domingo, 29 de junho de 2014

O Estadão - Da glória do Cruzado à solidão do Amapá


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho terá 52% do tempo de rádio e TV
Região
Jornal do Commercio: Ave, Cesar!
Meio-Norte: Brasil passa protegido por São Júlio César
O Povo: Júlio César brilha
Nacional 
Correio Braziliense: Com o coração na mão
Estadão: Júlio César garante a vaga
Estado de Minas: Ufa!
Folha: Júlio Cesar e trave salvam Brasil de vexame em casa
O Globo: Júlio César salva o Brasil
Zero Hora: Júlio salvador César

sábado, 28 de junho de 2014

FRASE DO DIA

"Daqui a 50 anos, quando quiserem saber da história do estado, vão ter de ler meus livros."
Senador José Sarney (PMDB-AP) em discurso de despedido em Macapá (AP), estado para onde se transferia depois de perder a legenda para Epitácio Cafeteira no Maranhão.

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Candidato, Lobão Filho prega transformação no Maranhão
Região
Jornal do Commercio: Os pés da esperança
Meio-Norte: Confirmados 6 nomes na disputa do governo
O Povo: O freguês que mete medo
Nacional 
Correio Braziliense: O mundial em dia do Copa América
Folha: Justiça dos EUA impede Argentina de pagar dívida
O Globo: Déficit do governo bate recorde a vai a R$ 10,5 bi
Zero Hora: Lá vem o Chile

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Câmara Municipal de São Luís inicia dança das cadeiras entre suplentes do PT

   O primeiro-suplente de vereador, Nelsinho Brito, entra no lugar do vereador Honorato Fernandes (PT), ex-líder do governo, na Câmara Municipal de São Luís na próxima semana, iniciando a dança das cadeiras no legislativo. Nelsinho Brito é do grupo do ex-petista Bira do Pindaré, agora deputado estadual da bancada do PSB.
    Honorato foi eleito com 3.664 votos. É o único vereador do Partido dos Trabalhadores. Nelsinho Brito obteve 1.706 votos como candidato da coligação PT-PTB, esta última legenda comandada pelos irmãos Manoel Ribeiro e Pedro Fernandes, deputado estadual e deputado federal, respectivamente.
    O vereador petista se licenciará por quatro meses para cuidar da sua campanha à Câmara Federal. O petista pertence a ala defensora da aliança PT-PMDB no Maranhão, aguilhoada pelo grupo político do senador José Sarney. Deve fazer parte do palanque do filho do ministro Edison Lobão. Não cabe, portanto, atestado médico para justificar a licença. Durante o período que ficar afastado do Palácio Pedro Neiva de Santana, Honorato Fernandes será substituído por Nelsinho Brito e pelo segundo suplente, César Bombeiro.
Indústria de licenças
    Além de Honorato, caminham para a licença outros cinco vereadores do colegiado de 31 integrantes do legislativo de São Luís. É comum, no acordo entre suplente e licenciado, a manutenção do gabinete. Neste caso, a consequência pode ser a ampliação da folha da Câmara, uma caixa preto incólume há anos a ações do Ministério Público e quem se habilitar a desvendá-la.

Quem são os vereadores candidatos:
Antonio Isaías Pereirinha (PSL)
Gutemberg Araújo (PSDB)
Honorato Fernandes (PT)
Ivaldo Rodrigues (PDT)
Rose Sales (PCdoB)
Sérgio Frota (PSDB)

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho cresce em pesquisa e vai forte às convenções
O Imparcial: Pesquisa de O Imparcial esquenta cenário político
Região
Jornal do Commercio: Arena 10 X 0 Recife
Meio-Norte: Hospitais destinam 153 leitos para socorrer HUT
O Povo: Mulheres terão prioridade em assentos de ônibus
Nacional 
Correio Braziliense: Saidão da Copa
Folha: Decisão põe Argentina mais perto do calote
O Estadão: Suárez tem a maior punição da história das Copas
O Globo: Argentina aga US$ 1 bi mas fica à beira do calote
Zero Hora: Eles vêm aí

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Charge do dia - CABALAU ( O Estado do Maranhão)


Depois da Copa - VINICIUS TORRES FREIRE

País toma anestesia local, não geral, faz festa com o futebol, mas o eleitor continua insatisfeito

