O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), apresentou na Câmara Federal Projeto de Lei (confira a íntegra abaixo) para evitar abusos cometidos pelos institutos de pesquisa de intenção de voto. A proposta tem o objetivo de punir as empresas responsáveis por erros grosseiros às vésperas da eleição e também pretende dar um basta na promiscuidade entre candidatos e institutos de pesquisa. Pelo projeto, os institutos que, na véspera das eleições, divulgarem pesquisas eleitorais com resultados completamente divergentes do verifica do nas urnas (acima da margem de erro) podem pagar multa de até R$ 1 milhão. Atualmente, a lei eleitoral prevê multa de 50 mil Ufirs e detenção de seis meses a um ano.
O projeto também pretende impedir que institutos de pesquisas, por serem contratados ao mesmo tempo por candidatos, partidos e veículos de comunicação, manipulem ou fraudem resultados de pesquisas. Ele estabele que "a existência de vínculo formal de partido político ou de coligação com a entidade ou a empresa responsável pela divulgação de pesquisa fraudulenta, no período de um ano antes da eleição, pode resultar na cassação do registro ou do diploma" do candidato beneficiário.
"Queremos impedir fraudes e erros crasos que influenciam diretamente o resultado das elei&ccedi l;ões. Com a multa pesada para os institutos e a possibilidade de cassação de candidatos, as empresas certamente terão mais cuidado na divulgação de pesquisas. Isso também visa impedir a proliferação das chamadas pesquisas compradas, que beneficiam o candidato que paga mais", afirma Rubens Bueno.
Últimas eleições
Segundo o líder do PPS, os levantamentos na última eleição demonstram grandes distorções, que induzem os eleitores e influenciam diretamente nos resultados das eleições. Ele cita como exemplo a diferença de votos entre os candidatos ao Senado no Paraná – Gustavo Fruet (PSDB) e Roberto Requião (PMDB). No Ibope da véspera das eleições, Fruet aparecia com 27% das intenções de voto e Requião com 47%. O resultado foi bem diferente: Requião teve 24,8% dos votos e Fruet 23,1%.
Outro erro grotesto apontado por Rubens Bueno diz respeito a eleição para o Senado em São Paulo. Um dia antes da eleição, o Ibope apontava empate entre Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB ), ambos com 27% dos votos válidos. Aloisyo Nunes Ferreira (PSDB) aparecia em terceiro lugar com apenas 19% dos votos válidos. Nas urnas, o tucano foi eleito em primeiro lugar com 11.189.168 votos (30,42%) e Marta teve 8.314.027 votos (22,61%). Netinho, dado como eleito pelo Ibope, ficou de fora com 7.773.327 votos (21,14%).
Rubens já processou o Ibope em 2004
Rubens Bueno também já foi v&iac ute;tima da manipulação de pesquisas. Em 2004, quando disputou a prefeitura de Curitiba, o Ibope lhe dava 13% das intenções de voto um dia antes do pleito. Abertas as urnas, ele obteve 20,04% dos votos. Rubens ingressou com ação contra o Ibope, que está tramitando na Justiça. "Mesmo com o Ibope me colocando fora da disputa no sábado, o que me trouxe imenso prejuízo, tive mais de 20% dos votos", destaca.
"É um absurdo. A legitimidade da vontade da população não pode ser distorcida", afirma o deputado, que também é secretário-geral a Executiva Nacional do PPS.
O projeto também pretende impedir que institutos de pesquisas, por serem contratados ao mesmo tempo por candidatos, partidos e veículos de comunicação, manipulem ou fraudem resultados de pesquisas. Ele estabele que "a existência de vínculo formal de partido político ou de coligação com a entidade ou a empresa responsável pela divulgação de pesquisa fraudulenta, no período de um ano antes da eleição, pode resultar na cassação do registro ou do diploma" do candidato beneficiário.
"Queremos impedir fraudes e erros crasos que influenciam diretamente o resultado das elei&ccedi l;ões. Com a multa pesada para os institutos e a possibilidade de cassação de candidatos, as empresas certamente terão mais cuidado na divulgação de pesquisas. Isso também visa impedir a proliferação das chamadas pesquisas compradas, que beneficiam o candidato que paga mais", afirma Rubens Bueno.
Últimas eleições
Segundo o líder do PPS, os levantamentos na última eleição demonstram grandes distorções, que induzem os eleitores e influenciam diretamente nos resultados das eleições. Ele cita como exemplo a diferença de votos entre os candidatos ao Senado no Paraná – Gustavo Fruet (PSDB) e Roberto Requião (PMDB). No Ibope da véspera das eleições, Fruet aparecia com 27% das intenções de voto e Requião com 47%. O resultado foi bem diferente: Requião teve 24,8% dos votos e Fruet 23,1%.
Outro erro grotesto apontado por Rubens Bueno diz respeito a eleição para o Senado em São Paulo. Um dia antes da eleição, o Ibope apontava empate entre Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB ), ambos com 27% dos votos válidos. Aloisyo Nunes Ferreira (PSDB) aparecia em terceiro lugar com apenas 19% dos votos válidos. Nas urnas, o tucano foi eleito em primeiro lugar com 11.189.168 votos (30,42%) e Marta teve 8.314.027 votos (22,61%). Netinho, dado como eleito pelo Ibope, ficou de fora com 7.773.327 votos (21,14%).
Rubens já processou o Ibope em 2004
Rubens Bueno também já foi v&iac ute;tima da manipulação de pesquisas. Em 2004, quando disputou a prefeitura de Curitiba, o Ibope lhe dava 13% das intenções de voto um dia antes do pleito. Abertas as urnas, ele obteve 20,04% dos votos. Rubens ingressou com ação contra o Ibope, que está tramitando na Justiça. "Mesmo com o Ibope me colocando fora da disputa no sábado, o que me trouxe imenso prejuízo, tive mais de 20% dos votos", destaca.
"É um absurdo. A legitimidade da vontade da população não pode ser distorcida", afirma o deputado, que também é secretário-geral a Executiva Nacional do PPS.