No Maranhão, o carnaval, assim como outras festas do calendário cultural brasileiro e local, evoluiu para a condição de ralo dourado. Desde o final do século passado as planilhas de gastos com o calendário momesco foram desaparecendo dos olhos da população. Oficial mesmo, só o lançamento, abertura e a programação dos chamados circuitos. Os gastos reais (ou em) apenas adubam o terreno da especulação.
Segundo as planilhas divulgadas, entre o ano em que a governadora Roseana Sarney (à época filiada ao extinto PFL) foi eleita para o segundo mandato e o penúltimo ano do governo José Reinaldo Tavares (ainda no PSD), o estado do Maranhão empregou do erário R$ 24.242.250,00 somente no projeto de carnaval. Com todas as festas do calendário, em oito anos os gastos financeiros totalizaram R$ 59.902.831,00, suficientes para construção de quatro hospitais de 100 leitos como os propostos no programa Saúde é Vida, em média R$ 17 millhões.
A verba para custear os festejos momescos desenhou uma curva acendente, saltando de R$ 262.250,00, em 1998; para R$ 5.500.000,00, em 2005, com picos suspeitos em anos eleitorais.
Cinco anos depois,em 2010 - ano eleitoral -, o governo do estado, distribui R$ 42 milhões do orçamento entre aliados e cooptados para serem gastos com o carnaval.Um bate-boca entre deputados sobre a verba sobrou para o blogueiro Cesar Bello, demitido da rádio Capital por confrontar com os secretários de Comunicação e de Cultura em entrevista coletiva em palácio.
Cinco anos depois,em 2010 - ano eleitoral -, o governo do estado, distribui R$ 42 milhões do orçamento entre aliados e cooptados para serem gastos com o carnaval.Um bate-boca entre deputados sobre a verba sobrou para o blogueiro Cesar Bello, demitido da rádio Capital por confrontar com os secretários de Comunicação e de Cultura em entrevista coletiva em palácio.
No ano passado, houve redução na cifra, não a ponto de impedir a transferência de R$ 10 milhões para a Beija-Flor desfilar no Sambódromo o sofrível enredo comemorativo dos 400 anos de São Luís.
Tomando como comparativo o salário mínimo vigente, o "investimento" na festa no ano eleitoral em 98, o Tesouro Nacional empregou o valor correspondente a 2.017 salários percebido por boa parte da mão de obra empregada no estado. Em 2005, quando havia rompido com o grupo Sarney, Tavares destinou o montante relativo a 18.334 salários mínimos para bancar a folia. O dinheiro para o carnaval foi superior aos recursos que crepitaram no São João apenas em 2002, 2004 e 2005.
Este ano o governo anunciou que serão R$ 4 milhões (soma imprecisa divulgada pela governador), equivalente a 5.952 salários mínimos que desde 1º de janeiro passou a ser de R$ 672,00.Tomando como comparativo o salário mínimo vigente, o "investimento" na festa no ano eleitoral em 98, o Tesouro Nacional empregou o valor correspondente a 2.017 salários percebido por boa parte da mão de obra empregada no estado. Em 2005, quando havia rompido com o grupo Sarney, Tavares destinou o montante relativo a 18.334 salários mínimos para bancar a folia. O dinheiro para o carnaval foi superior aos recursos que crepitaram no São João apenas em 2002, 2004 e 2005.