    A BRISA ALEGRE da Copa até agora festiva dissipou os miasmas que deixavam o clima pesado até faz muito pouco: 12 dias. Mas os maus humores terão escorrido para o ralo? O que será quando a Copa acabar, o que, esperamos, ocorrerá com vitória em 13 de julho?
    A anestesia futebolística não foi geral, mas local. Os insatisfeitos com governo, política e economia ganharam adesões, dizem as pesquisas. Mas até para militantes é difícil viver em tensão permanente. A maioria de nós parece ter resolvido fazer um pouco de festa; não mudou de opinião.
    Nos últimos meses, falamos muito de política e governo por meio de símbolos tais como a Copa ou, entre minorias, na guerra "ideológica" desencadeada por questões que foram dos rolezinhos aos insultos contra Dilma Rousseff.
    Pouco antes, foi comum se tratar de insatisfações diversas, quando não adversárias, por meio da crítica genérica dos "políticos", de um Estado distante, que não oferece serviços públicos, quando não é apenas fonte de opressão física.
No rescaldo de um ano de revolta, os partidos e candidatos maiores apareceram mais desprestigiados que de costume, vide a quantidade de "votos de protesto" (nulo, branco, nem aí etc).
    Findo o show da Copa, começa sem mais o show da eleição. Se a insatisfação de fundo continuar, contra governos e políticos em geral, quais contornos terá? Ainda haverá "rua"? Militantes, como os sem-teto e os do passe livre, em São Paulo, não vão submergir sem mais. Difícil é, a princípio, imaginar que o combustível das manifestações não tenha diminuído desde junho do ano passado e depois da Copa.
    Os fatores de irritação mais difusa, cotidiana, não desapareceram, pelo contrário. Ainda que o mau humor econômico tenha sido exagerado em abril e maio, a economia real declina de fato e mais do que o esperado, inclusive no emprego. A mais recente previsão dos economistas privados estima que o PIB deve crescer menos que 1,2%, quase estagnação.
    Há chance razoável de notícias simbolicamente ruins em julho e agosto (não serão boas de modo algum, mas devem soar ainda pior): inflação talvez acima do teto da meta, PIB zero, demissões em indústrias visíveis, com sindicatos fortes. Haverá algum motivo e muita oportunidade para o acirramento de ânimos políticos.
    O governo decerto vai contra-atacar. Vai lançar o Minha Casa, Minha Vida fase 3 ainda em julho. Vai trombetear para o público menos informado e pobre os programas sociais que patrocinou, muito extensos, goste-se ou não deles.
    Para o eleitorado minoritário mais dado à política-politiqueira, haverá mais motivos para decepção ou nojo, dada a barafunda de alianças cruzadas entre partidos. A oposição federal alia-se regionalmente a aliados nacionais do governo, entre outras indignidades. Pequenos e provincianos, os candidatos maiores não se dão conta do tamanho da repulsa que realimentam.
    Não há motivos para acreditar que a fervura baixe. Está mais difícil de saber como tal desgosto vai se expressar. Em ano de eleição nacional, era de esperar que partidos maiores dessem sentido às revoltas mais comuns, ao menos. Só que não. Ainda, ao menos.

São João 2014 - Noite de São João no Rio de São João (São José de Rbamar - MA)


FRASE DO DIA

"Todo prestígio que tenho e parcela de liderança nacional vão ser colocados a serviço do Amapá, como sempre foram."
Senador José Sarney (PMDB), em entrevista no programa Luiz Melo Entrevista, da rádio Diário FM, do Macapá (Amapá)

O Estadão - Sarney diz que terá prestígio "até morrer"


São João 2014 - Noite de São João em São Luís (MA)

Igreja de São João Batista

Igreja de São João Batista

Imagem de São João Batista

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Agredido, Lobão Filho diz que Dino está em "crise"
Região
Jornal do Commercio: O fantasma permanece
Meio-Norte: Lista da "ficha suja" tem 207 nomes
O Povo: Copa em Fortaleza - Deveria sem sempre assim
Nacional 
Correio Braziliense: O fantasma está vivo. E morde... CR7 busca  a ressurreição
Folha: Criação de vagas desacelera, no pior maio em 20 anos
O Estadão: Sem licitação, Petrobras fica com 4 novas áreas do pré-sal
O Globo: União faz contrato de R$ 2 bi com Petrobras sem licitação
Zero Hora: A santa...e ele

terça-feira, 24 de junho de 2014

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Brasil avança!
Região
Jornal do Commercio: O gigante acordou
Meio-Norte: Com goleada, Brasil avança
O Povo: Ele faz a diferença
Nacional 
Correio Braziliense: Com a bênção de Mané
Folha: Brasil muda, goleia e pega Chile na primeira decisão
O Estadão: Neymar decide a Brasil pega o Chile no sábado
O Globo: Movida a Neymar
Zero Hora: Ganhou o jogo

segunda-feira, 23 de junho de 2014

SÃO JOÃO 2014 - Programação da noite de São João

TERREIRO DA MARIA
19h – Cacuriá da Fé em Deus
20h – Bumba-meu-Boi de Orquestra de Tajaçoaba
21h – NOITE DO BREGA com Eugênia Miranda e Walfredo Jair
23h – Bumba-meu-Boi de Matraca Famosão de Humberto de Campos

PARQUE FOLCLÓRICO DA VILA PALMEIRA
19 h - Dança do Boiadeiro laços de Rodeio de Ribamar.
20h - Grupo Omnirá
21h - Boi Encanto do Olho D`água (o)
22h - Show de Manos Borges 
23h - Boi União da Baixada do Monte castelo 
24h - Boi Pirilampo(a)
01h - Boi de Nina Rodrigues (o)

Sotaques :
a- Alternativo
0 - orquestra

ARRAIAL DA LAGOA







Descrença no voto - EDITORIAL ZERO HORA


    O crescente desinteresse dos jovens brasileiros pela política tradicional, reafirmado de forma enfática nos cartazes das manifestações de rua a partir de junho do ano passado, desafia o país a encontrar formas de ver essa importante faixa etária se sentir representada. Levantamento com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirma uma redução acelerada no número de eleitores com menos de 18 anos, entre os quais votar é opcional. A questão preocupa, pois uma democracia, por mais que tenha problemas, não pode prescindir de políticos eleitos para defender os interesses da sociedade.

