A presidente Dilma Rousseff virá ao Maranhão até o final do mês de agosto. Lula também deve passar pelo estado ainda neste início deste segundo semestre. A priori as agendas são independentes. O acerto foi feito durante encontro entre os dois no Palácio da Alvorada. A agenda positiva teria grifos em inaugurações e lançamento de programas. Por aqui, resta improvisar placas a descerrar e laços para corte, enfim, rebobinar um filme antigo. O anúncio da jornada petista à região Nordeste está nos jornais do país deste sexta-feira, 24.
Lula, Dilma e Roseana com sem terra no Maranhão |
O roteiro da presidente e do ex-presidente da República por cinco estados do Nordeste faz parte de uma agenda estratégica nos colégios eleitorais que conferiram expressiva votação aos petistas nas últimas eleições presidenciais. A intenção é formar uma corrente de apoio à Dilma e conter a onda do impeachment vista pelo próprio Lula como eventual movimento desencadeado pelas forças da oposição alinhada aos tucanos.
Edison Lobão, Dilma Rousseff, Lula e Roseana Sarney |
No Maranhão, tanto Lula como Dilma terão palanques dividos entre grupos políticos antagônicos. O comandado pelo ex-senador José Sarney (PMDB), cicerones cativos dos petistas no estdo; e o recém constituído pelo governador Flávio Dino (PCdoB) que tem um tucano como vice.
Lula e Roseana Sarney |
Destronado do comando político do estado, os Sarney (José, Roseana e reminiscentes) se escoram no papel ainda reservado ao PMDB na base de sustentação política de Dilma. Lula é companheiro de Sarney, que considera especial na história política do país. Sarney, Lula e Dilma têm as digitais em projetos de grande potencial como estelionato eleitoral no Maranhão, como a refinaria de Bacabeira.
Em tempo de pactos, o governador Flávio Dino deve apresentar aos dois a conta de extensa relação que inclui a conclusão da duplicação da BR-135, uma epopéia que se arrasta desde o século XX. Da parte do prefeito Edivaldo Holana Júnior a promessa do Brasil Carinho e tantos creches também está na nota. Não cabe como resposta, o estado de crise que o país atravessa.