Potencializar o processo de pesquisa em torno da cultura popular, além de aproximar a produção teatral da pluralidade que envolve o ‘bumba meu boi’, tem sido o mote da excursão regional realizada pela Companhia de Artes Santa Ignorância, do Maranhão. O grupo está em Belém, onde desenvolve a última etapa do projeto “Teatro nos passos do Boi: no miolo da floresta”, que inclui espetáculos e oficinas que acontecem até amanhã.
A companhia desenvolve ações que pretendem garantir um intercâmbio com a produção cultural da capital paraense em cinco eixos: apresentação do espetáculo “O Miolo da Estória”; debates; dois workshops intitulados “Sotaques do Maranhão” e “O Ator Brincante Nos Passos do Boi” e ainda o Lançamento do livro “Entre o Chão e o Tablado: a invenção de um dramaturgo”, de autoria do ator Lauande Aires.
O ‘bumba meu boi’ nasceu de uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro. A origem remonta o século XVIII e está presente em diversos estados com diferentes nomes, os mais conhecidos são: boi-calemba, em Pernambuco; boi janeiro, na Bahia; e boi de mamão, em Santa Catarina. “Existe um trabalho cênico único nestas manifestações. Através da dança, da música e da interpretação é possível experimentar várias nuances do boi. E para demonstrar o processo de criação dos personagens e das cenas teatrais é preciso construir uma relação de aproximação com as várias formas de interpretar este auto”, conta Launde, que admite a necessidade de circulação do projeto pela região Norte.
O ‘bumba meu boi’ nasceu de uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro. A origem remonta o século XVIII e está presente em diversos estados com diferentes nomes, os mais conhecidos são: boi-calemba, em Pernambuco; boi janeiro, na Bahia; e boi de mamão, em Santa Catarina. “Existe um trabalho cênico único nestas manifestações. Através da dança, da música e da interpretação é possível experimentar várias nuances do boi. E para demonstrar o processo de criação dos personagens e das cenas teatrais é preciso construir uma relação de aproximação com as várias formas de interpretar este auto”, conta Launde, que admite a necessidade de circulação do projeto pela região Norte.
A programação em Belém começou ontem pela manhã com o workshop ministrado por Leonel Alves, integrante da companhia. No encontro foi possível demonstrar e experimentar os principais movimentos do ‘bumba meu boi’ do Maranhão e produzir pequenas coreografias a partir de cada sotaque ou “estilo”.
TROCA
TROCA
A primeira apresentação do espetáculo “O Miolo da Estória” em solo paraense aconteceu em ritmo de intercâmbio. Ontem à noite, durante um grande encontro com o “Boi da Terra”, tradicional do bairro da Terra Firme, o grupo mostrou o trabalho desenvolvido há exatos 15 anos. O auto foi apresentado na Unidade Integrada do ProPaz e segue hoje e amanhã no teatro Cláudio Barradas, na Escola de Teatro e Dança da UFPA. “É uma obra de ficção construída a partir da observação e leitura analítica de depoimentos de brincantes a respeito dos conflitos de um homem explorado em seu ambiente de trabalho e no espaço do divertimento. Trata-se mostrar ao público um homem em conflito com a fé e suas relações sociais”, explica Lauande.
No encontro que acontece na manhã de hoje, na ETDUFPA, Lauande pretende demonstrar o processo de criação de personagens e cenas teatrais a partir de estímulos físicos e sonoros do Boi do Maranhão desenvolvidos durante a montagem do espetáculo “O Miolo da Estória”.
Concomitante às apresentações acontecerá o lançamento do livro “Entre o Chão e o Tablado: a invenção de um dramaturgo”, escrito por Laude Aires. Com o objetivo de promover o registro, a memória e a valorização de parte da literatura dramática produzida no Maranhão, a obra tornar público e acessível quatro textos entre os mais importantes que já foram montados e criados pelo colaborador, músico, ator e diretor e ainda a narrativa dos processos de criação e circunstâncias das montagens.
PRESTIGIE
Espetáculo ‘O Miolo da Estória’, seguido de debate. Hoje, às 21h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas (tv D. Romualdo Seixas, 820). Entrada franca. Os ingressos serão entregues na bilheteria uma hora antes. Amanhã, às 19h, a programação acontece na Unidade Integrada ProPaz, na Terra Firme; e às 21h, no Cláudio Barradas.
Do Diário do Pará