07.04.07 | |
Cordel do Gerô | |
Acabo de receber por emeio (eu e muitos outros) cópia do cordel que Gerô disparou contra Adirson Velloso, após ser expulso violentamente pelos seguranças da Fumc e ser destratado de “macaco” e “negro safado”. Enviado por Joel Jacinto, radialista, colunista do Jornal Pequeno, ligado ao carnaval e outras manifestações populares. Joel é negro. Como tantos outros, jamais divulgou o episódio Adirson versus Gerô, que certamente conhecia, dadas as suas relações no meio. Enfim, antes tarde do que nunca. Reproduzo apenas em parte o texto. As partes suprimidas são muito agressivas e configuram outro tipo de preconceito. Embora Jacinto, com toda certeza, não tenha tido a intenção de estimulá-lo — ou então eu não entendo mais nada. Mantive os erros do original, para não desfigurá-lo: Lá vai: Espanquem o Pretinho ou Mimosa, Racista da FUNC Editora: Gerarte Autor: Linguaafiada I Fui reclamar da situação Como andam discriminando A arte do Maranhão Se todos nós somos artistas Sofredor deste torrão II Sou cantador sou poeta Sou rimador sou versista Sou negro sem ter vergonha Da minha cor ser mal vista III Grito brigo e esperneio Pois só quero o que é meu Não tou pedindo favor Nem mexendo no alheio IV Mas aqui no Maranhão Onde tudo acontece Quem gritar entra na taca Nego não faz, obedece V Veja só o disparate Aqui na Capital São Luís dos Azulejos Patrimônio Mundial VI Nosso prefeito colocou Na função cultural Um racista criminoso Que pensa que é o tal VII Este homem minha gente .......................................... Pois dizem pó aí ........................................... VIII ..................................... ...................................... ...................................... ....................................... ........................................ Decorador de mão cheia Anda na ponta do pé O gordo é quase uma anta .............................................. ............................................. IX O decorador de mão cheia Que pensa que tá no Céu Transformou a nossa FUNC Na casa dele, um bordel Reclamo e não me arrependo O grito é a arma minha Não uso de violência So do verso e a inteligência X A casa da cultura Merecia mais respeito Ter na sua direção Homem sério a sua altura Não uma ............................ Que não sabe o que é cultura Na viúva mama as tetas A ainda é cheia de frescura XI Pode mandar me espancar Quantas vezes tu quizer Mais sou homem ............. Cafuné só de mulher Mas tu uza e tu abuza So poquer o poder quer XII Não sei mesmo não sei como Foi que isto aconteceu Que o PDT um partido Que o negro sempre defendeu XIII Botar um verme racista No meio dos filhos seus Revolta quem foi pra luta Revolta quem defendeu XIV Quem indicou o racista Pra comandar Equivou-se redondamente E não gosta do trabalho da gente XVI ..................................... Eu não sou igual a tu Que tem a feia manhia ...................................... |