Enquanto o prefeito João Castelo (PSDB) sobe no palanque para anunciar a construção de um hospital de emergência e urgência na cidade em tempo recorde como se fosse a panacéia para a saúde na capital maranhense, a realidade do sistema em São Luís é de uma precariedade medonha.
Vejamos o desabafo de uma funcionária do Posto de Saúde da Santa Clara, bairro da periferia de São Luís, descrevendo o que se passa no sistema municipal de saúde: “A sala de farmácia está sem energia desde o ano passado, totalmente escura; os ventiladores e as cadeiras, além da poeira e ferrugem, estão quebrados; os banheiros são usados para guardar pau, vassouras e panos de chão velhos; as macas estão sem colchão e enferrujadas. Aqui somos guerreiros diários, pois o Posto é abandonado a Deus dará. Não tem atenção do poder municipal.Aqui é um amontoado de coisa velha”.
As denúncias não param por aí. O caos se exibe: "A sala de curativo, só tem o nome mesmo, pois faltam os materiais mais simples, como, algodão, gazes, soro fisiológico e luvas. A geladeira que conserva as vacinas vencidas, é amarrada com esparadrapo”; “são péssimas as condições de trabalho, sem cadeira decente ou mesa ergonômica, as salas são insalubre e sem ventilação. Você não tem segurança nem mesmo física”; "sem a devida ventilação necessária e com ventiladores cheios de poeira e ácaros, o que se torna pior, é que com a imunidade baixa, tanto os pacientes, como os funcionários, podem sofrer com complicações respiratórias de saúde”.
A diretora do posto e funcionários denunciaram a precária condição de trabalho ao Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos do Município de São Luís e o pagamento de R$ 50,00 a título de gratificação que acontece com sempre com atraso.