    De 2006 até agora, o percentual de brasileiros entre 16 e 17 anos com título eleitoral caiu de 39% para apenas 25%. A queda é preocupante, levando em conta tanto o fato de essa parcela envolver um contingente numeroso quanto o de desfraldar bandeiras importantes que o poder público não pode ignorar. As estatísticas oficiais mostram que há cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a um quarto da população total, na faixa entre 15 e 29 anos, na qual se situa o grupo de eleitores facultativos. E é justamente nesse contingente que apenas um quarto do total se dispôs a enfrentar as filas para obter seu documento da cidadania, assegurando o direito de escolher quem quer ver como seu representante.
    Há razões de sobra para a juventude desconfiar da política tradicional, e elas não se limitam aos sucessivos casos de denúncias de corrupção. A democracia brasileira avança de forma acelerada, mas ainda não dispõe de partidos que, de maneira geral, se movimentem mais pelas disposições de seus estatutos e menos por interesses em ganhos na partilha da máquina pública. Isso ajuda a explicar o fato de os políticos, em sua maioria, se preocuparem mais com os seus próprios ganhos pessoais e os de familiares e amigos do que com os compromissos assumidos quando pediram voto para potenciais eleitores.
    Por maiores que sejam as suas deformações, uma democracia como a brasileira só pode ser aperfeiçoada pelo voto _ a começar pelo dos jovens. Por isso, é a partir da família, estendendo-se aos estabelecimentos de ensino e instituições de maneira geral, que os jovens precisar ser incentivados a acreditar no seu poder de promover mudanças, não apenas nas ruas, mas também nas urnas.

Charge do dia - CABALAU (O Estado do Maranhão)


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Brasil encara Camarões em Brasília
O Imparcial: Nove mil faltam ao concurso do TRT-MA
Região
Meio-Norte: Wellington Dias lidera em todas as regiões
O Povo: Cid desmaia em palanque a uma semana da definição
Nacional 
Correio Braziliense: Jogai por nós, Brasil
Folha: Polícia de SP investiga só 1 em cada 10 roubos
O Estadão: Seleção joga por classificação e 1º lugar no grupo
O Globo: Dinheiro do pré-sal é usado para fazer caixa
Zero Hora: Focados

domingo, 22 de junho de 2014

A pátria em jogo - FERREIRA GULLAR

    Quando vi chegando o dia 12 de junho, data da estreia da Copa e do jogo do Brasil com a Croácia, comecei a sentir o mesmo frio na barriga que os nossos jogadores sentiam à medida que o dia D se aproximava. Eles porque tinham que vencer a partida, e eu por temer que eles a perdessem.
    Claro que eu queria que eles ganhassem e acreditava na vitória, mas, de quando em vez, surgia, contra a minha vontade, a pergunta: e se o Brasil perder o jogo de estreia? Aí o tal frio me subia pela barriga até a garganta como uma descarga elétrica.
    E era difícil me livrar desse temor porque, de acordo com minha teoria do fator acaso no futebol, qualquer time pode vencer qualquer time. Assim, embora achasse que a nossa seleção era superior à da Croácia, não eliminava a possibilidade de um resultado azarado.
    Mas por que esse temor, se aquele seria apenas o primeiro jogo de uma série de três, sendo possível, portanto, reverter a situação mesmo se perdêssemos na estreia? Sim, a lógica é essa mas, neste caso, perder o primeiro jogo seria um desastre.
    E sabem por quê? Porque a maioria do povo brasileiro, desencantado como está, não pode perder mais nada. Por essa razão, uma derrota de nossa seleção naquele primeiro jogo teria consequências imprevisíveis.
    O leitor sabe muito o que penso do atual governo do nosso país e é de presumir-se que uma derrota da seleção teria repercussão negativa na candidatura de Dilma Rousseff.

