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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Delegado de São José de Ribamar exige traje cerimonial às vítimas que buscam BO

    
    O delegado da Delegacia de Polícia Civil de São José de Ribamar encontrou uma forma de reduzir a estatística de violência no município da região metropolitana de São Luís. Como norma de acesso ao público, o novato delegado Jader, proibiu o acesso de pessoas que estejam trajando bermuda, short, roupa de praia e congêneres. Inúmeras plascas impressas - numa repartição que reclama sempre falta de recursos mínimos - avisam a proibição.
    O conceito de formalidade na indumentária imposto por Jader contrasta com o ambiente e vocação da ‘balneária” São José de Ribamar. Para casos de furtos e roubos  envolvendo turistas, incautos de passagem pela cidade, a proibição de Jader rebaixa estatísticas significativas.  O entendimento do delegado de que os trajes proibidos estão em desacordo com o cerimonial exigido pelo órgão de segurança pública é, para dizer o mínimo, estapafúrdio.
    A regra tem funcionado também como barreira para as inúmeras vitimas da falta de segurança pública, sistema no município sob a responsabilidade do delegado. Muitas pessoas têm evitado fazer o boletim de ocorrência, contribuindo para que este se refestele em aparente competência. Na cidade, casos de roubos e furtos são mais frequentes que as enchentes e vazantes das marés da baía de São José.
    Há poucos dias, moradores de comunidades um pouco distantes da delegacia situada na rua da avenida, como Itapary e Panaquatira, deixaram de contar com a Ronda da Comunidade. Duas viaturas que serviam na ronda foram engolidas pela maré no Panaquatira. Segundo explicaram os policiais, a incidente ocorreu durante a perseguição a criminosos que agem na área. 
    Na tentativa de resgatar os carros, os policias sujaram as fardas. Bastante comuns são os relatos de pessoas que ficaram semi-nuas após serem assaltadas em ruas movimentadas da cidade.