O secretário de estado Chico Gonçalves e Zé Dirceu |
Aplaudido pelos petistas que estiveram na casa grande (segundo o JP, também mal assombrada) de Sarney, em nome da aliança com o PMDB, e mais euforicamente por membros da corrente Construindo um Novo Brasil, CNB, consignadora dos acordos com oligarcas, Zé Dirceu viveu seu dia de redenção nesta segunda-feira, 1º, no Maranhão, onde veio lançar seu livro Zé Dirceu - Memorias Volume 1.
Entre os membros da legenda, o tema da conversa era um suposto encontro que o ex-presidente do PT manteria com a família Sarney, abortado por força da militância. O lançamento de Zé Dirceu, em primeira edição pela editora Geração, que tem Fernando Moraes como consultor editorial, lotou de petistas o teatro Alcione Nazaré, do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.
Com os cabelos alvos e porte não tão atlético como exibia nos tempos em que esteve em 2010 no Maranhão para defender a aliança e candidatura de Roseana Sarney, intervindo na decisão da instância estadual, Dirceu ainda exerce grande fascínio como líder entre petistas.
Antes de autografar o livro, Dirceu fez uma 'palestra', onde descreveu as motivações que levaram a cassação de Dilma Rousseff e prisão de Lula, mas derramou esperança no retorno do PT ao poder.
O petista iniciou sua curta fala, dizendo estar "com os pés no Maranhão e o coração em Curitiba", numa referência direta ao ex presidente Lula, em cujo governo foi ministro a Casa Civil.
Dirceu defende a taxação das grandes fortunas, das heranças, enfim uma reforma tributária de efeito sobre as elites. Também critica a taxa de juros do país. Mas, sobretudo, acredita no retorno do PT ao poder para resgatar o legado de Lula.
Ao preço salgado de 60 reais, caro para estes tempos de desemprego, a obra (encontrada na internet por até R$ 42,15 -Amazon) é dedicada pelo autor às suas ex mulheres, a atual e a filha. Preso por corrupção pela 'infamia' do 'mensalão', Zé Dirceu é o dirigente mais idolatrado entre petistas, obviamente depois de Lula.