quarta-feira, 17 de junho de 2015

Detran do Maranhão na terra d´Abrantes

   
     No Detran do Maranhão se não piorou não houve nenhuma melhora aparente nos serviços. As constantes quedas no sistema; a fila exclusiva para despachante na agência do Banco do Brasil que economiza energia no ar condicionado; a arrogância dos servidores no atendimento ao usuário; o estacionamento irregular em plena luz do dia no órgão responsável pelo ordenamento do trânsito no estado são algumas das rotinas do órgão.
    Para quem nunca foi ao órgão, assusta na recepção a inusitada fila para obter informações. Até o saguão, é possível encontrar carros estacionado sob a placa de proibido, motoristas atravessados como manda o costume, impedindo a livre circulação de pedestres nas vias internas do órgão, etcetera e tal.

    Ao público que tem sorte de pegar um lugar no número de cadeiras sempre insuficiente, dada a demanda comprovada, é oferecido certo conforto. Senhas quilométricas prendem geralmente qualquer usuário em busca de informação ou simplesmente destravar um problema burocrático.
    As horas a fio de espera que provocam ansiedade e boca seca pode se transformar em um prova de coragem ou suicídio. Não sendo este último sumário, não faltam incautos que no desespero utilizem o filho único dos copos órfãos depositado estrategicamente sobre o garrafão de água - supostamente mineral.
Na condição de agente público, os funcionários contam com seus copos individuais, reutilizáveis pela simples razão de não poder substitui-lo por outro novinho. Nem a máxima, lavou tá novo cai bem nesse caso.
    E, não adianta pedir informação para o agente de segurança da Classi- empresa privada contratada para apaziguar os ânimos dos descontentes com os serviços oferecidos pelo órgão. Ele pode afirmar com todas as letras que copos foram pedindo e "já deve estar vindo". Para ser mais convincente, fazer cara de interrogação também vale.

    Na terra onde Padre Antonio Vieira pregou o sermão sobre a mentira, fácil, fácil se constata a falsa história do guarda classi. Na lanchonete, que alimenta cães vadios com migalhas do balcão invisíveis ao público, a atendente informa a espera por copos tem mais de 30 dias úteis.
    Pelo visto no Detran, a terra é d´ Abrantes. A exceção fica apenas com o preço do produto vendido pelo sorveteiro na porta do Detran desde que Sarney era criança em Pinheiro e não precisava pedir emprego para os amigos.