sábado, 30 de dezembro de 2023

Morre vereador de Imperatriz em acidente na BR-010

O vereador da Câmara de Imperatriz, Roberto de Sousa Silva (PP), morreu neste sábado, 30 de dezembro, em acidente na BR-010, conhecida como estrada do arroz, próximo à cidade de Dom Eliseu, no estado do Pará. O carro que conduzia se chocou com uma carreta. 'Roberto da Estrada do Arroz' tinha 43 anos completados no dia 26 de dezembro e morreu no local do acidente.

A Câmara Municipal de Imperatriz emitiu nota de pesar pelo falecimento do vereador Roberto da Estrada do Arroz estava no exercicio do mandato desde março de 2022. Ficou na suplência nas eleições de 2022 com 797 votos. A Câmara de Imperatriz tem 21 vereadores. 


Confira a nota da Câmara:

Nota de pesar

É com imenso pesar que a Câmara Municipal de Imperatriz lamenta o falecimento do vereador Roberto de Sousa Silva, ocorrido em um trágico acidente de trânsito. Conhecido como Roberto da Estrada do Arroz, era casado com dona Elivania Cruz, pai amoroso de quatros filhos. Roberto deixa um legado de dedicação à família e à comunidade. 

Roberto, além de sua atuação como vereador, era advogado licenciado e destacou-se como investigador da Polícia Civil do Pará, evidenciando seu comprometimento com a justiça e a segurança pública. Anteriormente, dedicou sua energia como Professor efetivo de Ensino Fundamental, hoje licenciado, deixando sua marca na formação educacional de muitos jovens. Ele desempenhou um papel fundamental como representante do povo.

Neste momento de dor, expressamos nossas condolências à família enlutada e aos amigos, desejando que encontrem conforto em Deus. Que sua memória seja preservada como exemplo de serviço à sociedade e comprometimento com o bem comum.



NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                 

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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

domingo, 24 de dezembro de 2023

NOS JORNAIS

                                                                                                                                                                

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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O direito das mulheres à literatura - Cristianne Lameirinha

Maria Firmina dos Reis autora de "ùrsula", primeiro romance escrito por uma brasileira

Barreiras expõem dificuldades de exercerem liberdade e pensamento crítico

 A literatura, para Antonio Candido, é direito inalienável do sujeito, indispensável à humanização. Espaço de desacato, para a escritora argentina María Teresa Andruetto, ela nos questiona, perturbando certezas. A literatura abre as fronteiras da liberdade de pensamento e da construção do sujeito crítico e sensível, o que a torna alvo de Estados autoritários, atentos à rebeldia que costuma fomentar.

Como, então, garantir às brasileiras o acesso à leitura e à fruição literárias? Como, por outro lado, garantir a elas o direito de escrever e de serem lidas? É preciso abordar a iniquidade histórica do acesso das mulheres à educação e aos direitos políticos, e à possibilidade de se expressar e de fazer da literatura um espaço de desacato às narrativas consagradas que, de forma significativa, segregam as mulheres do papel de protagonistas, enquanto seus autores procuram manter presença hegemônica em catálogos de editoras de prestígio, no debate da crítica literária, nos currículos escolares e universitários, consolidando-se pela conquista dos principais prêmios da categoria.

Já em 1838, Nísia Floresta desacatou a sociedade ao abrir uma escola para meninas —brancas—, ensinando línguas, matemática, ciências naturais e sociais. O direito ao voto feminino, apesar de restrito às maiores de 21 anos alfabetizadas, foi incluído na Constituição de 1934, após décadas de insolência e teimosia, somadas às perseguições a quem lutava por direitos políticos iguais aos dos homens.

Ainda hoje, são muitas as barreiras enfrentadas pelas meninas para terem acesso à educação e desfrutarem da literatura como direito: condições socioeconômicas, trabalho doméstico, pobreza menstrual, gravidez precoce —associadas à carência de políticas públicas antirracistas e antissexistas de ensino. 

Esse cenário permite compreender, não sem indignação, as razões pelas quais os esforços empreendidos por mulheres no intuito de concluir diferentes etapas do ensino formal permanecem invisibilizados, pouco refletindo em chances efetivas de se obter igualdade salarial e de oportunidades diante de homens com funções e formação semelhantes, o que se reflete na autopercepção das mulheres em relação à própria humanidade e em sua capacidade de fabular e exercer a liberdade e o pensamento crítico.

lista de livros obrigatórios anunciada pela Fuvest para os vestibulares do triênio 2026-28, formada exclusivamente por escritoras de língua portuguesa, nascidas no Brasil, em Portugal, Moçambique e Angola, negras e brancas de períodos distintos, é, nesse contexto, um desacato radical. É uma oportunidade ímpar para se levar escritoras às salas de aula, de forma a debater o quão subversiva pode ser a escrita de uma parcela relevante da população brasileira e mundial, cuja produção se mantém marginalizada, em particular, por questões de gênero.

A nova lista terá impacto no mercado editorial e, sobretudo, no ensino de literatura, exigindo um esforço de leitura e análise das obras, além de pesquisa e (re)conhecimento das autoras como artistas e sujeitos de suas épocas. Também irá ampliar a repercussão das literaturas de autoria feminina entre jovens leitoras, que terão a possibilidade de ver representadas a si mesmas e a suas pautas —tomara que encurtando o caminho das mulheres rumo à garantia de seus direitos sociais, entre eles, o direito à literatura.

Cristianne Lameirinha

Autora do romance “A Tessitura da Perda” (ed. Quelônio), pelo qual foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura, ambos na categoria Estreante (2023); mestre e doutora em letras (literatura francesa, FFLCH-USP)

Imagem do dia

 

O procurador geral da República, Paulo Gonet, e o presidente Lula

Poema do dia - O Amor, de Maiakovski

 Um dia, quem sabe,

ela, que também gostava de bichos,

apareça

numa alameda do zôo,

sorridente,

tal como agora está

no retrato sobre a mesa.

Ela é tão bela,

que, por certo, hão de ressuscitá-la.

Vosso Trigésimo Século

ultrapassará o exame

de mil nadas,

que dilaceravam o coração.

Então,

de todo amor não terminado

seremos pagos

em inumeráveis noites de estrelas.

Ressuscita-me,

nem que seja só porque te esperava

como um poeta,

repelindo o absurdo quotidiano!

Ressuscita-me,

nem que seja só por isso!

Ressuscita-me!

Quero viver até o fim o que me cabe!

Para que o amor não seja mais escravo

de casamentos,

concupiscência,

salários.

Para que, maldizendo os leitos,

saltando dos coxins,

o amor se vá pelo universo inteiro.

Para que o dia,

que o sofrimento degrada,

não vos seja chorado, mendigado.

E que, ao primeiro apelo:

– Camaradas!

Atenta se volte a terra inteira.

Para viver

livre dos nichos das casas.

Para que doravante

a família seja

o pai,

pelo menos o Universo,

a mãe,

pelo menos a Terra.

Vladimir Maiakovski (1893-1930), poeta russo.