domingo, 31 de janeiro de 2021
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Abertas as inscrições para o projeto Aluguel no Centro
Os proprietários de imóveis no centro histórico de São Luís poderão se inscrever no projeto Aluguel no Centro lançado pela Secretaria de Estado de Cidades do Governo do Maranhão. As inscrições podem ser feitas pelo site aluguelnocentro.ma.gov.br ou presencialmente na Secretaria de Estado de Governo (Segov), localizada no Ed. João Goulart, Av. Pedro II, centro.
Para os interessados na moradia a previsão é de que as
inscrições se iniciam no dia 1º de março. A partir dessa data a lista dos
imóveis estará disponível no site podendo o interessado fazer a sua escolha. Em
caso de haver mais de um interessado pelo mesmo imóvel, o beneficiário será
definido por sorteio.
Para tirar dúvidas e obter mais informações os interessados
podem entrar em contanto pelos seguintes canais de comunicação: pelo site
aluguelnocentro.ma.gov.br, e-mail aluguelnocentro@segov.ma.gov.br ou pelo
telefone (98) 2016-4275.
O projeto Aluguel no
Centro e novos editais do Adote um Casarão, que fazem parte do Programa
Estadual Nosso Centro, são medidas de fomento à economia do estrado. O Aluguel
no Centro tem como objetivo incentivar a habitação no centro da capital,
facilitando o acesso à moradia no atual momento de crise, assegurar a
recuperação e preservação de imóveis e fomentar o comércio e o desenvolvimento
sustentável.
O secretário de Cidades, Márcio Jerry, chamou a atenção para
dois editais em especial, o do casarão onde funcionou em décadas passadas o
conhecido Moto Bar, e outro que foi sede do Iterma. Pelo projeto empresas
privadas terão a oportunidade de fazer reformas dos casarões, de propriedade do
Governo do Maranhão, e ocupá-los de forma gratuita, para instalar projetos e
atividades econômicas.
“O programa Nosso Centro vem progressivamente aperfeiçoando suas
ações, que visam definitivamente repaginar o centro de São Luís, cuidar do
patrimônio cultural e dinamizar atividades econômicas, explorando as
potencialidades locais”, declarou o secretário Márcio Jerry.
Podem participar do
Aluguel no Centro servidores públicos (federais, estaduais e municipais de São
Luís), comerciantes com CNPJ ativo e trabalhadores com carteira assinada. O
Governo do Estado pagará 80% do valor do aluguel, com concessões válidas por
períodos de até 5 anos.
Outra ação anunciada durante a coletiva foram os editais do
Adote um Casarão. O projeto tem como meta ocupar 15 casarões, dos quais 10 já
estão disponíveis e os demais em obras.
Estadão - Governo inexistente
Para o País que trabalha e produz, está claro que não se deve contar com um governo que não existe mais, se é que algum dia existiu.
A palavra do presidente Jair Bolsonaro não vale nada. Diz algo num dia para desmentir suas próprias declarações no dia seguinte, desmoralizando-se como chefe de governo. Bolsonaro tornou-se sinônimo de caos – sua especialidade desde que aprontava como militar indisciplinado.
A rigor, sua gestão nem pode mais ser chamada de “governo”, pois um governo presume alguma direção, projetos claros e liderança política razoavelmente sólida. Bolsonaro não inspira nada disso: é, ao contrário, fonte de permanente inquietação e desorganização.
Para o País que trabalha e produz, está claro que não se deve contar com um governo que não existe mais, se é que algum dia existiu. Pior: é preciso encontrar maneiras de defender a vida e o patrimônio da dilapidação institucional e administrativa promovida pelo bolsonarismo.
Raros são os ministros de Bolsonaro que se salvam. A mediocridade é tamanha que o País aplaude quando um ministro não faz mais que sua obrigação e não atrapalha seu setor. Em áreas estratégicas, como Educação, Saúde, Meio Ambiente e Relações Exteriores, há mais do que simples incapacidade: Bolsonaro colocou ali ministros cuja missão parece ser a de ajudá-lo a vandalizar o Brasil.
De vez em quando, alguém lembra do dever de chamar esses sabotadores à responsabilidade. Atendendo a uma representação do partido Cidadania, que acusa o almoxarife que comanda a Saúde, Eduardo Pazuello, de omissão diante da crise de desabastecimento de oxigênio para doentes de covid-19 em Manaus, a Procuradoria-geral da República requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito.
Não deve ter sido fácil para o procurador-geral da República, Augusto Aras, fazer o requerimento, mas, premido pela indignação nacional, decidiu afinal tomar alguma providência, e o ministro do STF Ricardo Lewandowski rapidamente atendeu ao pedido de inquérito.
A insanidade no Ministério da Saúde, que agora se tornou caso de polícia, retrata com fidelidade a essência do governo Bolsonaro – mas, em defesa do intendente, enfatize-se que a responsabilidade final e soberana é de quem o colocou lá.
Foi Bolsonaro quem passou os últimos meses a fazer campanha contra a vacina, contra o distanciamento social e contra as autoridades que trabalhavam para conter a pandemia. Promoveu aglomerações, receitou remédios inúteis e perigosos e escarneceu de mortos e doentes.
Pazuello, portanto, não é causa, mas consequência de um catastrófico desgoverno – cujo presidente ninguém de bom senso leva mais a sério e cujo principal fiador, o outrora superpoderoso ministro da Economia, Paulo Guedes, sai de férias e ninguém dá pela falta.
Aos brasileiros aflitos com as sombrias perspectivas econômicas após o fim do auxílio emergencial, Bolsonaro reserva o mais absoluto desdém: “Lamento muita gente passando necessidade, mas nossa capacidade de endividamento está no limite”. Ou seja, Bolsonaro não perde o sono diante do sofrimento de milhões de brasileiros a quem lhe coube governar e não toma nenhuma medida para cortar gastos e viabilizar o imprescindível auxílio emergencial.
Tampouco se empenha pelas reformas e pelas privatizações. A recente renúncia do presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, está diretamente relacionada à dificuldade de tocar adiante a privatização da estatal, em razão da falta de envolvimento de Bolsonaro. Não foi o primeiro a abandonar o barco por frustração das expectativas criadas pelo discurso supostamente liberal de Bolsonaro – no qual só acreditou quem quis.
O objetivo de Bolsonaro na política sempre foi o de salvaguardar os interesses de seu clã. Não é por outro motivo que entrou de cabeça no processo sucessório das Mesas Diretoras do Congresso. Quer ali políticos que lhe sejam fiéis o bastante para livrá-lo do impeachment, blindar a filharada e, de quebra, aprovar meia dúzia de projetos para agradar a sua base de fanáticos. Os mortos, os doentes, os desempregados e os famintos só lhe interessam na exata medida de seu projeto de reeleição. Foi a isso que Bolsonaro reduziu a Presidência da República.