O engenheiro civil mineiro e membro da Academia Maranhense de Letras Luiz Phelipe Andrés foi o convidado do projeto Café Literário de terça-feira, 23, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. A palestra com Philipe Andrés aconteceu 35 anos depois da realização da I Convenção da Praia Grande, suscitada pelo plano de reabilitação do arquiteto John Glisiger. Contratado pelo Secretaria de Planejamento do Estado em 1979, Glisiger desenvolveu uma proposta para o centro histórico. São informações contidas no livro "Reabilitação do centro histórico. Patrimônio da Humanidade" (2012-IPHAN), de autoria do acadêmico, tomando com ponto de partida sua dissertação de mestrado.
Em fotos, Andrés mostrou o acervo degradado que se derramava pelas ruas da Praia Grande e o efeito das reformas em prédios e arruamento da área. Citou aspectos técnicos como a metodologia inovadora que permeou o trabalho, utilizando princípios de conservação integrada com intersecção da história, ecologia e sustentabilidade. E, fez referências aos governadores que sucessivamente investiram na reabilitação de monumentos e do conjunto, desde o projeto Praia Grande, na gestão do governador João Castelo (PDS). Andrés concluiu sua palestra injetando alento aos que constatam o declínio da área, apontando principalmente a segurança como um dos problemas cruciais a ser superado.
Ao suceder o palestrante do Café, o arquiteto Ronald Almeida sem menor cerimônia proporcionou momentos de constrangimento. Se não coletivo, já que a platéia cativa são correligionários do oligarca, em curiosos pelo conhecimento. Sua mesura ao Sarney, do "presidente" Sarney e à governadora Roseana Sarney, extrapolou a gratidão pela passagem em primeira classe para Paris (França), e o coincidente contato com o diretor da Unesco no ano da inclusão de São Luís na lista de patrimônio. Isso sem esquecer o champanhe servido e tudo mais. Servil atitude somente se assemelha à superintendente do Iphan, Kátia Bogéa, que encontrou um meio de citar a governadora no prefácio do livro de André.