Numa quinta-feira como hoje, 11 de abril, de 1619 chegou ao Maranhão Simão Estácio da Silveira.Veio comandando a nau capitânea da expedição de Jorge de Lemos Bitencourt, colonizador do Maranhão e Pará.
Foi dele a iniciativa de trazer 300 pessoas para lançar a semente demográfica no Maranhão. à época São Luís era habitada por um punhado de pessoas, quase uma ilha deserta. Antes disso para aqui foi incitada a vinda de degredados com objetivo de povoar o lugar. Também foi dele a ideia de instalação da Câmara da qual foi feito juiz. O Maranhão ocupava uma posição estratégica na história do que viria ser o Brasil. Um alvará régio de 7 de novembro de 1619 propunha até mesmo a separação do governo do Maranhão do governo do Brasil.
Oito meses depois Estádio da Silveira regressaria a Portugal. Na condição de procurador do Maranhão iniciou em Lisboa e Madri negociações para incrementar ainda mais a povoação da terra colonizada.Visionário pensava em escoar a prata e outros minerais extraídos do Peru através do Maranhão, uma nova rota cortando a Amazônia. Propôs também explorar o pau-brasil introduzindo a cultura do gado. Não obteve nem uma coisa nem outra
A sedução para atrair colonos relatou na "Relação sumária das cousa do Maranhão - Dirigida aos pobres deste Reino de Portugal". A primeira edição da "Relação..." seria publicada em Portugal no ano de 1624. Tinha formato 290 X 205 mm, com 23 páginas. No tópico "Drogas" escreveu Simão Estácio da Silveira: "Eu me resolvo que esta é a melhor terra do mundo, donde os naturais são muito fortes, e vivem muitos anos".
Segundo a "Relação ..."de Simão o Maranhão estava demarcado desde o Ceará, em três graus da banda do norte, até o último marco do Brasil., em dois graus da banda norte.
Foi a primeira propaganda sobre o Maranhão a surtir efeito. Mais tarde a obra de Simão Estácio da Silveira, em pleno século XXI, seria publicado pela Editora Siciliano (2001), a oitava em sua trajetória, como parte da coleção Maranhão Sempre, a peso de ouro. Mas, vale a pena lê-lo e tomar contato com Simão Estácio da Silveira, que se encantou pelo Maranhão.
O português empresta seu nome à medalha que o governo do estado entrega em profusão à bel prazer.