Tadeu
de Obatalá e Escrete se tornaram ‘Malungos - Companheiros de viagem’ (em
dialeto da África) no LP do selo jbg, com produção executiva de José Raimundo
Rodrigues. No disco, Tadeu de Obatalá ou
Antonio Tadeu Tavares, como no batistério de Pindaré Mirim, & José Henrique Pinheiro Silva, o
rosariense Escrete (1953-2007), desfiam um repertório engajado na luta do negro
no Maranhão extensiva ao país e ao mundo.
O
disco deu trabalho pra sair. Gravado nos estúdios do maestro Nonato, foi prensado
e cortado na gravadora Continental, no Rio de Janeiro.
Com
forte sotaque maranhense e suas peculiaridades, a cultura e luta do negro são
tema transversal em todas as músicas. A mãe África, o imperdoável sofrimento da
escravidão, os orixás perseguidos, são todos evocados nas faixas.
Escrete |
Tadeu de Obatalá |
Do
punhado de dez músicas gravadas, duas são digitais do carnaval maranhense: ‘Gaiola’,
composição de Escrete e Joãozinho Ribeiro, a primeira do Lado A, e ‘Sereia’, de
Carlos Gomes, Nicéas Dumont (1973 - 2012) e Escrete. José Raimundo Gonçalves
assina parceria com Escrete em três composições: ‘Nuvem de Mel’, fechando o
lado B; ‘Baila crioulo’ e’ Iorubá mará’. Tadeu fecha o lado A com ‘Zumbi está
vivo’. Além de ‘La bem o Akomabu’, ’13 de maio’, ‘Akomabelezas’ é dele, Bola de
brilhante e Carlos Gomes, ‘Jogando caxangá’, puxadora do bloco do CCN em todos
os carnavais.