Secma comemorou Dia da Cultura com dinheiro da Lei de Incentivo à Cultura

   

A secretária Olga Simão e equipe da Secma

    O governo do Estado tem sido o principal beneficiário da lei de incentivo à cultura. Na sexta-feira passada, 1º, a Secretaria de Estado da Cultura, Secma, assumiu a dianteira das programação antecipadas pelo Dia Nacional da Cultura - oficialmente no calendário comemorado em 5 de novembro -,  reunindo grupos folclóricas na área da Praia Grande no Dia Cultural. Acontece que a festa foi custeada pela Cemar, por meio da tal lei que parece ter pegado para eles. O instrumento tem corroborrado com uma verdade irrefutável no medíocre política do atraso: a legislação em causa própria.

    Desde a sanção da Lei de Incentivo à Cultural, o governo do Estado tem transferido despesas que deveriam constar no exercício orçamentário de 2013 para empresas parceiras. Parte dessas empresas tem relações amistosas com o grupo Sarney. A Cemar, por exemplo, tem em seu quadro de diretores o ex-gerente do governo Roseana, José Jorge,  consanguíneo dos Sarney.

    O Porto do Itaqui, por meio da Empresa de Administração Portuária,EMAP, bancou as comemorações do aniversário de 400 anos de São Luís em 2012, e o carnaval promovido pela Secma na Praça Deodoro. 

    Geralmente a promoção dos shows recai sob a responsabilidade da Marafolia, empresa sob os tentáculos de Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB) e irmão da governadora. Com projetos de grande monta, resta pouco para investir nos artistas que mais carecem de apoio do estado.