    É de supor-se que eu veria isso com bons olhos. Hipótese absurda. O que me mantinha apreensivo era a possibilidade de que esse desencanto que já domina a nossa gente pudesse se agravar ainda mais, levando muitos ao desespero e ao desatino.
    As pesquisas de opinião mostram que grande número de eleitores se dispõe a votar nulo ou em branco, certamente porque não acredita nos políticos. Isso é muito grave porque abre caminho para aventuras de todo tipo, que podem ir da rebeldia anárquica à entrega do país a um salvador da pátria.
    Bem, todo mundo sabe que o Brasil ganhou o jogo de estreia contra a Croácia, trazendo alívio às minhas apreensões. Mas sabe também que não foi fácil, pois começamos perdendo.
    Imaginou o frio que senti na barriga quando Marcelo, por mero azar, marcou aquele gol contra? A bruxa está solta, pensei apavorado. De fato, não estava, para meu sossego e a felicidade geral da nação. Logo, Neymar fazia o gol de empate, deixando-me não digo tranquilo, mas esperançoso.
    Daí para diante, a seleção foi se mostrando cada vez mais articulada e ofensiva. No segundo tempo, então, os brasileiros dominaram o jogo.
    Nesse desempenho de nossa seleção, destacou-se a atuação de Oscar, que infelizmente não se repetiu no jogo contra o México. Mas a verdade é que, quando ele marcou o terceiro gol do Brasil, eu já havia esquecido todas as apreensões do começo e ria feliz a cada lance dos nossos garotos. Não só a partida estava ganha, a pátria estava salva!
    Isso até o juiz apitar o final da partida e eu me levantar e aplaudir, feliz como os demais torcedores que assistiam ao jogo comigo: Cláudia, Newton e Mateus. Isso sem contar a Flora que, com um ano de idade, ria à toa, mal sabendo da boa de que escapáramos.
    Bem mais tarde, sozinho na cama, já de noite, considerei que aquela havia sido apenas a primeira partida do Brasil, numa Copa do Mundo de que participam excelentes seleções. Pior foi a segunda, contra o México, que terminou em empate. Ainda assim, pode ser que cheguemos à final. E, se chegarmos, ganharemos a Copa ou a perderemos de novo?
    Não quero sequer considerar essa hipótese. Pense bem: se a derrota do Brasil para o Uruguai em 1950 continua até hoje doendo na alma nacional, imagine você, se agora, sessenta e quatro anos depois, quando voltamos a disputar o título mundial em casa, perdermos outra vez! Com a cabeça no travesseiro murmurei: não sei o que seria pior, perder a primeira partida ou perder a última.
    De qualquer modo, uma coisa aprendi com nossa primeira vitória; aprendi que há, no futebol, um elemento capaz de superar o fator acaso que, conforme minha teoria, torna possível um ótimo time perder a Copa: esse fator é o craque, que pode se chamar Neymar ou Ochoa.

O GOL - Ferreira Gullar

A esfera desce
do espaço
veloz
ele a apara
no peito
e a para
no ar
depois
com o joelho
a dispõe a meia altura
onde
iluminada
a esfera
espera
o chute que
num relâmpago
a dispara
na direção
do nosso
coração.

