segunda-feira, 31 de julho de 2023

Ex-vereadora de Coroatá deve assumir vaga de Flávio Dino no Senado

Lourdinha

A segunda suplente do senador eleito Flávio Dino (PSB), Lourdinha (PCdoB), deve ter recebido com satisfação a notícias de que a primeira suplente do ministro da Justiça, Ana Paula Lobato (PSB) concorrerá à prefeitura de Pinheiro nas eleições municipais de 2024.  

Flávio Dino está em alta na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não abre mão do colaborador nem mesmo para que este componha o pleno do Supremo Tribunal Federal, STF.

Pelo andar da carruagem a primeira suplente e ex-vice prefeita de Pinheiro não se encantou com os poderes da Câmara Alta. 

A intenção da primeira suplente de concorrer à prefeitura de Pinheiro deve se intensificar neste segundo semestre, cumprindo regulares agendas no município hoje dirigido por Luciano Genésio. Em 2024, o afastamento das atividades do Senado será natural da pré-candidata, abrindo então vaga para a segunda suplente. 

Lourdinha tem uma longa militância política iniciada muito antes de concorrer ao primeiro cargo eleito em 2004, filiada ao PDT, quando foi eleita vereadora no município de Coroatá. De lá para cá foi eleita mais quatro vezes vereadora pelo PCdoB em eleições subsequentes. Pela sua declaração de bens, não faz parte do clube dos políticos milionários do estado do Maranhão, com relação avaliada em pouco mais de R$ 900 mil. 

 

 

Caso Pochmann: o “cosmopolitismo periférico” dos liberais brasileiros, por Christian Lynch

 O cientista político e historiador, Christian Lynch, usou o exemplo da grande mídia sobre a nomeação do economista Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para ilustrar os aspectos estruturais do debate ideológico, como o “cosmopolitismo periférico” dos liberais brasileiros e a intolerância no meio acadêmico. Confira:

A “polêmica Pochmann” revela aspectos estruturais do debate ideológico que nada têm que não tem a ver com a qualidade, nem o caráter do Pochmann ou da Simone Tebet. A primeira delas é o famoso “cosmopolitismo periférico” dos liberais brasileiros.

Os cosmopolitas periféricos se veem como “cidadãos do mundo moderno”, mas esse mundo na verdade se resume aos EUA e os outros países que falam inglês. Acreditam que ciência, filosofia e teoria são universais, mas esse universo curiosamente só existe no Atlântico Norte.

O liberal brasileiro como “cidadão do mundo” se vê como representante da cultura, da filosofia, da teoria anglófona em uma periferia. O Brasil é percebido em um lugar periferico, atrasado, é tudo que se produz nele tende a ser percebido como qualitativamente inferior.

O cosmopolita periferico não gosta do Brasil, preferia morar fora. Só gosta de aspectos do país que não tema ver com a sua civilização humana, como a natureza, ou culinária, ou aspectos da cultura que repetem padrões do Atlântico Norte ou por ele reconhecidas, como bossa nova.

Para o cosmopolita periferico, o único modo de ser “cidadão do mundo” é como cônsul do que se pensa ou se produz no “universo” (Atlântico Norte) na periferia, ocupando o mesmo lugar de tradutor ou intermediário cultural exercido pelas elites no tempo em que o Brasil era colônia.

Por conseguinte, o cosmopolitismo periferico acha que o Brasil é um lugar problematico, porque sua cultura é diferente da americana, e que ele só se levantará no dia em que abrir todos os seus poros para a cultura que fala inglês e se tornar uma espécie de 51o. estado americano.

Do ponto de vista acadêmico, nada que se produz que não esteja alinhado com o que se faz no atlântico norte tem valor científico. O debate teórico de lá nunca é pensado como tendo a ver com problemas ou aspectos da cultura de lá, porque o Atlântico Norte é o “universo” inteiro.

Para o cosmopolita periferico, o que está fora do Atlântico Norte são colônias incapazes de produzir teoricamente algo de valor sobre seus próprios problemas. Os problemas da periferia são sempre os mesmos do “centro”.

A boa ciência brasileira é aquela que vai a reboque da que está na moda no Atlântico Norte, e seus bons centros de pesquisa são aqueles que lhe dão a impressão de “não estar no Brasil”. Quem não trabalha nessa chave, sequer é considerado acadêmico.

O curioso e ainda mais ideológico no cosmopolitismo periferico dos liberais é que a produção intelectual do próprio centro não se resume à produção de orientação ideológica liberal. Lá tem de tudo. Mas só é considerado universal o que vier do Atlântico Norte & for liberal.

É óbvio que não há como produzir ciência sem pretensão a universalidade, e que há muita porcaria que se produz em nome da autonomia do decolonial ou do nacionalismo exagerado. Não defendo aqui nem um nem outro, porque ambos produzem muito maus resultados.

Chamo só a atenção para o fato de que a militância ideológica está no exagero das duas pontas, ou seja, tanto no caráter colonizado do cosmopolitismo periferico quanto do eventual nativismo do nacionalismo periferico, que frequentemente prima pelo improvisado ou falta de rigor.

