sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

I Feira Mãos a Fio - A produção artesanal do Maranhão na passarela


A I Feira Mãos a Fio será lançada neste sábado, 26, para convidados e público restrito nas dependências do Basa Clube, em São Luís, a partir das 17 horas, se estendendo até as 20 horas. No desfile de lançamento do projeto serão apresentadas algumas das peças da coleção elaborada por artesãs e artesãos da Raposa, Barreirinhas, Cururupu, Rio Grande do Maracanã em São Luís e diversas regiões do estado do Maranhão.

Na gravação da live da I Feira Mãos a Fio serão apresentadas algumas das peças da coleção elaborada pelas artesãs participantes do projeto. O projeto é financiado pela Lei de Incentivo Aldir Blanc a partir de edital da Secretaria de Estado da Cultura. O projeto é  uma realização da Imagina Brasil com produção executiva da jornalista Léa Zaqueu é da artesã Rosana Cardoso. O desfile é organizado pelo produtor de moda  maranhense Manoel Mougeot.






O foco do projeto está no e-commerce (loja virtual) onde parte dos produtos apresentados no desfile veiculado posteriormente pelo canal youtube, a partir de programação da Secma. O formato ditado pela pandemia permitiu por outro lado que este agrupamento de artesãs maranhenses abrisse definitivamente uma janela para o mundo, apresentando peças do guarda-roupa feitas em renda, crochê, macramê outras técnicas artesanais.

A I Feira Mãos a Fio como sugere o título do projeto, apesar da clara intenção de se conectar com o mundo, tem o artesão como protagonista e os produtos elaborados pelas mãos destes como uma espécie de enredo de uma história longa contínua.  A importância de produzir à mão norteia o projeto que deverá se estender por seis meses, com renovação periódica do material na loja virtual Mãos a Fio.


Com a pandemia ditando destinos, a sustentabilidade foi reforçada dentro das metas de negócios deste grupo de fazedores. A utilização de materiais naturais, harmonizadas com a proposta de preservação do meio-ambiente norteia toda a produção deste grupo de fazedoras (es).

A intenção não é de provocar um confronto com a produção tradicional da indústria têxtil, mas de complementá-la. Entre o grupo não permeia o sentimento de que alguém se consagre em destaque a partir da exposição, dali se sobressaindo um estilista renomado no mercado.

Cada look das coleções apresentadas e colocadas à venda transmite uma atmosfera própria extraída do lugar onde se dá a produção e vivência da artesã. Carrega em si representações das relações sociais incutidas pelo cotidiano na qual elas estão inseridas. Na renda da Raposa, por exemplo, a atmosfera das manhãs solares, marcadas pela maresia é capturada nas tramas dos bilros e na escolha das cores dos fios que tecem as peças singulares. Têm estas, enfim, a cara de um dia de sol e praia.


Quem é Manoel Mougeot

Manoel Mougeot é um criativo de moda maranhense, empresário e produtor de moda. Atua com produção há 8 anos em São Luís, além de já ter feito trabalhos na maior semana de moda de jovens estilistas do Brasil em São Paulo, o Casa de Criadores. Em 2020, fundou a AÇÚ, junto à designer Priscilla Penha, um escritório de fashion design maranhense, que se apresenta no mercado maranhense fortalecendo as cadeias produtivas da economia criativa da moda, design, artesanato e artes. Atua na produção de eventos culturais; é diretor da primeira semana de cultura de moda do Maranhão, o Lição de Moda. Considerado um criativo de moda, Mougeot é multitalentoso: dá aulas e consultoria para novos modelos; figurinista; fashion filmaker; artista visual contemporâneo; consultor de Economia Criativa; além de ex-Conselheiro Nacional de Cultura no setorial Moda pelo extinto Ministério da Cultura (MinC).

Quem é Rosana Cardoso.

Designer em moda crochê, inscrita no idam (Instituto desenvolvimento artesanato do Maranhão). Tem carteira brasileira de artesã. Desenvolve a técnica em crochê há 30 anos, tendo como característica a criatividade nas peças. Participou de intercâmbio entre São Luis/Milão/Itália produzindo peças com crochê e sementes. É fascinada pela cultura maranhense, daí ter idealizado homenagear no desfile o tambor de crioulas e o reggae. com peças contemporâneas baseadas no estilo alegre característico do maranhense com peças f criadas com cores fortes.


domingo, 20 de dezembro de 2020

Jorge Abreu participa com poema “Tríade” de antologia do selo Off Flip

 


O jornalista e poeta cordino Jorge Abreu está entre os autores da antologia ‘Parem as máquinas’, do selo Off Flip.

A Off Flip das Letras é um evento paralelo e complementar da Feira Literária Internacional de Paraty, Flip, que este ano aconteceu no formato virtual. A premiação teve sua 16ª edição este ano.

