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A rua está interditada há mais de dez anos. A descoberta de vestígios arquitetônico da Igreja Nossa Senhora das Mercês seria o motivo da interdição. “Existem várias ruas de acesso a outras áreas no Centro Histórico, e a interdição deste pequeno trecho não prejudica em nada a população. O mais importante é que parte da nossa história será resgatada e poderá ser apreciada por todos”, disse a superintendente.
Há dez anos Kátia Bogéa está na superintendência do órgão do Ministério da Cultura no Maranhão. Como quase todos os cargos federais no estado, faz parte da cota do senador José Sarney (PMDB-AP) ou aliados políticos como o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
A superintendente costuma regozijar-se da fama de ranzinza no cargo. Seu poder de embargo costuma ser pulverizado entre os de pouco ou nenhum poder de influência em zonas de poder. A rua Jacinto Maia faz parte do traçado urbanístico original da cidade de São Luís, requisito fundamental na outorga do título de patrimônio cultural da humanidade a São Luís pela Unesco.
Tamanho rigor técnico não a livrou de atestar como pronta e de qualidade a obra de reforma do teatro da Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy) cujo telhado não os primeiros respingos da chuva. A obra de mais de R$ 1,2 milhão está na relação do PAC Cidades Históricas, programa supervisionado pelo IPHAN.
Na pegada do raciocínio da superintendente do IPHAN em nada prejudica a população a interdição de um trecho da Rua Cândido Ribeiro, identificada nos escritos do órgão como rua das Crioula. Paquidérmica, a reforma da antiga Fábrica Santa Helena também encosta em uma década.