Com 60 pandeirões, o boi da Madre Deus tenta recuperar a fama do passado. Ainda permanece na linha de frente dos cantadores o lendário Mané Onça. Um neto dele, Ivaldo Onça, participa do quarteto de cantadores de toadas completada por Miguelzinho e Ronaldinho, este último ex-Boi do Bairro de Fátima. Como convidado especial do cordão de cantores, Sabiá marcou presença e cantou toada no segundo ensaio.
O presidente Jorge Coutinho espera que até o início do mês de julho o CD com 18 toadas esteja na mão. Cada cantador oficial participa com quatro toadas com o acréscimo de mais duas cantadas e de autoria de Sabiá. O boi da Madre Deus foi um dos primeiros grupos a estrear no mundo fonográfico gravando um LP. Este trabalho, gravado ao vivo e lançado pela Avanço, foi patrocinado pela Coordenadoria de Turismo e Cultura Popular da Prefeitura de São Luís.
Mané Onça está no Boi de Maioba de 1962. Quando Jorge Coutinho nasceu, Mané Onça já estava com o maracá na mão comandando o batalhão de matraca. Segundo inscrição na fachada da sede do grupo folclórico, as origens do Boi da Madre Deus remonta o século XIX.
Jorge Coutinho está atrás de patrocínio para a temporada junina. Tem promessa da cerveja Proibida. Aguarda também a resposta de apoio da Potiguar para cobrir de cores vivas a sede.
Durante a semana na sede acontece oficina de bordados. Há um projeto inscrito na Lei de Incentivo à Cultura do governo do estado para instalação de oficinas mais ampliadas.
Para a Baixada deverão seguir ao menos quatro ônibus carregando os brincantes e os dois bois do batalhão. Cada ônibus está sendo alugado por R$ 2 mil, um custo que Jorge Coutinho espera cobrir com a renda obtidas durante os ensaios e eventuais apoios culturais.