O entusiasmo quase embriagado com
que os portugueses têm recebido o Ano do Brasil tem um sentido maior. A alegria
brasileira contagiou o país e é percebida como antídoto para a crise financeira
que ameaça a União Europeia e tem em Portugal um de seus pontos mais sensíveis.
Mas essa celebração vai muito além das circunstâncias. No momento em que o
Brasil se torna uma peça cada vez mais relevante no panorama mundial, a parceria
com a ex-metrópole é também uma inteligente estratégia de longo
prazo.
Para quem vivencia a festa que nossa arte tem provocado, a impressão é de que os portugueses pressentiram o óbvio, que juntos somos mais fortes. Tome-se o exemplo dos americanos e britânicos. Foi dura a Guerra de Independência dos Estados Unidos e levou sete longos anos até o reconhecimento da nova nação pela Coroa Britânica. No entanto, no fim do século XIX já amadurecia uma parceria que se revelou fundamental para o êxito dos dois países, que culminou com a vitória na II Guerra Mundial e sobreviveu ao teste do tempo.
Os artistas que agora nos representam em Portugal podem se tornar a vanguarda de um intenso e vitorioso processo de intercâmbio social, comercial, industrial, tecnológico e afetivo. Como não pensamos nisso antes? Há um desconhecimento mútuo entre nós, não viramos além das primeiras páginas, não mergulhamos além dos ícones, como as telenovelas e Saramago. Milhares de brasileiros passam por ano pelo aeroporto de Lisboa em escalas para outras cidades europeias, sem descer para conhecer um país acolhedor, que possui estonteantes atrações turísticas.
O Ano do Brasil em Portugal vai quebrar esse gelo. Compreendemos que os setores de cultura e turismo brasileiros precisam agir de forma mais coordenada e abrangente. O Ano do Brasil na França fez aumentar em 27% o número de turistas franceses por aqui, isso nos serviu de lição. Precisamos olhar para a nossa cultura também como um insumo, a cada dia mais bem cotado no mercado internacional.
Com investimentos do ministério da cultura e da Embratur, vamos levar, até junho de 2013, arte de qualidade a um público estimado em mais de seis milhões de portugueses. Desde o início da programação, um elenco estelar já fez o povo da Terrinha lotar casas de espetáculos e invadir as ruas. Até junho de 2013, outros artistas e coletivos vão integrar essa trupe de primeira linha. Parte dessa programação será selecionada por meio de chamada pública. Recebemos mais de 3.500 inscrições, o que prova a vontade do brasileiro de participar da festa.
Algumas conquistas dessa celebração vieram para ficar, a exemplo do Espaço Brasil, construído para abrigar nossa programação, mas que continuará em plena atividade depois. Ele representa o legado do Ano do Brasil em Portugal. As comemorações terminam, suas sementes germinam. A amizade entre nós se intensifica em progressão geométrica, com benefícios para os dois países. No momento em que a Ásia reforça os caminhos do Pacífico, cá estamos nós a preservar a relevância material e sociocultural do Atlântico, a redescobrir o bem que faz deixar o porto e saber que amigos nos esperam do outro lado.
Para quem vivencia a festa que nossa arte tem provocado, a impressão é de que os portugueses pressentiram o óbvio, que juntos somos mais fortes. Tome-se o exemplo dos americanos e britânicos. Foi dura a Guerra de Independência dos Estados Unidos e levou sete longos anos até o reconhecimento da nova nação pela Coroa Britânica. No entanto, no fim do século XIX já amadurecia uma parceria que se revelou fundamental para o êxito dos dois países, que culminou com a vitória na II Guerra Mundial e sobreviveu ao teste do tempo.
Os artistas que agora nos representam em Portugal podem se tornar a vanguarda de um intenso e vitorioso processo de intercâmbio social, comercial, industrial, tecnológico e afetivo. Como não pensamos nisso antes? Há um desconhecimento mútuo entre nós, não viramos além das primeiras páginas, não mergulhamos além dos ícones, como as telenovelas e Saramago. Milhares de brasileiros passam por ano pelo aeroporto de Lisboa em escalas para outras cidades europeias, sem descer para conhecer um país acolhedor, que possui estonteantes atrações turísticas.
O Ano do Brasil em Portugal vai quebrar esse gelo. Compreendemos que os setores de cultura e turismo brasileiros precisam agir de forma mais coordenada e abrangente. O Ano do Brasil na França fez aumentar em 27% o número de turistas franceses por aqui, isso nos serviu de lição. Precisamos olhar para a nossa cultura também como um insumo, a cada dia mais bem cotado no mercado internacional.
Com investimentos do ministério da cultura e da Embratur, vamos levar, até junho de 2013, arte de qualidade a um público estimado em mais de seis milhões de portugueses. Desde o início da programação, um elenco estelar já fez o povo da Terrinha lotar casas de espetáculos e invadir as ruas. Até junho de 2013, outros artistas e coletivos vão integrar essa trupe de primeira linha. Parte dessa programação será selecionada por meio de chamada pública. Recebemos mais de 3.500 inscrições, o que prova a vontade do brasileiro de participar da festa.
Algumas conquistas dessa celebração vieram para ficar, a exemplo do Espaço Brasil, construído para abrigar nossa programação, mas que continuará em plena atividade depois. Ele representa o legado do Ano do Brasil em Portugal. As comemorações terminam, suas sementes germinam. A amizade entre nós se intensifica em progressão geométrica, com benefícios para os dois países. No momento em que a Ásia reforça os caminhos do Pacífico, cá estamos nós a preservar a relevância material e sociocultural do Atlântico, a redescobrir o bem que faz deixar o porto e saber que amigos nos esperam do outro lado.