quarta-feira, 14 de março de 2012

Maranhão tem despesa de R$ 2 milhões com iguarias para os palácios da governadora e do vice

Governo do estado comprou vinho de R$ 675,00 a garrafa,  três mil latas de azeite, caviar e outras iguarias para a dispensa do Palácio dos Leões e casa do vice-governador    
    O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) denunciou na sessão desta quarta-feira na Assembleia Legislativa a farra promovida pelo governo do estado do Maranhão com bebidas alcoólicas e compras de mantimentos para o Palácio dos Leões e casa oficial do vice-governador. Somente com vinhos foram gastos R$ 300 mil, em compra antecipada. A despesa com a bebida de procedência chilena, correponde à mesma prevista para o combate ao analfabetismo no estado que tem 20% da população acima de 15 anos sem frequentar escolas.
    Quatro toneladas de camarão, duas toneladas de sorvete, três mil latas de azeite de oliva, garrafa de vinho no valor de R$ 675 e licores de procedência da Àfrica do Sul compõem a extensa relação de compras para a dispensa oficial do Estado, segundo apresentação de Tavares a partir de informações obtidas no Diário Oficial do Estado. No total, a despesa soma mais de R$ 2 milhões por ano, para bebidas.
    Com licitações distintas, as despesas são destinadas à casa da governadora e do cerimonial. Para este último são reservadas compras de caviar. Ao pessoal que trabalha nas duas casas, as compras são feitas através de outra licitação. Nela é exposta a compra de quentinhas com farofa, pirão, polenta, arroz e feijão. 
    O valor da compra supera em muito o orçamento de programas importantes para o estado como a regularização fundiária de responsabilidade do Iterma (Instituto de Colonização e Terras do Maranhão) com orçamento de R$ 260 mil neste ano.
     Para o líder do governo na Assembleia, César Pires (DEM), entrou "na política, passamos a ser pecadores". Pires afirmou que é comum o  modus operandi nos palácios dos governantes brasileiros. "Quem aqui nunca ganhou passagens aéreas para não fazer nada?, indagou aos colegas parlamentares. A mordomia, segundo o deputado, é comum nos poderes constituídos no Maranhão e também em Brasília. "Na despensa de Lula se encontrou até cachaça", lembrou.