Manhas e manias da política - GAUDÊNCIO TORQUATO


O jogo político não tem sido tão descontraído e festivo quanto as disputas que animam as galeras nos 12 estádios que sediam o maior espetáculo do futebol mundial. Na arena eleitoral as batalhas se acirram com a entronização dos candidatos nas convenções partidárias, incentivando espadachins a desferir golpes em todas as direções. As estocadas recíprocas revestem-se de surpreendente e contundente expressão, a revelar que o pleito antecipado (legalmente só poderá chegar às ruas em 6 de julho) já se mostra o mais virulento da contemporaneidade. Trata-se, afinal, não só de uma guerra entre três candidatos competitivos, mas de uma luta esganiçada pela continuidade ou mudança de rumos na condução do País a partir de 2015. Enquanto os contendores se engalfinham, os torcedores se comprazem confraternizando com torcidas estrangeiras e fruindo as performances dos atletas, com o apito pronto para evitar que se chute a bola de candidaturas nos gramados.
    Essa, aliás, é a primeira explicação para apupos às autoridades nos eventos esportivos. A massa, sem distinção de classes, abomina misturar política, futebol e religião. Sabe guardar cada coisa em seu lugar. E conhece bem a primeira regra dos estádios: não há limites para as expressões, mesmo as chulas, reveladoras de deseducação cívica, como as ouvidas no jogo inaugural da Copa. O distanciamento entre a sociedade e a esfera política é um real fenômeno que pode ser avaliado por muitos instrumentos: índice de abstenção, votos nulos e em branco (ultrapassando hoje a casa dos 30%) e desinteresse geral pela eleição (em torno dos 50%). O imenso vazio aberto é ocupado por novos polos de poder, uma estrondosa tuba de ressonância que dá vazão ao clamor de grupos organizados.
    Como atrair o interesse de eleitores de todas as faixas, que tendem a nivelar por baixo todos os representantes e demonstram esgotamento com os atores políticos? Eis o nó da questão. Em torno dele se debruçam candidatos, porta-vozes e cabos eleitorais, cada qual buscando a melhor mensagem para o momento.
    No plano dos discursos, o PT esforça-se para dar credibilidade a um escopo ideológico que ainda causa receio a ponderável parcela do eleitorado. É um partido que vê, muito assustado, a corrosão de sua identidade, a mais confiável 20 anos atrás. Teme ser desalojado do primeiro andar do poder. Sente que já não tem tanto respaldo popular quanto nos dourados anos da era Lula, de quem espera papel de vanguarda na estratégia de continuidade.
    Por isso Luiz Inácio, valendo-se do conhecido instinto desenvolvido ao longo do contato direto com as massas, resgata o velho axioma de guerra: a melhor defesa é o ataque. Ataque contra a imprensa, contra as elites, contra quem cospe no prato em que comeu, contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (que teria "comprado" apoio no Congresso ao projeto da reeleição). O tiroteio faz recuar exércitos adversários, obrigando-os à defesa. Mestre na arte da prestidigitação, o ex-metalúrgico anteontem era João Ferrador, ontem, "Lulinha paz e amor" e hoje volta a ser o gigante Ferrabrás.
Lembrando: em 1972 Lula vestia a camiseta do João Ferrador, personagem criado pelo jornalista Antônio Felix Nunes para apresentar as reivindicações dos metalúrgicos. "Hoje eu não tô bom" era o bordão do raivoso Ferrador. Em 2002 adotou o slogan "Lulinha paz e amor", contrapondo-se ao perfil combativo e sisudo das eleições de 1989, quando recebeu de Leonel Brizola a alcunha "sapo barbudo". Passou a ecoar o slogan "a esperança vencerá o medo". Foi um tento. Hoje tenta recompor o dito sob nova roupagem: "A esperança vencerá o ódio". Neste ponto, emerge a dissonância.
    O ódio faz parte da estratégia lulista quando procura resgatar a polarização entre petistas e tucanos, identificando os primeiros com os pobres e os segundos com os ricos. A questão, porém, é mais complexa. Os habitantes do meio da pirâmide social e parcelas das bordas já estão vacinados contra refrãos carcomidos pela poeira do tempo. O slogan das ruas é outro: mais e melhores serviços públicos. Não acreditam que estatutos como o Bolsa Família serão extintos, qualquer que seja o futuro presidente. Já aos tucanos interessa acender a tocha da polarização, crentes de suas chances no pleito deste ano. Fernando Henrique vai à trincheira em resposta à crítica de que teria "comprado" apoios para aprovar a reeleição: "Lula vestiu a carapuça".
    Depois de ter brilhado na constelação da ética, o PT aparece nas pesquisas como o ente que mais encarna o vírus da corrupção. Mesmo assim, aposta na dualidade "nós e eles", o bem e o mal. E continua a desprezar os parceiros partidários da aliança governista, alargando seu império na administração federal. Haja sofisma, a denotar um duplo padrão ético que lembra a resposta do rei africano sobre o bem e o mal dada ao pesquisador Carl Jung: "O bem é quando roubo as mulheres do meu inimigo, o mal é quando o inimigo rouba minhas mulheres". Nessa toada a campanha eleitoral, já começada, cerca-se de grandes interrogações. A aposta maior é a de que os rumos finais serão ditados pelo andar da carruagem econômica: maior inflação, aumento do desemprego, barrigas roncando, massas apertando o cerco, pior para a presidente Dilma, melhor para as oposições; a recíproca é verdadeira.
    As manias e manhas que marcam as práticas eleitorais e o marketing - a execração recíproca, a autoglorificação de perfis, o disfarce e o embuste, as promessas mirabolantes - começam a disseminar-se com o fito de projetar imagens positivas e negativas para uns e outros. O eleitor continua arredio. Sua visão se concentra nas arenas esportivas e não nas praças da guerra eleitoral. Uma certeza é cristalina: o clima de 2014 é bem diferente da temperatura de 2010. Estreita-se o espaço da mistificação.

Na Coluna do ILIMAR FRANCO


Charge do dia - CABALAU (O Estado do Maranhão)


sábado, 21 de junho de 2014

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho: "já ganhou' da oposição vai acabar
Região
Jornal do Commercio: Deu zebra no Recife
Meio-Norte: 68% dos presos ainda não foram julgados
O Povo: Costa Rica - Classificação extraordinária
Nacional 
Correio Braziliense: Fifa teme fraude no jogo na seleção
Estadão: Costa Rica bate Itália e sai em 1º do grupo da morte
Folha: PM foi ingênua e vai conter vandalismo, diz secretário de SP
O Globo: Argentina recua e renegociará para evitar nova moratória
Zero Hora: Virou sensação

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho consolida sua força política
Região
Jornal do Commercio: Cem vezes Brasil
Meio-Norte: 78% apontam saúde como maior problema
O Povo: Arena Castelão - Onde favoritos não têm vez
Nacional 
Correio Braziliense: 100% Brasil
Estadão: Dilma diz que não faz política com ódio nem ficará de joelho
Folha: Dilma promete novo ciclo de progresso com reeleição
O Globo: Aumentos até para preços superfaturados
Zero Hora: Argentina, capital Porto Alegre

sexta-feira, 20 de junho de 2014


Copa no Brasil 2014


Conselho Regional de Medicina do Maranhão pede revogação da interdição do Hospital SOCORRÃO II


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Valor da produção agropecuária pode subir 12,3% no MA
Região
Jornal do Commercio: Azzurra X A zebra
Meio-norte: Presidente tem 37,55% a mais que os outros
O Povo: Agora é a vez dos europeus e africanos
Nacional 
Correio Braziliense: Colômbia antecipa maratona de festas em Brasília
Estadão: Após falha de segurança no Maracanã, Fifa recorre à PM
Folha: Ameaça de calote afeta mercados argentinos
O Globo: Jovens renunciam ao direito de votar
Zero Hora: Viu, Fred?

