O percussionista Papete se despediu do São João do Maranhão levando no matulão mais uma polêmica. Tempos depois de se envolver no emaranhado de intrigas Papete voltou a atacar a terrinha com uma expressão emprestada do colunista Ibrahim Sued (pesquise no google), criador do Clube dos Cafajestes no Rio de Janeiro, e, por anos a fio assinante de uma coluna em O Globo.
"Sorry, periferia,bye..., FUI! escreveu no Facebook o músico nascido em Bacabal em mais uma despedida de São Luís. Na sequência as primeiras manifestações de repúdio ao desabafo de Papete apareceram na página do artista na rede. Ele bem que tentou, mas obscureceu ainda mais o infeliz comentário.
Trinta e cinco anos depois de se enredar em uma teia polêmica sobre direitos intelectuais o músico teve uma nova chance de manter relações cordiais com os colegas na edição do projeto BR-135, "Bandeira de Aço 35 anos", realizada no Teatro Arthur Azevedo. Em vídeo, Papete contou que não encontrou em contato com o autor "De pra lá de Ponta D´Areia", Josias Sobrinho, para dar título à música do LP. Dispensou telefone, telegrama ou até sinal de fumaça para dialogar com o colega. Sincero Sérgio Habibe diz que não gostou do arranjo de "Eulália", do mesmo Bandeira. E assim, sucessivamente, tudo acabou em grande abraço no palco.
Ao que parece seu olhar de estrangeiro sobre os provincianos permanece vidrado. No entendimento de Papete, a expressão de Sued está na galeria das feitas para ser proferidas, não obstante, ininteligível. Mesmo assim, Papete acredita que essas e outras do repertório do colunismo social "todo mundo entendia e ria disso". Portanto, um pensamento indolor.