Desde que se iniciaram as manifestações de rua no país a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, fechou-se em copas. Não a do Palácio dos Leões, onde não aparece há dias. O barulho das ruas que ecoou nos jardins da sede do governo em 19 de junho, fizeram a chefe do Executivo estadual fechar a agenda, inclusive do governo itinerante.
Plafaforma eleitoral do candidato ao governo do grupo Sarney, Luiz Fernando Silva, o governo itinerante foi iniciado no dia 8 de abril em Bernardo do Mearim. Sua última atividade foi em São José dos Basílios, em 12 de junho, onde a governadora enfrentou protestos de um grupo de moradores. No interior do Maranhão ocorreram manifestações em Bacabal, Itapecuru-mirim, São José de Ribamar, Imperatriz, Codó, Coroatá, Presidente Nunes Freire, Barra do Corda, Carolina, Balsas, Rosário, Santa Luzia, Timom, Caxias e outras mais.
Durante o itinerante Roseana bateu boca com estudante, se enfezou com aliados descorteses, desgarrou políticos do campo adversário, como Luiz Osmani em Lago da Pedra - hoje filiado ao PMDB - , e pediu voto para o futuro candidato em baixa cota do eleitorado.
A suspensão do governo itinerante teve como consequência desastrosa o encerramento temporário do salário suplementar pago à equipe que acompanha a governadora e o secretário da infraestrutura. Centenas de pessoas regulamente eram deslocadas para a missão de acompanhar a agenda oficial do candidato. A lamúria é grande nas repartições estaduais.