Sediado em Paraty (Rio de Janeiro), o selo dirigido pelo escritor Ovídio Poli Junior desde 2014 organiza a programação paralela da Flip e tem foco dirigido para estreantes, mas acolhe autores que possuem trajetória consolidada.

Jorge Abreu estreou em livro solo de poesia com “Danações” (Editora Trevo - 2018), um mergulho profundo na experiência dantesca e tentativa de catarse da bad trip na qual embarcou por um lapso da sua existência.

O poeta maranhense participa com o poema Tríade!

Tríade!

I

Do beco, queria a saída:

Saltei o muro

Dos meus arrulhos:

Valeu a pena:

Meu nome é

Mergulho

Codinome:

Criação

 

II

Despi-me:

Amarras:

Armadilhas

Mentais

Fiz

Dos olhos

Petecas

Arrisquei-me:

Tirei

Do nariz

A meleca

 

III

Vida:

Entre dentes

Entrementes

Entre frases:

Pai mãe

Paredes

Parentes:

Seiva sêmen

Sumo sendas

Selva grades:

Preso paro

Pulo penso

Poemas:

(Liberdade!)

Livro explica gênese do antipetismo e avanço da direita radical no Brasil

João Pedro Pitombo

Salvador  - O bolsonarismo já existia no Brasil antes mesmo de Jair Bolsonaro: a parte mais obscurantista e radical da direita conservadora brasileira já se organizava em redes sociais online muito antes de o hoje presidente ser ungido como protagonista e principal representante desse grupo.

E essa direita conservadora chegou ao centro do poder nas eleições presidenciais de 2018 com os votos de 58 milhões de brasileiros a partir de uma conjunção de fatores, que incluem o avanço do antipetismo, do lavajatismo, os estratagemas da direita tradicional e os erros do próprio Partido dos Trabalhadores.

Wilson Gomes lança 'Crônica de uma Tragédia Anunciada: Como a Extrema-Direita Chegou ao Poder'

Capítulo a capítulo, o percurso é contado e analisado no livro “Crônica de uma Tragédia Anunciada: Como a Extrema-Direita Chegou ao Poder”, de Wilson Gomes, 56, professor titular da UFBA (Universidade Federal da Bahia).

Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, Gomes pesquisa comunicação política e democracia digital há mais de duas décadas e, desde 2010, acompanha a atuação em redes sociais online de grupos que se organizaram em torno do antipetismo.

O livro, lançado pela editora Sagga, é formado por uma coletânea de artigos publicados pelo professor no Facebook de 2013 a 2018, com análises a quente dos principais acontecimentos políticos do país no período.

O retrato é o do momento, com suas apostas e tentativas de interpretação, que ora se revelam certeiras, ora miram no sentido oposto ao rumo que os fatos tomaram.

As análises têm como esteio a comunicação política, campo que, como explica Wilson Gomes, “presta atenção em como a imaginação da sociedade é conduzida, como as paixões do público podem ser motivadas e direcionadas, as convicções coletivas são formadas e disseminadas”.

Na avaliação de Gomes, uma conjunção de fatos fez virar a chave da política brasileira, que saiu de uma hegemonia de 13 anos de um partido de esquerda para as franjas mais obscuras da direita conservadora, em um voo que teve Michel Temer (MDB) como escala.

Os três primeiros fatos estão ligados diretamente ao PT: o acúmulo de escândalos de corrupção associados ao partido, os protestos de 2013 que deram vazão ao sentimento de desgosto com o governo e a vitória de Dilma Rousseff (PT) em 2014, seguida pela frustração de uma parcela da população.

Os passos seguintes se consolidaram com a aposta na ruptura com impeachment de Dilma, com ascensão da Operação Lava Jato, que ajudou estabelecer na sociedade um sentimento de antipolítica e a vitória de Donald Trump no Estados Unidos em 2016, que deu espaço para a construção de um candidato de perfil semelhante no Brasil.

Em todas as etapas desta trajetória, o antipetismo foi a principal amálgama entre diferentes grupos que se opunham aos governos petistas, consolidando-se como uma força política.

O antipetismo, afirma Gomes, não é uma simples rejeição ao PT. É uma espécie de moralismo dogmático, no qual não há espaço para argumentos, mas tão somente para pontos de vista prévios. Para o antipetista, o PT não é um adversário: ele encarna uma espécie de mal que deve ser extirpado.Diferentes motores já impulsionaram o antipetismo: o medo, a ojeriza aos movimentos sindical e social, a crítica a políticas compensatórias como as cotas raciais e, principalmente, a corrupção.

Essa última entrou na agenda política em 2005, com a eclosão do escândalo do mensalão, para não mais sair —criou-se a sensação de uma espécie de escândalo único e contínuo protagonizado pelo PT.

É nesse cenário que grupos antipetistas ocupam o ecossistema mediático das redes sociais online, espaços que se tornam terreno fértil para o avanço da agenda ultraconservadora no Brasil.