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Rita Benneditto canta com Frejat, "De Mina" de Josias Sobrinho

   
Com lançamento programado para o segundo semestre deste ano de 2014, o sexto álbum solo da cantora maranhense Rita Benneditto, "Encanto", tem a participação do cantor, compositor e guitarrista carioca Roberto Frejat. A intervenção de Frejat acontece na faixa De mina, música de autoria do compositor maranhense Josias Sobrinho.

Leia mais em www.balaios.com

Marcelo Yuka faz campanha para lançar CD Canções para depois do ódio

Corpus Christi - Chuva desmancha tapetes tradicionais do Cohatrac (Sâo Luís-MA)

Copa no Brasil 2014 - The Sun divulga foto de 'Miss Bumbum' para falar da Copa


Copa no Brasil 2014


Charge do dia - CABALAU (O Estado do Maranhão)


Eleições 2014 - Sarney só deve anunciar candidatura ao senado no dia 27 no Amapá

    O senador José Sarney (PMDB-AP) foi assistir os jogos da Copa do Mundo em Macapá. Ao menos foi isso que fez divulgar na imprensa do estado por onde se elegeu três vezes senador depois de deixar a Presidência da República. 
    Há expectativas no meio político amapaense sobre a decisão do ex-presidente da República. O anúncio deve acontecer mesmo por ocasião da convenção peemedebista, marcada para o próximo dia 27. Sarney conversa com quase todos os pré-candidatos a governador do Estado. 
    Na residência em Macapá recebeu para conversas sobre cenário político o ex-governador do estado, Waldez Góes (PDT), o ex-deputado Jorge Amanajás (PPS) e o deputado estadual Bruno Mineiro (PT do B). Parlamentares, prefeitos, vereadores e empresários têm frequentado a sala de estar do senador no Amapá. 
    “Tenho muitos amigos na disputa, sou amigo de todos eles e vejo com absoluta normalidade o surgimento de novos projetos, como o de Bruno Mineiro”, disse Sarney. O deputado estadual Bruno Mineiro é candidato ao governo pelo PT do B.
    O senador sempre chama atenção para o fato de ter criado o estado. O maranhense vende otimismo em relação ao estado. Aparentemente aposta nas potencialidades e condições diferenciadas do Amapá, que considera um dos mais importantes estados na região norte”. 
    O senador também reuniu com várias categorias de servidores públicos, entre eles os beneficiados pela Emenda Constitucional 79 (ex-PEC 111) e também lideranças do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística).  A emenda permite reintegração de servidores federais e militares com vínculos com o ex-território do Amapá e Roraima.
O palanque de Sarney conta com a força do setor elétrico. Vire e mexe, mostra seu prestígio no setor telefonando para o presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá, CEA, José Almendra. Promete interferir junto ao governo federal para acelerar o cronograma de execução. Duas estações abaixadores de tensão elétrica em andamento são acompanhadas pelo senador. Concluídas vão recepcionar a produção do Linhão do Tucuruí, ampliando o fornecimento de energia no Macapá. 

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Justiça interdita Socorrão II;pacientes são transferidos
Região
Jornal do Commercio: A escolha errada
Meio-norte: STF mantém Piauí com 10 deputados federais
O Povo: Espanha eliminada - As favoritas que se cuidem
Nacional 
Correio Braziliense: A capital da Colômbia é aqui
Estadão: Invasão do Maracanã abre crise entre governo e Fifa
Folha: Segurança volta a falhar e 150 invadem Maracanã
O Globo: Xingamento a Dilma não partiu só da elite, diz ministro
Zero Hora: Pintada de Copa

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Charge do dia - CABALAU (O Estado do MA)


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Ficou no 0 x 0
Região
Jornal do Commercio: Ficou no quase
Meio-norte: Brasil é líder, mas empate não agradou
O Povo: Alerta verde-amarelo
Nacional 
Correio Braziliense: Agora é torcer, jogar e ganhar em Brasília
Estadão: Brasil para no México e depende de jogo na 2ª
Folha: Barbosa critica advogados e deixa caso do mensalão
O Globo: Brasil continua sem convencer
Zero Hora: Da emoção à decepção 

terça-feira, 17 de junho de 2014

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: PSDB veta candidatura de Castelo ao Senado
Região
Jornal do Commercio: Sob a bênção do Nordeste
Meio-norte: Fome Zero transformou cultura política no Piauí
O Povo: Fortaleza abraça o Brasil
Nacional 
Correio Braziliense: Pimenta neles, Brasil!
Estadão: Brasil enfrenta México em meio a clima de festa
Folha: Dilma prepara medidas para tentar agradar empresários
O Globo: País não terá como escoar produção de gás
Zero Hora: Cabeça feita

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Eleições 2014 - João Castelo é derrotado na comissão estadual do PSDB

    A comissão provisória estadual do PSDB rejeitou a candidatura isolado do partido ao Senado. Com a decisão da maioria dos integrantes da comissão fica inviabilizada a candidatura do ex-prefeito de São Luís, João Castelo ao senado nas eleições de outubro deste ano.
    A decisão da Comissão precisa ainda ser homologada na convenção do partido, marcada para o próximo domingo, 22, na cidade de Imperatriz.
    O PSDB deve compor a aliança com outros oito partidos de oposição ao grupo Sarney no Maranhão: PSB, PTC, PDT, PP, PROS, SDD, PPS e PCdoB.

