Neste domingo a praça continuava às escuras. Na base do improviso os integrantes do movimento providenciaram lâmpadas e com a colaboração de um posto de táxi repetiram a solução do sábado instalando dois pontos de luzes. Na penumbra aconteceu mais uma edição do Movimento.
Venda livros, CDs de bandas locais e de outros estados do Nordeste com os quais mantém intercâmbio, camisetas e estampas são colocadas à venda em tapetes improvisados na praça.
Cerca de 50 pessoas, a maioria jovens, se concentraram na praça para assistir documentários sobre o movimento roqueiro na região Nordeste. "Nós trocamos material com bandas de outros estados. Tudo feito em casa", diz Diogo Pires, fundados do movimento ao lado de outros integrantes.
Sem apoio da cultura oficial do estado ou município, o Sebo no Chão é uma opção para jovens moradores do Cohatrac e de outros bairros e região metropolitana. Luciano, da Casa Louca, do Maiobão, foi o primeiro a se apresentar neste domingo na praça. Acompanhado por violões, percussão de pandeiros e escaleta, o integrante do coletivo mandou ver algumas composições autorais.
Entre os jovens presentes pela primeira vez ao movimento o comentário era de otimismo. "Esse movimento está pegando mesmo", comentava com um amigo um jovem ouvinte do rap dos Racionais.
A falta de iluminação deixou de atrair um público maior para o local. Para não atritar com os frequentadores da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, os organizadores do movimento dão início à programação musical somente após o término da misso de domingo.
Casa Louca cantando "Boy cristão", no Sebo no Chão: