quarta-feira, 12 de maio de 2021

Roberto Rocha usa CPI para investigar Orçamento Paralelo como estratégia para blindar o governo

O senador Roberto Rocha e Bolsonaro

O pedido de instalação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal apresentada nesta terça-feira, 11, pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA) para investigar o uso de R$ 3 bilhões pelo presidente Bolsonaro no orçamento paralelo para obter apoio da base aliada é uma estratégia de aliado. 

O anúncio do pedido foi feito por meio de redes sociais, no melhor estilho do governo Bolsonaro. Rocha estaria em busca de assinatura para instalação da comissão. Para a criação de uma CPI são necessárias as assinaturas de pelo menos 27 senadores, ou seja, um terço da Casa. 

Por trás do requerimento de Rocha estaria uma forma de conter iniciativa da oposição ao governo. Mais uma CPI no Senado sob o comando da maioria da oposição, como se desenha a da Covid-19, colaboraria para minar ainda mais o governo instabilizado de Bolsonaro.

As CPIs têm o poder de convocar pessoas para depor, além de acionar o Ministério Público para responsabilizar eventuais acusados. As CPIs no Senado são formadas por 11 membros e 7 suplentes. Os integrantes são indicados pelas bancadas de acordo com o critério da proporcionalidade.