Com elenco de pouco mais de 20 pessoas, entre estudantes do curso de artes da Universidade Federal do Maranhão, Ifma e da comunidade artística de São Luís, a intervenção teve início no Espaço Cultural Mestre Amaral e seguiu para frente do Palácio Clóvis Beviláqua, sede da Justiça estadual do Maranhão. Cegos permaneceu por cerca de 15 minutos em frente ao prédio. Populares que transitavam pela Praça D. Pedro II, advogados e servidores do judiciário observavam com curiosidade e indiferença à intervenção.
Após a proibição, o grupo se dirigiu à igreja da Sé e seguiram para várias ruas do centro histórico de São Luís,até concluir apresentação em frente ao Liceu Maranhense. Na capital maranhense a intervenção utilizou o mesmo figurino utilizado por onde tem sido montado, com personagem vestido em trajes burocráticos (terno, gravata e tailleus e terninhos), cobertos de argila sugerindo lama. As mãos pintadas de vermelho e as pastas chamaram atenção para Cegos.
Cegos em frente ao Palácio Clóvis Beviláqua, sede da Justiça do MA |
A performance Cegos conta com os participantes da oficina “Intervenção Urbana”, ministrada pelo professor e pesquisador de Teatro e de Performance, Marcos Aurélio Bulhões Martins nos dias 27 e 28 de outubro em São Luís. Professor da área de Direção Teatral do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e atual vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes, é autor do livro “Encenação em Jogo” (Hucitec, 2004) e da tese “Dramaturgia em Jogo” (2006), além de artigos e publicações eletrônicas.