O vídeo "O Cuidar nos Terreiros", produzido pelo Ministério da Saúde, será exibido na próxima quinta-feira, 22, em São Luís, no Teatro da Cidade de São Luís (Rua do Egito, nº244, Centro), às 14h30, na programação do painel "Religiões de matriz africana e os saberes tradicionais na promoção da saúde".
Para falar sobre a implementação da saúde dos terreiros, a atividade contará com a participação do pai de santo da Casa “Ilê Axé de Ossain”, Mariano Frazão, e dos consultores Marco Antônio Guimarães e Vanda Machado, que colaboraram com a produção do documentário.
O vídeo “O Cuidar nos
Terreiros” traz cenas que mostram as práticas de cuidados dos terreiros, e a
importância dos terreiros como espaços de preservação de um acervo cultural que
pode ser visualizado nas línguas, nos cânticos, nas lendas, na utilização das
folhas, nas vestimentas e no cuidado com a natureza. As imagens foram captadas
em casas de terreiros de São Luís (MA), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e Rio
de Janeiro (RJ).
Em São Luís,
participaram do vídeo as casas Fanti Ashanti, Terreiro Kamafeu de Oxossi,
Terreiro Fé em Deus e Ilê Axé de Ossain. Segundo o coordenador da Renafro, José
Marmo da Silva, o documentário evidencia a pluralidade das religiões de matriz
africana do Brasil representadas pelos quatro estado com maior população negra
do país.
"No Maranhão mostramos
a variedade das religiões afro-brasileiras representadas pelo tambor de mina,
terecô, candomblé, umbanda, cura e pajelança. Tivemos a oportunidade de
conversar com personalidades que dedicaram suas vidas ao povo de santo, como
por exemplo, Mãe Maria do Sete, de Codó, que faleceu um dia após ter dado seu depoimento.
Ela é uma das pessoas homenageadas no documentário.”, disse José Marmo.
O vídeo já foi apresentado
em Brasília, Salvador, Recife e Porto Alegre e de acordo com José Marmo a
receptividade tem ultrapassado as expectativas. “A receptividade é excelente.
As pessoas se emocionam, se reconhecem e veem o documentário como um registro
da memória das casas de terreiro, uma forma de perpetuar a nossa cultura”,
conta José Marmo.