Do Amapá 247
Dora Nascimento (PT), Ricardo Vilhena (PCB), Raquel Capiberibe (PMN) Davi Acolumbre (DEM) e José Tavares (PCdoB) são os nomes já confirmados pelos partidos como candidatos a cadeira atualmente ocupada por Sarney. Entre as legendas, apenas o PCB nunca foi aliado do peemedebista.
Para quem acompanha de perto a política local o número elevado de candidatos significa que a disputa será bastante acirrada e que o desgaste político do senador incentivou inclusive aliados históricos, como o deputado federal Davi Alcolumbre, em optar por concorrer ao senado.
Nem mesmo o PT nacional ficou do lado de Sarney. Contrariando a intenção do PMDB em aliar-se ao PT no Amapá, a direção nacional petista decidiu apoiar a decisão do diretório regional e lançar a candidatura da vice-governadora do estado, Dora Nascimento, ao senado. A decisão foi confirmada no último dia 5 de maio em São Paulo. Os dirigentes estaduais argumentaram, entre outras coisas, que o senador maranhense, hoje, está como uma rejeição eleitoral que ultrapassa os 80%.
A lista de ex-aliados inclui ainda o PMN do empresário Luciano Marba que pertence a grupos políticos tutelados por Sarney e o PCdoB que em 2006 apoiou a reeleição do senador. O PMN lançou recentemente o nome da ex-deputada federal e conselheira aposentada do Tribunal de Contas do Estado, Raquel Capiberibe. Já o PCdoB acaba de lançar o nome do ex-reitor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), José Carlos Tavarez, como pré-candidato ao senado.
Único a não ter apoiado Sarney em nenhuma eleição o PCB foi um dos primeiros partidos a apresentar uma candidatura, lançando o nome do economista e professor universitário, Ricardo Vilhena. O professor disputa pela primeira vez um cargo público e, na prática é a única novidade entre os concorrentes. Os comunistas discutem com o PSTU a formação de uma aliança em torno do nome de Vilhena.
Histórico
Ex-presidente da República, José Sarney, disputou a primeira eleição ao senado pelo Amapá em 1990 quando os amapaenses elegeram pela primeira vez senador, governador e deputado estadual. Na ocasião, mesmo praticamente sem fazer campanha, foi o mais votado.
Em 1998 disputou a reeleição contra o médico Idelgardo Alencar (PT) que na reta final chegou a crescer nas pesquisas, porém não tirou o mandato de Sarney. Em 2006 a ameaça foi bem maior e por muito pouco o ex-presidente perdeu a eleição para a candidata do PSB ao senado, Cristina Almeida. Diferente dos pleitos anteriores o senador mesmo com o apoio do então governador Waldez Góes, quase toda a Assembléia Legislativa, bancada federal e mais de uma dezena de partidos, teve de descer pontes e gastar sola de sapato para se manter no mandato.
Em 2014 tudo indica que não será diferente. Devido ao cenário político desfavorável José Sarney vem adiando o anuncia da candidatura, porém utiliza rádios, emissoras de Tv e jornais de aliados políticos para trabalhar a candidatura. Recentemente disse que anuncia ainda esse mês se vai concorrer ao quarto mandato de senador pelo Amapá.