada?
De fato, a lei Rouanet, passados mais de 20 anos de sua aprovação, tem sérios problemas de operacionalização, tanto na fase de aprovação dos projetos, quanto na da prestação de contas. Há um conjunto de responsabilidades, seja do governo ou proponentes e iniciativa privada. Se, de um lado, o ProCultura poderá resolver várias distorções na lei, por outro, poderá agravar problemas operacionais, burocratizando o processo. Nossa intenção é analisar a lei em seu atual estágio (ainda sem aprovação no congresso) de modo a dar agilidade em sua implementação, como por exemplo: a partir do Sistema Nacional de Cultura, permitir que estados e municípios que também contam com leis de incentivo, possam analisar e aprovar projetos (com abrangência local e até determinado valor) à Lei Rouanet.

Maranhão e Piauí têm maiores percentuais de intenção de votos para Dilma Rousseff

    Depois do Piauí é o Maranhão o estado onde a intenção de voto para a reeleição da presidente Dima Rousseff tem o maior percentual, segundo pesquisa realizada pelo Ibope.     São 60% dos eleitores que dizem votar na petista, enquanto que Marina tem 19% e o tucano Aécio apenas 6%. No Mato Grosso e Roraima, Dilma tem o mais baixo percentual: 35%. Segundo o instituto, em cinco estados Marina está na frente, entre eles São Paulo.
Veja tabela sobre pesquisa de intenção de votos para presidente:


Uma piada de Sarney?