O segundo ponto para o qual gostaria de chamar a atenção é para a intolerância no meio acadêmico. Um acadêmico que produz algo de que você não gosta porque não partilha da sua concepção de ciência não é um “não acadêmico”, “um falso acadêmico”. É só um “mau acadêmico”.

Eu discordo de uma porção de gente na academia, à esquerda e à direita, por serem demasiado ideológicos ou militantes, mas não posso em São consciência negar que sejam meus colegas. Se são doutores e fazem pesquisa, são meus colegas.

E a qualidade acadêmica não tem a ver com a militância em si. Todo mundo que escreve para o público, que tem coluna em jornal e revista, emite opinião e é portanto “militante” em algum grau. Foucault, Weber, Keynes, Hayek, eram todos acadêmicos e militantes. Aqui é a mesma coisa.

Então academia e militância, ou intelectualidade pública pelo exercício público da razão, não são atividades incompatíveis, nem interdependentes. Podem ser bem feitas ou mal feitas, juntas e separadas, tanto por simpáticos aos tucanos quanto por simpáticos aos petistas.

Ideologias, temos todos. A questão é o seu grau, e se dela conseguimos conscientemente separar os papéis, que devem ser desempenhados de forma distinta, e em lugares distintos, para ser bem desempenhados, com capacidade e responsabilidade nas duas pontas.

Claro que, quando se está filiado a um partido, a coisa fica complicada, porque o grau de comprometimento ideológico tende a se elevar. Mais ainda quando se trata de um seu intelectual orgânico, como o Jessé ou Pochmann, cujos méritos acadêmicos não avalio, para não fulanizar.

O intelectual de partido tende a não produzir boa ciência, porque tende a ir a reboque da política partidária. Mas mesmo assim, isso depende da maior ou menor qualidade do acadêmico, se ele sabe ou não separar as coisas. Então, convém não generalizar, e julgar caso a caso.

Poderá ficar horas aqui falando desse assunto, mas minha paciência acabou. Abraços a quem conseguiu chegar até aqui.

Joaquim Ferreira dos Santos - No dia do orgasmo, garanta o seu



Salve o prazer, salve-se quem puder, porque o calendário avisa que esta segunda (31) é o Dia Internacional do Orgasmo e, educadamente, fingiremos todos que ontem, que anteontem, foi dia de outra coisa qualquer.

Salve ele, o orgasmo da espécie que for, se múltiplo, se solitário, se acompanhado da gritaria de “ai, meu Deus!” ou de centenas de fogos de artifício explodindo na cabeça de seu usufrutuário. Salve a quem se ajoelha a Senhor tão poderoso e cada vez mais abertamente reconhecido por suas benesses. Salve a apresentadora Angélica, que acabou de presentear a mãe com um vibrador igual ao seu, de ultimíssima geração.

Um governo de esquerda deveria ter uma política voltada para a geração de orgasmos e tirar 30% das mulheres brasileiras da miséria de, segundo pesquisa recente, jamais ter tido um. Gozar é capítulo primeiro da constituição que interessa, um item fundamental da cesta básica que põe o país de pé. Semana passada, o anúncio da retomada das aulas de educação sexual soou como medida razoável para se chegar a uma nação mais equilibrada e feliz — mas, calma, isso é apenas uma preliminar.

Todo poder emana da alegria do orgasmo e é bom que ele esteja entrando na pauta do jornal não mais como uma dificuldade, um Shangrilá distante aonde talvez nunca se chegue. Virou uma conquista, uma caixinha de surpresas a ser apreciada sem moderação e com bom humor. Recentemente, deu aqui no GLOBO, pesquisadores da Universidade Charles, em Praga, na República Tcheca, identificaram três tipos de orgasmo feminino, que graciosamente rotularam de “onda”, “avalanche” e “vulcão”.

Hoje, em comemoração à data magna de uma existência plena, tenha o seu do tipo que lhe aprouver o desejo e as circunstâncias. Pimenta ao gosto. Depois — se o desfalecimento dos sentidos ainda permitir alguma gota de memória, na resenha sublime de um pillow-talk em conchinha — rotule aquele que pareceu ter sido o seu. Cuidado. Uma vez Woody Allen comentou que finalmente tivera um na noite anterior, mas o analista garantiu que tinha sido do tipo errado.

Todo tipo de orgasmo vale a pena, e tanto é digno de parabéns os orgânicos, aqueles alcançados apenas com os dotes fornecidos pelo Criador, como os da nova saliência artificial, onde se destacam a avassaladora intensidade do sugador feminino e a maciez do Egg, um artefato masculino. Só não saia da cama sem o seu. Descarte o do tipo Meg Ryan, aquele em que, numa mesa de lanchonete, ela começa a gemer incongruências, a resfolegar sustenidos, a ter um formigamento escalando os poros, até finalmente soltar um “oh god!” de alívio. Foi em “Harry e Sally”. Era do tipo falso.