SÃO JOÃO 2014 - Programação do Terreiro da Maria

19h – Dança Portuguesa Tradição de Portugal
20h – Dança Cigana Henrique Lobão
21h – SHOW “Fuliá de São João” com Oberdan Oliveira
22h – Bumba-meu-Boi de Orquestra do CEIC
23h – Bumba-meu-Boi de Matraca de Itapera de Maracanã

MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
O Estado do MA: Lobão Filho é apoiado por líderes no interior
Região
Jornal do Commercio: O "dono" do Maracanã
Meio-norte: Eufrásio quer reduzir tempo de julgamento
O Povo:  Motoristas aceitam aumento de 10% e descartam greve
Nacional 
Estadão: PT recicla slogan e diz que 'esperança vencerá o ódio'
Folha: Lula diz que oposição e elite pregam ódio ao PT
O Globo: Mobilidade no Rio é aprovada no 1º teste

domingo, 15 de junho de 2014

MUSEU DE TUDO: Ubiratan Teixeira num tête à tête com Inácio de Loyola Brandão (Claudia Bayma grava, eu anoto)


Eleições 2014 - Quadro de candidaturas a partir das convenções

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) - Aécio Neves (Senador - MG))
Partido Social Cristão (PSC) - Pastor Everaldo Dias Pereira (Igreja Assembleia de Deus - SP)
Partido Verde (PV) - Eduardo Jorge (ex-deputado federal, médico)
                             vice: Céli Sacramento (vice-prefeita - BA)

GOVERNO DO MARANHÃO
Partido da Solidariedade  (PSOL) - Antonio Pedrosa (advogado) Convenção: 14 de junho (Sindicato dos Bancários - Rua do Sol,Centro)
Partido da Pátria Livre (PPL) - José Luiz Lago (advogado)
PP - Apoia Flávio Dino (PCdoB). Convenção: 14 de junho (Centro de Convenções  Pedro Neiva de Santana - Cohafuma)
PSL -  Apoia Lobão Filho (PMDB). Convenção: 14 de junho
PSDC - Apoia Lobão Filho (PMDB)

AGENDA DE CONVENÇÕES
PCdoB
- Convenção no dia 19 em São Luís (Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana- Cohafuma)
PDT - Convenção no dia 19 em São Luís (Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana - Cohafuma)
PSDB - Convenção no dia 22 em Imperatriz

Manoel Ribeiro precisa ser tombado

    O deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB) desembarcou de helicóptero na cidade de Alcântara para participar da Festa do Divino Espírito Santo no município do Domingo. A ostentação de Ribeiro se afina à de seus pares políticos. Para cintilar seu poder fez questão de pousar na praça da Matriz, onde está fincado um dos únicos exemplares de pelourinho no país.
    Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão por dez anos e ex-vereador de São Luís, Manoel Ribeiro é um aliado canino do grupo Sarney. Tem pelo Senador apreço, devoção e gratidão pelo patrimônio angariado às custas de empréstimos junto ao extinto Banco do Estado do Maranhão para o plantio de soja e outras benesses que o estado oligárquico pode facultar a quem o sustenta.
    Entre seus negócios, o político detém a exploração do sistema de transporte marítimo entre Alcântara e a ilha de São Luís. As sucatas de Ribeiro singram a Baía de São Marcos, arriscando pobres de uma das regiões mais pobres do Maranhão pelo Golfão Maranhense.
    Uma lei estadual exige que o transporte conceda meia-passagem aos estudantes usuários dos barcos. A condição política do deputado o faz ignorar a letra aprovada pelo Legislativo maranhense nas suas empresas de navegação. Da mesma maneira que ele ignora o escombro que ameaça todos os serviços públicos e casario da cidade histórica tombada pelo Patrimônio Nacional. Manoel Ribeiro é um patrimônio da política maranhense que precisa ser tombado no sentido do verbo.

A política (do PT) em xeque - EDITORIAL O ESTADÃO


    É fato conhecido que ano de eleição tem regras próprias: mais greves, mais reivindicações, maiores movimentações sociais. Mas 2014 está sendo diferente de todos os outros anos eleitorais.

