quinta-feira, 4 de abril de 2013

Nomeações de comissionados provocou demissão de Paulo Buzar em Paço do Lumiar

   
Paulo Buzar


    A substituição, para usar um eufemismo, do secretário de educação de Paço do Lumiar, Paulo Buzar, pela secretária Maria do Rosário de Fátima Nunes Leal, nada tem haver com acordo prévio entre o educador e o prefeito Josemar Sobreiro (PR). Muito menos com o fato do salário provocar baixa no rendimento do secretário que atua como consultor enquanto pessoa física.  Buzar assumiu a secretaria em janeiro junto com toda a equipe de governo de Sobreiro. Sobre a permanência no cargo por 90 dias não houve nada formalizado.
    Na cadeira da secretaria, Paulo Buzar passou a fazer as nomeações dos cargos comissionados a seu bel prazer, sem ouvir o chefe do Executivo. Tanto a indicação de Buzar como da secretária que o substituiu têm digitais do vice-prefeito, Marcone Lopes, ex-advogado da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, natural do Piauí.
    Contrariado com o procedimento, o prefeito Josemar Sobreiro pediu que Buzar procedesse com demissões involuntárias para acomodar afilhados e correligionários político. Com a recusa do titular da Educação, não restou outra alternativa ao prefeito senão sua substituição por outro nome, em atendimento a Lopes.
     Em 88 dias de gestão Josemar Sobreiro emplacou dois secretários na Educação. Caminha para superar o recorde da ex-prefeita Bia Aroso Venâncio. A pasta da Educação em Paço do Lumiar é cercada de controvérsias e malversação de recursos. Na desastrosa gestão de Bia Aroso Venâncio, por ela passaram nomes ligados ao deputado federal Sarney Filho (PV) e ao deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB).
    Ex-secretário de Educação do estado e do município de São Luís, Altermar Lima (PCdoB) comandou um esquema de desvio de recursos que deve render a ele mais um processo por improbidade administrativa. Lima foi secretário da gestões fugazes de Raimundo Filho, ex-vice de Bia Aroso Venâncio.
    Maria do Rosário de Fátima Nunes Leal tem folha corrida no Tribunal de Contas do Estado por contas rejeitadas. Sua sustentação no cargo é precária. Mais uma percalço na combalida educação de Paço do Lumiar.