Na primeira metade da década de 2010, a agenda ainda não tinha um protagonista claro. Nas redes sociais, o espaço chegou a ser ocupado temporariamente pelo pastor e deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) e depois pelo deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), até desaguar em Jair Bolsonaro.

O então deputado federal começava a sair de seu tradicional nicho dos militares para assumir o protagonismo da agenda ultraconservadora do país. Do baixo clero, cavou seu espaço no grito: usou de declarações ofensivas e chocantes para mobilizar a conversa na esfera pública.

Esta capacidade de pautar a imprensa e a discussão pública, aliada a condescendência de instituições como o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, fez de Bolsonaro um fenômeno.

Tanto que, muito antes de Bolsonaro despontar como um candidato viável para a Presidência da República, o professor da UFBA já alertava para a sua capacidade de mobilização, sobretudo entre os jovens.

Ao mesmo tempo, o governo Dilma (PT) encontrava o seu ocaso logo no início do seu segundo mandato, em 2015, frente aos seus próprios erros e aos estratagemas da direita tradicional, que apostou na ruptura institucional.

Para Wilson Gomes, o governo foi perdendo o controle da própria narrativa na esfera pública ao mesmo em que políticos, empresários e parte da mídia dobravam a aposta no afastamento da presidente, fosse ele por renúncia, cassação da chapa ou impeachment.O impeachment em 2016 e o governo Michel Temer constituíram um segundo momento no qual o antipetismo foi abrindo o leque para dar espaço à antipolítica, com alguns dos principais protagonistas da derrocada do governo petista, MDB e PSDB à frente, indo para o centro do furacão.

Foi justamente nesse cenário que os ultraconservadores de direita subiram à ribalta, trazendo para o centro do debate o enfrentamento à corrupção do lavajatismo, as pautas de costumes e o fundamentalismo religioso, tudo isso temperado com um antipetismo, que havia chegado a seu nível mais extremo.

Peça a peça, como em um quebra-cabeça, Wilson Gomes revela de que forma esse caldo desaguou na consolidação de Bolsonaro como presidenciável e na sua posterior vitória nas urnas, como num caminho quase que inexorável.

As razões do voto em Bolsonaro foram múltiplas, mas o cenário não era para escolhas racionais. Assim, o eleitor do tipo consumidor, que escolhe candidatos como sapatos em uma prateleira, deu lugar ao eleitor do tipo torcedor e, mais ainda, o eleitor do tipo membro de seita.

Em 2018, estes eleitores ancoraram-se, sobretudo, em três agendas: o sentimento contra o PT e as esquerdas em geral, o crescente avanço da criminalidade no país e a disputa em torno das pautas morais.

“Quem mais poderia sustentar uma posição tão iliberal tão nítida e com tanta verdade, e ainda assim com chances de vitória eleitoral, quanto Bolsonaro?”, questiona Wilson Gomes, respondendo de bate-pronto: no mercado dos presidenciáveis, não havia concorrentes.

CRÔNICA DE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA: COMO A EXTREMA-DIREITA CHEGOU AO PODER

  • Preço Preço R$ 54,90 (256 págs.)
  • Autor Wilson Gomes
  • Editora Editora Sagga​

NOS JORNAIS

                                                      

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Como votou a bancada do Maranhão na regulamentação do Fundeb


A Câmara Federal aprovou nesta quinta-feira (17), por 470 votos a 15, o texto do relator
 Felipe Rigoni (PSB-ES) que regulamenta o Fundeb (PL 4372/20). A matéria segue para sanção presidencial.

O único destaque votado hoje foi apresentado pelo partido Novo e pretendia reincluir no texto do relator que recursos do fundo público fossem usados por escolas do Sistema S e ligadas a igrejas.  Foram 163 votos a favor do destaque e 286 contra.

Veja como votou cada deputado do Maranhão, sendo que os votos sim eram pela manutenção do texto do relator e não pela modificação proposta pelo Novo.

Deputado - como votou

Aluisio Mendes (PSC-MA) -votou Sim

André Fufuca (PP-MA)

Bira do Pindaré (PSB-MA) -votou Sim

Cleber Verde (REPUBLICANOS-MA) -votou Não

Edilazio Junior (PSD-MA) -votou Sim

Eduardo Braide (PODE-MA) -votou Sim

Gil Cutrim (PDT-MA) –votou Sim

Hildo Rocha (MDB-MA)

João Marcelo S. (MDB-MA) –votou Sim

Josimar Maranhãozinho (PL-MA)

Junior Lourenço (PL-MA) –votou Não

Juscelino Filho (DEM-MA)

Márcio Jerry (PCdoB-MA) –votou Sim

Marreca Filho (PATRIOTA-MA) –votou Sim

Pastor Gil (PL-MA) –votou Não

Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA)

Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA) –Votou Sim

Zé Carlos (PT-MA) –votou Sim


NOS JORNAIS