    A Copa do Mundo maximizou essas estridências eleitorais e escancarou a distância entre a sociedade e a política, entre a expectativa e a realidade. A última confirmação veio pelo Pew Research Center, renomado instituto de pesquisa norte-americano, que, em recente relatório, deu nome aos bois nessa generalizada sensação de crise.
    O atual quadro de insatisfação apresenta um desafio para o Estado brasileiro nas suas três esferas. Não se trata apenas de um problema criado pelo sentimento popular. Existem inúmeras questões que o poder público precisa enfrentar responsavelmente: a (i)mobilidade urbana, o combate às drogas, a educação, a segurança pública, etc. E, numa democracia, a solução de qualquer um desses problemas nunca é algo meramente técnico, operacional. Requer sempre, como condição necessária, a sua viabilização política.
    Neste sentido, o legado mais prejudicial que o PT deixa ao País, nestes 12 anos de poder federal, não é na economia, cujo cenário é grave, para não dizer gravíssimo. A sua herança realmente maldita é na política, ao perpetuar e intensificar a lógica do populismo.
    Na voracidade por se instalar no poder, utilizou o seu capital político - em essência, o carisma de um homem - para excluir qualquer racionalidade do debate público, vendendo e prometendo o impossível. Impregnou de tal forma o sistema de populismo que, por exemplo, todos os partidos não tiveram outro jeito senão apoiar uma lei que se sabe impossível de ser cumprida: o Plano Nacional da Educação, com a vinculação de 10% do PIB para a educação. Era evidente que quem ousasse se posicionar de forma contrária à lei estaria morto nas próximas eleições.
    O papel aceita tudo, e vai-se deformando a percepção popular, como se o problema brasileiro fosse uma questão de voluntarismo político. O resultado é evidente: não temos um país que aprendeu a andar com as próprias pernas, que sabe sonhar, que olha o presente nos olhos, sem medo do futuro.
    Assemelha-se mais a uma casa onde o pai e a mãe endoideceram, tiveram-se por ricos e gastaram o que tinham e o que não tinham, contando bonitas e ilusórias histórias aos filhos, que vão descobrindo aos poucos que a festa acaba, que não há mais dinheiro para o almoço e que o mundo é mais complexo do que aquilo que estavam habituados a ouvir em casa.
    Por fim, tem-se um país desiludido, conforme semanalmente vão mostrando as pesquisas nacionais e internacionais. O populismo gera volatilidade, altos e baixos "aparentemente" inexplicáveis.
    Há quatro anos podíamos tudo, com a abundância do petróleo do pré-sal como cartão de embarque para o mundo desenvolvido e a felicidade perpétua. Não é de estranhar, já que as ideologias têm no seu âmago a ideia do progresso inexorável. Bastaria cumprir a cartilha e tudo seria perfeito.
    A sociedade brasileira anseia por uma melhor educação? Sim, mas o primeiro passo educativo é a responsabilidade. Para gastar mais em educação - que é necessário, mas não é o único nem o principal problema - é preciso cortar gastos em outras áreas. Isso não é neoliberalismo. É simplesmente não enfiar a cara no buraco, como uma avestruz diante do perigo.
    Como disse Fernando Gabeira, em artigo publicado no Estado (Dilma e as uvas, 6/6), "até que ponto o cinismo triunfará amplamente numa sociedade democrática é o enigma que envolve o futuro próximo do Brasil". É possível uma mudança? Como em política não há determinismos, a resposta é sim, e dentro do mais delicado respeito à democracia.
    As crises são sempre oportunidades de renovação, já que fazem ver além do discurso oficial. O pessimismo não é a única carta disponível diante das tristes notícias que chegam aos brasileiros todos os dias. Com o voto, é possível do limão fazer limonada.

Da polêmica sobre reescrever Machado de Assis


MANCHETES DOS JORNAIS

Estado
Atos e Fatos: Mais de 1.400 são resgatados de trabalho escravo no MA
Jornal Extra: Goleada da Holanda sobre a Espanha deixa o Brasil com o fiofó no tefe-tefe
Jornal Pequeno: Mais de 3 mil foram resgatados do trabalho escravo no MA em 13 anos
O Estado do MA: Lobão Filho une adversários em torno do seu projeto político
O Imparcial: "Eleições serão definidas pelos tribunais", diz presidente do TRE
Região
Diário do Pará: Governo Jatene - Assessores custam tanto quanto a merenda escolar
Jornal do Commercio: Arena para a África
O Povo: O que as urnas herdam do gramado
Nacional 
Correio Braziliense: A capital da Copa
Estadão: `Tsunami vai varrer Pt do poder', afirma Aécio
Folha: Aécio diz que 'tsunami vai varrer PT' do poder
O Globo: Para turista, brasileiro é o melhor do Brasil
Zero Hora: Em casa

sábado, 14 de junho de 2014

Lambe-lambe Lua cheia emoldurada por bandeiras brasileiras


Na Coluna do CLÁUDIO HUMBERTO


20% DOS REELEGÍVEIS NÃO SÃO CANDIDATOS

Dez senadores já anunciaram que não disputarão novo mandato este ano. Outros quatro ainda podem desistir, mas oficialmente são eles: do PMDB, Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e Garibaldi Alves (RN); do PTB, Vicente Claudino (PI) e Epitácio Cafeteira (MA); do PDT, João Durval (BA) e Zezé Perrela (MG), além de Aníbal Diniz (PT-AC), Cyro Miranda (PSDB-GO) e Francisco Dorneles (PP-RJ).