O som do barzinho está ameaçado de ser extinto na orla marítima de São Luís, no Maranhão. Donos de bares da Avenida Litorânea estão tendo que despachar os músicos da noite por conta da proibição de som ao vivo.
O impedimento está condicionado à liberação da licença de funcionamento expedida pela Delegacia de Costumes. Antes identificados como estabelecimentos comerciais, os barzinhos da litorânea passaram a ser enquadrados na condição de local de concentração de público. Só assim, eles podem contratar profissionais que sobrevivem do couvert o que implica da boa vontade do público e dos empresários da noite.
Sem espaço para tocar, ficam sem trabalho os músicos que sobrevivem de atender pedidos e aqueles que incrementam pequenos shows nos palcos apertados ou improvisados em barzinhos da Litorânea. Não há ordem que os defendam diante do cerceamento absurdo. Nem o Ecad, que tira um troco com este tipo de atividade artística, deu a cara a tapa. Preferiu a surdina.
Os donos de bares apontam as denúncias para o promotor Cláudio Guimarães. O representante do Ministério Público do Estado do Maranhão é persona non grata da Associação dos Donos de Barracas da Praia da Litorânea. Contra Guimarães os empresários representaram junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. Quanto aos músicos, estão a deus dará.