quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Atletas do MA desmaiam no Albertão e são levadas para HUT

    Uma situação dramática se desenrolou na tarde de hoje (ontem) no estádio Albertão, no jogo entre Tiradentes/PI e Viana-MA, pela quinta e última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Um total de nove integrantes do time maranhense passaram mal por conta do forte calor, e quatro delas foram levadas ao HUT (Hospital de Urgências de Teresina). 
    Tudo começou quando a goleira Del passou mal e vomitou aos oito minutos do primeiro tempo. Depois, foi a vez de Sabrina também cair em campo. Pouco depois, Sandra também passou mal. Isso tudo com 30 minutos de jogo. No segundo tempo, a goleira reserva, Bárbara, também sentiu o forte calor. Também precisaram de atendimento Dani, Fernanda, Andressa e Renata, além de Talvirlânia Lemos, diretora da equipe.
    O médico Jesus Bringel acompanhava a partida da arquibancada e decidiu ir até o gramado para ajudar. "Era previsível que algumas atletas fossem sentir, mas não o time todo. Até a comissão técnica sentiu. É humanamente impossível jogar em uma temperatura dessas sem passar por algum problema. As meninas apresentavam cansaço e desidratação aguda. Não sei se outros fatores, além da temperatura, podem ter influenciado, pois não acompanhei a rotina delas". 
    Quando o Viana ficou com apenas seis em campo (e com a jogadora Mika improvisada no gol), a partida não teve como prosseguir. Debaixo de um calor de 39º, o time piauiense venceu por 10 a 0, e confirmou o primeiro lugar do grupo 4. O técnico do time maranhense, Marcos André, ficou indignado com a situação. "A gente vem de São Luís para cá, oito horas de viagem, almoça quase na hora do jogo, não tem como reconhecer campo nem nada... enfim, é desumano. É por isso que o futebol feminino não vai para a frente. Como é que eles conseguem colocar para os times de São Paulo outros horários, e para os do nordeste não?".
    "É lamentável que essa situação crítica vá aparecer para o futebol nacional. O futebol feminino tem que ser observado com mais detalhamento e com mais carinho. Esse horário é crítico", disse o técnico do Toinho, do Tiradentes.
Do Meio Norte