Por Abdon Marinho (advogado)
    Circula no mundo cibernético, as vezes em vídeo, as vezes em texto, a coleção de colocações inusitadas do candidato Lobão Filho. Colocações com alto potencial corrosivo à sua candidatura. Quem não lembra, por exemplo, quando disse que iria implodir o presídio de Pedrinhas? Quando disse que começa o expediente as nove da manhã? Quando disse que fica posando de homem honesto? Quando sugeriu consultas por telefone? Quando sugeriu que a melhor solução para segurança seria, ao invés de colocar quatro homens numa viatura, colocar cada um em uma moto? A última que recebi nem considerei uma piada em si, o candidato dizia que conhece o pai desde que nasceu. Embora para muitos, esta tenha sido mais uma piada, levei em conta as milhares de crianças que nascem todos os anos de pais desconhecidos. O candidato dizer que conhece o pai desde que nasceu não é tão absurdo, a considerar todas as outras coais ditas e chistes, como aquele a que respondeu a uma pergunta, pertinente, de um jornalista, respondeu dizendo que na casa do mesmo todo mundo era (o número do candidato), pai, mãe, avós, cunhados e até os bichos de estimação, como cão, gato e papagaio.
    E se o candidato não se ajuda, sua equipe de marketing e comando de campanha também não ajuda. Será que ninguém se deu conta que daria margens a inúmeras interpretações, um candidato chamado Lobão, com o retrospecto que possui, aparecer com aquela mão enorme sobre o Maranhão? Resultado, virou aos olhos de muitos, o “homem da mão grande”. Será que ninguém se deu conta da idiotice que era colocar o candidato e seus aliados, inclusive pessoas importantes e influentes, fazendo a saudação nazista, de triste memória? Não. Ninguém sabia que estavam repetindo como autômatos os gestos da Segunda Grande Guerra. Falei sobre isso em textos anteriores.
    Ainda neste tema, outro dia vi uma outra patetice que consistia em – acreditem –, tatuar (acredito que tatuagem provisória) o número do cidadão no braço dos eleitores. Pelo que soube, prefeitos, lideranças, deputados e até a governadora do Maranhão, andou fazendo essa tolice.
    A rigor, do ponto de vista prático, nada teria demais. Acontece que a tatuagem no braço tem uma simbologia nefasta. Os nazistas tatuavam uma numeração nos seus prisioneiros. Uma marca que os sobreviventes do Campos de Concentração carregaram e carregam até hoje a dolorosa lembrança. Nos antecedentes, trata-se, de mais uma coincidência de triste memória. Uma candidatura que adota a saudação nazista e que tatua o número nos eleitores. Me perdoem, mas é muita falta de noção.
    A falta de noção, aliás, se repete nas coisas mais comezinhas. Outro dia, distribuíram uma foto do cidadão saudando os eleitores maranhenses direto de uma praia… no Rio de Janeiro. E ele nem estava lá, na verdade, estava num lugar bem mais belo, aqui mesmo no Maranhão, o aprazível município de Santo Amaro. Por que não mandaram a foto do candidato saudando os eleitores direto de Santo Amaro? Seria uma ótica jogada de marketing.
    Quem conhece um pouco de política, estranhou que o grupo Sarney, depois de tantos anos no poder, não tenha produzido uma liderança com mais consistência, com capacidade de enfrentar qualquer debate com os adversários. O primeiro que apresentaram, não tenho a menor dúvida, se sairia bem melhor. Teríamos, ao menos, em termos de debate, um nível muito mais elevado.
    Se analisarmos bem a história recente, veremos que até meses antes da escolha, pessoas sérias não cogitavam o nome do atual candidato, não apenas para governador, mas para cargo algum. A maioria das pessoas já achou escandalosa a opção como suplente do pai, quanto mais ser escolhido para titular do senado e menos ainda para governador.
    Apesar disso, logo que operaram a mudança e chamaram o Sr. Lobão Filho para a disputa, um candidato improvável, achei que era uma candidatura para valer, tinham o governo do estado, uma governadora que ficaria no mandato até o fim,  todos os senadores do Maranhão e até um do Amapá apoiando, quase todos os deputados estaduais e federais, quase todos os prefeitos, ex-prefeitos e lideranças municipais, um ministro de Estado, o próprio pai do escolhido, a presidente e o ex-presidente da República, ambos com grande aceitação. Trata-se de muito apoio, nunca ninguém teve tanto.Tinham, sobretudo, dinheiro, tanto de suas fortunas pessoais acumuladas ao longo dos anos, quando da capacidade de arrecadar pela influência política.
    Era, pesado tudo isso, uma candidatura de respeito, muito poder concentrado. Apesar de tudo isso, até aqui, não têm conseguido ir muito longe. Estão transformando um capital político em pó. Não me digam que isso tudo o desejo de mudança do povo. Claro que esse sentimento é o principal eleitor, entretanto, o que temos visto é uma monumental incompetência política, de marketing, de organização.
    A crônica política do Brasil levará anos para explicar como uma candidatura com tanto apoio, com tantas condições chegará ao final bem menor que o começou. Embora não conheça pessoalmente o candidato, custo a acreditar que um senador da República se revele tão despreparado. Sobretudo alguém que ostenta na biografia dois cursos superiores e que está no senado da República há sete anos, que foi secretário de Estado, por quatro e, tão bem nascido a ponto de conhecer o pai desde que nasceu, nas suas própria palavras.
    Registro que logo nas primeiras presepadas escrevi um texto dizendo que a opção por ele, ao meu sentir,  se revelava mais emocional que técnica. Mas, como explicar que não tenham encontrado ninguém melhor ou que arriscassem o futuro do grupo numa escolha emocional? O candidato Lobão Filho parece não possuir qualquer preparo para nada e, apesar dos cargos ocupados, não parece ter aprendido muita coisa com eles. Arrisco dizer que é bem pior que Dilma ou Roseana, conhecidas nacionalmente pelas tolices que dizem. A presidente, inclusive, de tão famosa, chegou a criar um vocabulário próprio: O dilmês. Roseana, todos conhecemos, dispensa apresentações.
    A cada dia que passa, por tudo dito acima, ninguém leva a sério o Sr. Lobão Filho. Daqui a pouco as pessoas estarão dizendo nas ruas, nos bares e repartições: “Sabes a última do Lobão Filho?”. Caminha para isso, para virar piada.
    Outro dia o senador e ex-presidente Sarney, um dos patronos da escolha, contou uma piada reciclada num evento de campanha. Fico pensando, cá com meus botões, se não seria a escolha, também uma piada do senador. Uma piada sem graça, diga-se de passagem, porque priva os cidadãos maranhenses de um verdadeiro debate.
Abdon Marinho é advogado.

