Gastão Vieira *
Mais que conceder vantagens ao empresariado, desenvolver o turismo doméstico significa fortalecer a economia e fazer do Brasil um país mais justo
É consensual a extrema gravidade da conjuntura mundial atual. Os analistas concordam que estamos diante de uma perspectiva de crise prolongada, com projeções que convergem para um cenário de crescimento tímido dos países desenvolvidos nos próximos anos (da ordem de 1% ao ano nos Estados Unidos e na Europa e menor ainda no Japão).
Já se observam também sinais de desaceleração expressiva na taxa de crescimento da China, nosso maior parceiro comercial.
Diante desse cenário, não é prudente confiar no mercado externo como fator de dinamização da nossa economia. A estratégia correta é a adotada pelo governo federal: priorizar o crescimento por meio do mercado interno, redirecionando as políticas públicas com esse objetivo. A China, não por acaso, segue o mesmo caminho.
Neste contexto, o turismo surge como setor privilegiado. É, segundo a Fundação Instituto e Pesquisas Econômicas (Fipe), o gerador mais barato de empregos da economia brasileira. Suas atividades características constituem, segundo o IBGE, nada menos que 3,6% do Produto Interno Bruto. O turismo pode, assim, qualificar-se como principal ferramenta de dinamização do mercado interno.
Ademais, as suas atividades características oferecem empregos em praticamente todas as faixas de qualificação, com excelentes oportunidades de inclusão dos beneficiários dos programas de transferência de renda do governo.
De fato, o turismo interno já vem ganhando forte impulso, em função do enorme contingente de pessoas que experimentaram, nos últimos anos, aumento expressivo de renda e da substancial redução nos custos de transporte, em particular o aéreo. E esse impulso só não é maior, até agora, devido à atratividade do turismo externo.
Urge, portanto, adotar medidas que viabilizem expansão mais rápida e decisiva da atividade turística.
Algumas medidas prioritárias são o investimento público em mobilidade, infraestrutura turística, segurança pública e qualificação profissional. É necessária também uma desoneração tributária mais ampla das atividades do turismo -mais de 90% das empresas do setor são pequenas ou médias.
Tal estratégia foi adotada com sucesso pelo governo Lula, utilizando fortemente o espaço conquistado no quadro fiscal (concessão de incentivos, desonerações tributárias e crédito, com foco na construção civil e setor automobilístico).
Hoje, não é possível contar com os mesmos instrumentos, pelo menos não na mesma intensidade.
Em compensação, a nova administração conseguiu reverter a deterioração das contas públicas, conquistando, assim, um importante espaço para o manejo da política monetária, com redução de juros e compulsórios.
Mais do que apenas conceder vantagens ao empresariado, desenvolver o turismo doméstico significa fortalecer nossa economia, fazer do Brasil um país ainda mais justo, com mais oportunidades de trabalho e inclusão social, menos desigualdades regionais, mais sustentável e autossuficiente.
Já se observam também sinais de desaceleração expressiva na taxa de crescimento da China, nosso maior parceiro comercial.
Diante desse cenário, não é prudente confiar no mercado externo como fator de dinamização da nossa economia. A estratégia correta é a adotada pelo governo federal: priorizar o crescimento por meio do mercado interno, redirecionando as políticas públicas com esse objetivo. A China, não por acaso, segue o mesmo caminho.
Neste contexto, o turismo surge como setor privilegiado. É, segundo a Fundação Instituto e Pesquisas Econômicas (Fipe), o gerador mais barato de empregos da economia brasileira. Suas atividades características constituem, segundo o IBGE, nada menos que 3,6% do Produto Interno Bruto. O turismo pode, assim, qualificar-se como principal ferramenta de dinamização do mercado interno.
Ademais, as suas atividades características oferecem empregos em praticamente todas as faixas de qualificação, com excelentes oportunidades de inclusão dos beneficiários dos programas de transferência de renda do governo.
De fato, o turismo interno já vem ganhando forte impulso, em função do enorme contingente de pessoas que experimentaram, nos últimos anos, aumento expressivo de renda e da substancial redução nos custos de transporte, em particular o aéreo. E esse impulso só não é maior, até agora, devido à atratividade do turismo externo.
Urge, portanto, adotar medidas que viabilizem expansão mais rápida e decisiva da atividade turística.
Algumas medidas prioritárias são o investimento público em mobilidade, infraestrutura turística, segurança pública e qualificação profissional. É necessária também uma desoneração tributária mais ampla das atividades do turismo -mais de 90% das empresas do setor são pequenas ou médias.
Tal estratégia foi adotada com sucesso pelo governo Lula, utilizando fortemente o espaço conquistado no quadro fiscal (concessão de incentivos, desonerações tributárias e crédito, com foco na construção civil e setor automobilístico).
Hoje, não é possível contar com os mesmos instrumentos, pelo menos não na mesma intensidade.
Em compensação, a nova administração conseguiu reverter a deterioração das contas públicas, conquistando, assim, um importante espaço para o manejo da política monetária, com redução de juros e compulsórios.
Mais do que apenas conceder vantagens ao empresariado, desenvolver o turismo doméstico significa fortalecer nossa economia, fazer do Brasil um país ainda mais justo, com mais oportunidades de trabalho e inclusão social, menos desigualdades regionais, mais sustentável e autossuficiente.