O manifesto em defesa da democracia capitaneado pela Fiesp, e publicado num espaço de página inteira nos jornais de ontem, teve a adesão de cerca de 100 entidades — desde o Instituto FHC à Academia Paulista de Letras, passando por centrais sindicais. Mas internamente há uma forte tensão espalhada pelo ar na poderosa federação industrial sediada na Avenida Paulista.
Motivo: sindicatos fortes, como a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), além de vários diretores, foram contra a publicação da carta. Se o manifesto teve muito apoio externo, apenas cerca de 20% dos sindicatos inscritos na Fiesp o assinaram.
Não é preciso ir muito longe para lembrar que até dezembro a Fiesp tinha uma coloração bolsonarista, encarnada pelo então presidente Paulo Skaf. A turma que apoia Jair Bolsonaro na entidade, e não são poucos, está irritada.
Todo esse grupo bate numa mesma tecla: Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e filho de José Alencar, o vice-presidente de Lula em seus dois mandatos, embicou a entidade na direção de Lula. Nada os convence que o manifesto era necessário neste momento.
Na segunda-feira haverá uma reunião de cúpula na Fiesp em que esse tema está destinado a ser o centro de debates acalorados.
Resume um empresário muito influente na Fiesp:
— Está uma confusão danada.
Motivo: sindicatos fortes, como a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), além de vários diretores, foram contra a publicação da carta. Se o manifesto teve muito apoio externo, apenas cerca de 20% dos sindicatos inscritos na Fiesp o assinaram.
Não é preciso ir muito longe para lembrar que até dezembro a Fiesp tinha uma coloração bolsonarista, encarnada pelo então presidente Paulo Skaf. A turma que apoia Jair Bolsonaro na entidade, e não são poucos, está irritada.
Todo esse grupo bate numa mesma tecla: Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e filho de José Alencar, o vice-presidente de Lula em seus dois mandatos, embicou a entidade na direção de Lula. Nada os convence que o manifesto era necessário neste momento.
Na segunda-feira haverá uma reunião de cúpula na Fiesp em que esse tema está destinado a ser o centro de debates acalorados.
Resume um empresário muito influente na Fiesp:
— Está uma confusão danada.
Assinam a carta da Fiesp a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), o Sindicato Nacional da Indústria de Café Solúvel (Sincs), a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), o Sindicato da Indústria de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical) e o Sindicato da Indústria do Milho, Soja e Seus Derivados no Estado de São Paulo (Sindmilho & Soja) confirmaram a assinatura ao Broadcast Agro.