De acordo com o órgão, o crescimento do PIB não acompanhou o aumento
populacional; estado assume o lugar que era do Piauí
Rua sem asfalto e com
erosão, no bairro São Francisco, na
periferia de Balsas, no Maranhão (Cristiano Mariz)
|
O estado do Maranhão apresentou o menor Produto Interno Bruto (PIB) per
capita no Brasil em 2010, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi de 6 888,60 reais. Já o maior
PIB per capita do país é o do Distrito Federal, com 58 489,46 reais.
"O menor PIB per capita era o do Piauí, agora é o do Maranhão", disse
Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais, explicando
que o crescimento da população no Maranhão foi maior que a do Piauí e, como a
expansão do PIB não a acompanhou, o PIB per capita maranhense ficou menor.
De qualquer maneira, a segunda pior posição na lista de PIB per capita ficou
com o Piauí: 7 072,80 reais. O estado de Alagoas ficou em terceiro lugar, com um
PIB per capita de 7 874,21 reais. "A concentração dos menores PIBs per capita é
nas regiões Norte e Nordeste", declarou.
Já a performance do Distrito Federal é explicada pela baixa densidade
populacional aliada ao elevado nível de renda. "A fatia do Distrito Federal no
PIB é muito maior que a fatia da região no total da população. O PIB per capita
do Distrito Federal é três vezes maior que o do Brasil", acrescentou o
especialista.
Melhores e piores resultados – O PIB per capita do Distrito
Federal é ainda duas vezes maior que o de São Paulo, de 30 243,17 reais, o
segundo estado no ranking.
No total nacional, o PIB per capita é de 19 766,33 reais. Em 2010, sete
unidades da federação tiveram resultado acima da média nacional: Distrito
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito
Santo e Paraná.
Concentração – Apesar do ligeiro movimento de desconcentração da
riqueza no país, oito unidades da federação ainda concentram 77,8% do PIB
brasileiro: São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio
Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4,0%) e
Distrito Federal (4,0%).
Na direção oposta, os dez estados com as menores participações no PIB somavam
uma fatia de apenas 5,3% da geração total de riqueza, relatou o IBGE. Todos
estavam localizados nas regiões Norte e Nordeste: Rio Grande do Norte (0,9%),
Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%),
Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Roraima (0,2%).
No entanto, o grupo ganhou participação de 0,3 ponto porcentual no PIB em
relação a 2002, enquanto o grupo dos oito estados mais ricos perdeu 1,9 ponto
porcentual.
Já o grupo intermediário, formado pelos nove estados restantes, abocanhava
16,9% do PIB: Goiás, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Pará, Amazonas, Mato
Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul, todos com participações entre 1,2% e
2,6%. A fatia do grupo intermediário foi a que mais cresceu entre 2002 e 2010,
em 1,5 ponto porcentual.
Norte — Entre as regiões, o Norte foi o que mais cresceu na
passagem de 2009 e 2010, com alta de 9,9%. No mesmo período, o PIB brasileiro
registrou expansão menor, de 7,5%. Tanto no Sul quanto no Sudeste, o aumento no
PIB foi de 7,6%, enquanto o Centro-Oeste cresceu 6,2%, e o Nordeste expandiu-se
em 7,2%.
Na região Norte, o destaque foi Tocantins, com crescimento de 14,2% ante 2009
– a maior expansão entre as 27 unidades da federação. O Tocantins foi o estado
que mais cresceu entre 2002 e 2010: 74,2%.
Houve destaque também para Rondônia e Acre, com expansão de 63,9% e 61,6%,
respectivamente. Como resultado, no mesmo período, a região Norte destacou-se
entre as demais, com alta de 53,2% no PIB.
No Sudeste, destacaram-se Espírito Santo (13,8%), Minas Gerais (8,9%) e São
Paulo (7,9%), puxado pela indústria de transformação. Já o Rio de Janeiro ficou
bem abaixo da média nacional, com alta de 4,5%. No Sul, o Paraná teve alto
crescimento, de 10%.
Entre 2002 e 2010, o Brasil cresceu 37,1% em volume do PIB, uma média anual
de 4,0%.O Nordeste teve expansão de 42,4%; Centro-Oeste aumentou 45,9%; Sudeste
evoluiu 35,6%; e Sul teve alta de 29,5%. Em oito anos, os Estados que menos
cresceram foram Rio Grande Sul (24,3%), Rio de Janeiro (25,6%) e Santa Catarina
(30,1%).
De VEJA
VERSÃO OFICIAL
PIB do Maranhão tem crescimento de 8,7%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão teve saldo positivo no ano de 2010, com variação real de 8,7%. O percentual de crescimento é maior do que o do Brasil, que registrou 7,5%, e do Nordeste, com 7,2%. Os dados oficiais foram anunciados, ontem, pelos institutos Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).
