quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Luís é pior vitrine da política de geração de emprego do PT

    Reza a sabedoria popular que números são irrefutáveis. Lugar-comum entre os petistas, a geração de emprego tem contribuído para que os companheiros flamejem suas bandeiras. No Maranhão, onde parte do PT oficialmente chegou ao poder compartilhando o Palácio dos Leões com o grupo Sarney desde abril de 2009, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego,  são frontalmente desfavoráveis a tal discurso.
    Resta então desfigurar planilhas do órgão com discursos ideológicos pré-moldados. Esta tem sido a postura do secretário José Antonio Heluy desde que assumiu a secretaria de Estado do Emprego e Economia Solidária, então como parte da equipe de Roseana e João Alberto, os dois do PMDB. Antes dele a também petista Terezinha Fernandes ocupou a pasta no governo de Jakson Lago (2007-2009), considerado proscrito por parte do PT do Maranhão.
    São as planilhas que comprovam. São Luís é a vitrine estilhaçada da atuação da Secretaria comandada por Heluy. “O excepcional trabalho que o presidente Lula desenvolveu no país e a Dilma Rousseff deu continuidade no primeiro ano de governo”, não tangencia em nenhum ponto a verdade expressa na leitura dos números para o Maranhão, especialmente em São Luís.
    Vejamos o que dizem os números do MTE: Em 2009, 22 dos 44 municípios maranhenses com mais de 30 mil habitantes, segundo estatística do Caged, tiveram saldo negativo, com mais demissões que admissões no mercado formal. O município de Açailândia, na região sul do estado, administrado pelo tucano Ildemar Gonçalves, teve o saldo mais positivo do estado. Foram 696 admissões contra 498 demissões, resultando em saldo positivo de 198 vagas.  O saldo mais negativo foi de São Luís com redução de 1.263 vagas.  Pena que não possa ser atribuído ao prefeito João Castelo, demonizado pelos petistas mais por ser tucano que pela sua trajetória política como ator do Maranhão arcaico.
    No ano em que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita e a governadora Roseana Sarney (PMDB) reeleita para o quarto mandato, São Luís permanceu com saldo negativo. A retração de empregos com carteira foi de 556 vagas.  Se ampliou ainda mais no estado o número de municípios com saldo negativo. Dos 44 das planilha do Caged, 25 registraram mais demissões que admissões no mercado de trabalho.

EMPREGOS EM SAO LUIS
Ano    Adm   Dem.  Saldo
2009   4.166 5.429  - 1.263
2010   6864   7420   - 556