Charge do dia - CLAYTON


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Polícia prende 15 suspeitos de ataques a ônibus em SL
Região
Jornal do Commercio: Por um planeta saudável
O Povo: 64% dos cearenses ainda não escolheram deputado estadual
Nacional 
Correio: A briga dos candidatos pelos votos do entorno
Estadão: Empresas de energia terão extra de R$ 7 bi em 2015
Folha: USP gasta mais com funcionário que com professor
O Globo: Dilma classifica erro do IBGE de banal
Zero Hora: Meritocracia está fora de planos de candidatos

domingo, 21 de setembro de 2014

O sonho acabou - FERREIRA GULLAR

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O que move defensores da legalização da maconha é a necessidade que têm de se opor ao que é 'careta'
Falando com sinceridade, confesso que não consigo entender a razão que leva certas pessoas a defenderem a legalização do uso da maconha, e entendo menos ainda quem defende o mesmo para as drogas mais pesadas.
Mas fiquemos na maconha. Os defensores de sua descriminalização valem-se de argumentos que exaltam as virtudes dessa erva. Segundo eles, a maconha possui virtudes medicinais inegáveis.
Para outros, ela é inofensiva e deve ser liberada para lazer, muito embora, conforme afirmam médicos psiquiatras e pesquisadores, trate-se de uma erva com inegável poder alucinógeno.
Eu mesmo, que não sou médico, garanto-lhes que a maconha provoca alucinação e o digo por experiência própria, por fatos ocorridos com meus filhos e com meus amigos.
Em alguns desses casos, poderia ter morrido alguém, tal o descontrole em que ficaram os maconhados.
É verdade que isso não ocorre com todo mundo, pois também conheço gente que fuma maconha há anos e nunca agrediu ninguém. Mas, se alguns podem ser levados ao delírio, por que dizer que essa erva não é ofensiva? Aliás, ela abre caminho para as drogas pesadas.
Argumentam eles que o álcool é pior que a maconha, mas não é proibido. Pode ser, mas estou certo de que muito menos gente consumiria bebida alcoólica se isso fosse proibido, o que é inviável.
No Brasil, são milhões de alcoólatras, causando uma despesa, para tratá-los, de mais de meio bilhão de reais aos cofres públicos.
A legalização da maconha certamente levará ao aumento de consumidores e das despesas com seu tratamento. O que o país ganharia com isso? O certo seria uma campanha educativa em larga escala para mostrar aos que ainda não usam drogas que usá-las é autodestruir-se.
Posso estar enganado, mas percebo, em meio a essa polêmica pela legalização da maconha, algo mais que uma simples disputa em defesa da saúde ou do direito de todo cidadão usufruir do que lhe dá prazer.
Na verdade, o que move alguns dos defensores da legalização é a necessidade que têm de opor-se ao estabelecido, ou seja, ao que é "careta".
Para entender o problema basta lembrar como foi que tudo começou, quando se drogar se tornou o modo de afirmação dos jovens. Esse foi um fenômeno de abrangência mundial, ligado à nova música que tomou conta da juventude nos anos 1960 e 70. A guitarra elétrica e a entrega ao delírio das drogas são frutos de um mesmo momento.
Esse fenômeno teve o seu ápice nos espetáculos musicais que reuniam dezenas de milhares de jovens e que eram uma espécie de entrega coletiva ao delírio ampliado pelo consumo de cocaína, maconha, ácido lisérgico e tudo o mais.
Com o passar dos anos, alguns dos ídolos desse período morreram de overdose, enquanto os que sobreviveram continuaram cantando e tocando, mas já envelhecidos e fora de moda como o prestígio das drogas que, não obstante, apropriadas pelos traficantes, consolidaram-se num mercado internacional clandestino, que movimenta bilhões de dólares.
Assim, a dependência, nos viciados, tomou o lugar do sonho (que acabou), enquanto a sociedade burguesa, que aquela geração abominava, voltou a ser vista como o caminho mais seguro a seguir.
Por outro lado, a repressão contra as drogas se intensificou, mas sem grandes resultados. Daí a tese de que o mal maior é o tráfico e que a legalização das drogas acabaria com ele.
Acabaria mesmo? Para que isso aconteça será preciso manter a venda de drogas no nível atual (ou certamente ampliado) e que o comércio legal passe a comprá-las dos produtores clandestinos, na Colômbia, na Bolívia, no Paraguai e sabe-se onde mais. Isso porque, se a oferta de drogas aos viciados não for satisfatória, eles recorrerão aos traficantes.
A mais nova proposta é que a legalização das drogas seja feita por todos os governos do mundo. Se isso ocorresse, os governos teriam que criar uma espécie de ministério específico, com centenas ou milhares de funcionários para atender a produção, distribuição e venda das drogas e, ao mesmo tempo, preparar-se para o tratamento médico de uma população de dependentes que, com a liberação, como as bebidas e o cigarro, atingirá a casa dos milhões e milhões.
Pois é, e tudo isso por culpa dos Beatles e dos Rolling Stones.