O orgasmo de verdade saiu do armário e cada um corre com as armas que possui atrás desse direito inalienável do cidadão, como anuncia com transparência moderna, no enfrentamento dos rigores da menopausa, a sempre discreta Angélica. Sem mais dessa coisa antiga de fingir estar sendo arrebatado pelo farfalhar de uma constelação de borboletas, pelo alvoroço da banda do Corpo de Bombeiros tocando “Satisfaction”, ou tudo mais que deveras não se sente. Ele é pop, tá na Globo, e é bom que assim seja, às claras, na real, porque saúde é coisa séria — e orgasmo, então, nem se fala.

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                         

  

 Governo deve propor mudanças no saque-aniversário



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domingo, 30 de julho de 2023

FRASE DO DIA

“Escrever a história é um modo de livrar-se do passado”. 

J. W. Goethe

Charge do dia - Jean Galvão (Folha)

 


NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                        

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sexta-feira, 28 de julho de 2023

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                       

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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Charge do dia - Laerte

 


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terça-feira, 25 de julho de 2023

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                     

  Dia especial para a maranhense Ary Borges na Copa do Mundo de Futebol

 Respeitem as meninas



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segunda-feira, 24 de julho de 2023

FRASE DO DIA - Vereador Marlon Botão (PSB) sobre a gestão Eduardo Braide (PSD)

 “Nunca tivemos um prefeito tão presente e trabalhador que, em dois anos de mandato, já entregou diversas obras, revitalizou escolas e hospitais e ainda tem muito mais a fazer até o fim do mandato. Quem fala são os números. As creches que estavam abandonadas estão em reforma e o povo reconhece”

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                    

  "Agora é nossa vez", diz Duarte Jr sobre a eleição para prefeito de São Luís

 

 


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domingo, 23 de julho de 2023

Pedro Dória - Como a internet criou radicais

 Existe uma correlação direta entre o declínio de jornais locais em cidades pequenas e médias, a entrada da internet e a polarização política. É a conclusão que dá para tirar de uma série de estudos que vêm sendo publicados desde 2018 pelo economista Gregory Martin, professor da Universidade Stanford. São números referentes ao mercado americano. Mas, ainda assim, não é difícil perceber por ali possíveis correlações com o que vem acontecendo no Brasil.

Seu paper mais recente, de abril último, mostra o impacto do site Craigslist ao longo das últimas duas décadas. Não tivemos nada como ele no Brasil — num momento ainda anterior às redes sociais, Craigslist ofereceu espaço com anúncios locais, quase sempre de graça, em todos os Estados Unidos. O impacto econômico nos jornais locais, em que os cadernos de classificados pagavam um bom naco da conta, foi imenso. O mesmo se deu no Brasil um tico depois, com o baixo custo de publicidade on-line oferecida por Google e Facebook. Aqui teve a mesma consequência: secou uma das principais fontes de renda de todos os jornais, levando principalmente em cidades pequenas ao desaparecimento de muitos títulos.

Os títulos que sobreviveram tiveram de secar sua produção. Repórteres, redatores e editores foram demitidos em massa, e o resultado foi que a cobertura local de noticiário diminuiu. Há menos gente atenta ao que ocorre nas Câmaras Municipais, nas prefeituras, as histórias da vizinhança vão aos poucos desaparecendo, pois não há quem as conte. Mas essa é a parte para a qual a literatura acadêmica já tinha muitos indícios. O efeito político do desaparecimento do noticiário local é que é pouco compreendido. E ele existe.

Com menos informação a respeito de políticos locais, melhorou a performance daqueles políticos com discursos mais extremados quando comparados aos moderados. É possível perceber esse padrão, pois, nas cidades onde os jornais locais aguentaram mais o tranco, o fenômeno não se repetiu. A existência de uma imprensa que pressiona candidatos a respeito de suas posições faz, concretamente, diferença. A ausência de jornalismo, por outro lado, torna mais difícil distinguir o que separa extremistas de moderados. A hipótese levantada pelo estudo é que se trata, inicialmente, de um jogo de probabilidade. As chances de candidatos extremistas se lançarem e sobreviverem às agruras da campanha aumentam conforme há menos informação circulando.

Não é só. Com o tempo, os eleitores também se radicalizaram. Se antes era comum quem votasse tanto no Partido Republicano quanto no Democrata, variando na escolha dos candidatos de acordo com o cargo, isso foi desaparecendo. O voto num candidato à Presidência começou a se aproximar cada vez mais do voto em políticos locais. Ou seja, a política se radicalizou e, simultaneamente, se nacionalizou. Os temas locais desapareceram, e as grandes disputas ideológicas sobre temas relacionados a comportamento e organização social se impuseram. E dominaram o debate político.

Por aqui, não há estudo similar. Seria difícil repeti-lo, embora não impossível. Mas temos o fenômeno: a internet mudou de tal forma o mercado de anúncios que desestruturou economicamente jornais grandes e pequenos. No caso dos pequenos, quando não os matou, feriu de morte. Somos perfeitamente capazes de enxergar, também, a consequência. Nossa política se radicalizou, se nacionalizou, e grandes temas locais sumiram.

Não é absurdo imaginar que cá, como lá, o fenômeno e o resultado possam ter relação de causa e consequência.

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                                                                                                                   

  Governo lança programa de ação para Segurança Pública

 Interior concentra 70% dos empregos gerados no Pará



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