A prefeitura de São Luís comemorou os 400 anos de fundação da cidade neste 8 de setembro, acrescentando mais uma mentira no seu extenso repertório. Através do site oficial e em matérias distribuídas para a imprensa paga, a prefeitura espalhou que seria dela a iniciativa de oferecer para a população um bolo de 400 metros. Chegaram a dar voz à mentira através da primeira-dama Gardênia Gonçalves.
Na noite de pouco público na sexta-feira, na praça Maria Aragão, a ex-prefeita de São Luís não se conteve em contentamento para afirmar que a "grande festa
oferecida pela administração municipal", incluia shows, espetáculo acrobático
francês, bolo gigante, poesia, serenatas", etc,etc.
Mentira deslavada. O bolo gigante foi oferecido pelas panificadoras de São Luís. A ideia foi do empresário Josiel Garcia Pereira, dono de uma pequena padaria - a Paen D´Forno, localizada na avenida 1, quadra 11 do Jardim América, região da Cidade Operária.
Foi Josiel que buscou o sindicato dos panificadores para que convocasse os associados. Participaram da feitura do bolo 18 panificadoras,muitas delas das áreas periféricas da cidade. Segundo o vice-presidente da Fiema, José Antonio Buhaten, todo o material usado na confecção do bolos foi doado pelos fornecedores como a Cruzeiro do Sul, Asa Branca e outros que atuam na capital e estado. A Federação entrou com a logística.
Pessoas que foram até a Praça Dom Pedro II resmungaram sobre a falta de toalhas e decoração das mesas sobre as quais o bolo de 400 metros foi colocado. Ocorre que foram os próprios panificadores que alugaram 1.500 mesas de plástico. Eles também conseguiram junto à Coca-cola a doação de 15 mil garafas de refrigerante Cola Jesus que fizeram a festa.
Na tentativa de se apoderar do evento para o qual não contibuiu em nada, a prefeitura instalou um cerimonial em frente à Igreja da Sé. Do adro do primeiro templo da cidade, foi cometido o sacrilégio: sem cerimônia, foi anunciada a mentira de que a prefeitura estaria oferecendo o bolo.
Mais vergonhosa é a conivência do professor Labidi, um barnabé de plantão, sempre atrás de algum cargo público para pendurar sua capa de lente opaca e refestelar-se com pose de sábio. O fanfarrão Labidi ficou responsável por um tal comitê cujo único fruto foi um panfleto de visual desengonçado com uma programação de dar dó, abrilhantada (como convém ao bom colunismo da ilha) pela participação de artistas franceses de procedência anônima.Teve mais, desculpe, a edição de um livro do clube de fotografia com os selos da Clara Comunicação e Crioula, empresas de comunicação que atendem a prefeitura de João Castelo.
A primeira dama Gardênia disse que a prefeitura procurou na programação "valorizar nossos artistas locais(sic)". Outra mentira. Não contratou mais porque deve um feixe e uma carrada de artistas e ninguém quer mais ficar nos restos a pagar. Ela ainda disse mais, segundo a seconzinha: "que a festa não vai acabar". Espero que sim, pelo menos para os que estiveram nos últimos 4 anos desses quatrocentos no Palácio La Ravardière. São Luís e sua população não merecem essa corja. Basta de mentiras. Viva Josiel e os que trabalham nessa cidade no dia do seu aniversário.