sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Coisas do Maranhão sem fronteira - Abdon Marinho

    Não faz muito tempo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado foi obrigada a divulgar por todos os meios de comunicação e afixar placas na orla marítima informando a balneabilidade das praias, se próprias ou impróprias para o banho, etc.
     As críticas sobre a caótica situação levaram o Secretário de Saúde do Estado e o Presidente do Senado virem a público dizerem que era invenção e que essa tal poluição não existia. Soube até que o primeiro, acompanhado da família e de alguns acólitos foram à praia para agradáveis mergulhos. O segundo não ousou tanto, mais fez um artigo questionando a seriedade dos laudos. Quem iria questionar as palavras de um senador num assunto de tal magnitude? Se diz que não há poluição, não há poluição. Ponto.
     Pois bem, leio aqui no Jornal Pequeno, edição de hoje, que o Maranhão irá receber R$ 30 milhões reais, para... despoluição das praias de São Luís. Pois é justamente aquelas que não estavam poluídas.
No Maranhão tem dessas coisas. As pessoas enfrentam a verdade sem qualquer constrangimento. Depois fica o dito pelo não dito. O escrito pelo não escrito.
     Todos os dias no meu itinerário casa/trabalho vejo o lastimável estado dos rios que cortam a ilha.
    Ontem quase chorei ao ver uma língua de esgoto onde outrora era o Rio Calhau, a mesma situação do Rio Pimenta, o Rio Paciência, o Rio São João. todos viraram canais de esgotos. Esses trinta milhões irão sumir no ralo e serão insuficientes para ao menos iniciar um trabalho sério de despoluição nas nossas praias não poluídas.
 É assim.
 
ENQUANTO ISSO... NO LAUDO OFICIAL