Segundo os dados, em 2010 a soma de todas as riquezas produzidas no Maranhão, que resultam no PIB, atingiu R$ 45,256 bilhões. Crescimento foi motivado, principalmente, pelos setores da indústria, com incremento de 18,7%, e de Serviços, com 8,0%.
Pelo PIB em 2010, o Maranhão ocupa a 12ª posição no ranking dos estados que mais cresceram. A maior variação foi do Tocantins (14,2%). Com relação ao valor (R$ 45,256 bilhões), o Maranhão permanece na 16ª posição no país, sendo o 4º no Nordeste.
O PIB do Maranhão teve aumento substancial ao ser comparado com o de 2009, quando o resultado foi negativo (-1,73%), com o estado ocupando a 23ª colocação no país. "Esses números comprovam que o estado está no rumo certo, atraindo novos investimentos, que nos próximos anos elevarão ainda mais o PIB", observou Marcelo Melo, chefe da Unidade Estadual do IBGE.
PIB per capita - O PIB per capita foi de R$ 6.889 em 2010, valor mais alto do que o registrado em 2009, de R$ 6.259,42. Este crescimento, porém, não foi sentido no cálculo final por causa do aumento populacional, que fez com que o estado saísse da 26ª para a 27ª posição no ranking nacional.
"O PIB per capita é o valor do PIB dividido pela população do estado. E como houve um aumento populacional no Maranhão em pouco tempo por causa da migração em função da vinda de grandes investimentos para cá, o resultado não foi tão positivo", esclareceu Marcelo Melo.
Um dado a ser observado é que a população do Nordeste diminuiu quase -0,95% enquanto a do Maranhão cresceu mais de 3,18%, fato creditado a fatores como grandes flagelos e início do ciclo de grandes empreendimentos se instalando no estado. Para se ter uma ideia, no período de 2009 a 2010, no Maranhão, a população subiu de 6.367.138 para 6.569.683. O aumento populacional foi de mais de 202.545, sendo o maior registrado no Nordeste.
10 Economia O Estado do Maranhão - São Luís, 24 de novembro de 2012 - sábado
De VEJA
VERSÃO OFICIAL
PIB do Maranhão tem crescimento de 8,7%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão teve saldo positivo no ano de 2010, com variação real de 8,7%. O percentual de crescimento é maior do que o do Brasil, que registrou 7,5%, e do Nordeste, com 7,2%. Os dados oficiais foram anunciados, ontem, pelos institutos Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).
Segundo os dados, em 2010 a soma de todas as riquezas produzidas no Maranhão, que resultam no PIB, atingiu R$ 45,256 bilhões. Crescimento foi motivado, principalmente, pelos setores da indústria, com incremento de 18,7%, e de Serviços, com 8,0%.
Pelo PIB em 2010, o Maranhão ocupa a 12ª posição no ranking dos estados que mais cresceram. A maior variação foi do Tocantins (14,2%). Com relação ao valor (R$ 45,256 bilhões), o Maranhão permanece na 16ª posição no país, sendo o 4º no Nordeste.
O PIB do Maranhão teve aumento substancial ao ser comparado com o de 2009, quando o resultado foi negativo (-1,73%), com o estado ocupando a 23ª colocação no país. "Esses números comprovam que o estado está no rumo certo, atraindo novos investimentos, que nos próximos anos elevarão ainda mais o PIB", observou Marcelo Melo, chefe da Unidade Estadual do IBGE.
PIB per capita - O PIB per capita foi de R$ 6.889 em 2010, valor mais alto do que o registrado em 2009, de R$ 6.259,42. Este crescimento, porém, não foi sentido no cálculo final por causa do aumento populacional, que fez com que o estado saísse da 26ª para a 27ª posição no ranking nacional.
"O PIB per capita é o valor do PIB dividido pela população do estado. E como houve um aumento populacional no Maranhão em pouco tempo por causa da migração em função da vinda de grandes investimentos para cá, o resultado não foi tão positivo", esclareceu Marcelo Melo.
Um dado a ser observado é que a população do Nordeste diminuiu quase -0,95% enquanto a do Maranhão cresceu mais de 3,18%, fato creditado a fatores como grandes flagelos e início do ciclo de grandes empreendimentos se instalando no estado. Para se ter uma ideia, no período de 2009 a 2010, no Maranhão, a população subiu de 6.367.138 para 6.569.683. O aumento populacional foi de mais de 202.545, sendo o maior registrado no Nordeste.
10 Economia O Estado do Maranhão - São Luís, 24 de novembro de 2012 - sábado