quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Mulheres promovem ato contra cultura do estupro em frente ao Tribunal de Justiça

   
    Diante dos constantes casos de estupro e violência contra as mulheres, vários grupos de mulheres de São Luís estão se reunindo para uma série de ações contra a cultura do estupro e da violência de gênero. Nesta quinta-feira, 20, os grupos promovem o ato contra a cultura do estupro em frente ao Tribunal de Justiça do Estado, na praça D. Pedro II, a partir das 19 horas. “É machismo. É assédio sexual, É estupro. É crime. Diga não à cultura do estupro". Os Capoeiras da Ilha, Maratuque Upaon – Açu e grupo Afrôs estão dando apoio ao movimento.
    O ato contra a cultura de estupro é uma manifestação diante dos posicionamentos e comportamentos machistas que culpabilizam as vítimas e legitimam o crime dos agressores. Tem a intenção de visibilizar esta luta e somar forças para  desconstruir da sociedade que perpétua desigualdade entre os gêneros.
    No Brasil a cada 11 minutos uma mulher é violentada, partindo deste dado e de constantes casos que cercam o dia a dia das mulheres maranhenses foi gerado o movimento para protestar por direitos iguais e também que se faça justiça nos casos, na maioria das vezes impunes por falta de provas.

*CARTA DE APRESENTAÇÃO*

    Somos um movimento contra a cultura do estupro e a violência contra a mulher, portanto, lutamos contra todas as formas de opressão exercidas sobre as mulheres e pela equidade social entre os gêneros. Defendemos uma cultura que afirma, defende e garante os direitos às mulheres, especificadamente, na cidade de São Luís - Maranhão.
    Nossa sociedade é marcada pelo machismo e as mulheres cotidianamente são violentadas de diversas formas, uma cantada na rua, estupro, assassinadas. Uma mulher é violentada a cada 11 minutos no Brasil. Desta forma, acolhemos todas as mulheres para que juntas possamos nos fortalecer, nos sentir amadas, valorizadas e seguras, de modo que possamos denunciar as diversas violências contra mulheres.
Desta forma,
1 – Acolhemos as demandas das mulheres;
2 – Fomentamos momentos de diálogos de prevenção, de medidas jurídicas e de empoderamento feminino, presencialmente e/ou virtualmente;
3 – Realizamos intervenções contra o machismo, contra cultura de estupro e violência contra a mulher;
4 – Lutamos para que se cumpram, efetivamente, escutas e atendimentos especializados nas instituições e entidades de serviços para mulheres;
5 – Acionamos e dialogamos com as redes de defesa e proteção da mulher;
6 – Fazermos encaminhamentos, por meio de ofícios, tanto no sentido da denúncia quanto da cobrança de ações efetivas de prevenção e resolução de casos;
7 – Incitamos a sociedade a dar visibilidade ao enfrentamento à violência contra mulher.