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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Neto de Sarney, José Adriano Cordeiro é especialista em pobreza no Maranhão

   
Os Sarney em de seus momentos de privações
Na contramão do senso comum, o jornal O Imparcial na edição de domingo, 4 de agosto, publicou reportagem sobre o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios, para comentar os dados divulgados no Atlas Brasil 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD. Para comentar o assunto, o jornal do grupo Diários Associados no Maranhão procurou o filho do neto do senador José Sarney (PMDB-AP), José Adriano Cordeiro Sarney, filho do 
deputado federal Sarney FIlho (PMDB-MA).

    Adriano Sarney apresenta suas armas intelectuais que o balizam para a solicita missão. Estudou na  Université Paris I Panthéon-Sorbonne, a mesma instituição que sua tia, a governador Roseana Sarney, jura ter frequentado quando jovem.
    A notoriedade do economista vem de berço. Ficou conhecido nacionalmente ao aparecer como sócio de uma empresa de consultoria intermediadora de convênios de bancos com o Senado quando o avô presidia casa. Em seu rol de amizade está a filha do ex-ministro de Lula e ministro da Fazenda de Dilma Rousseff,  Guido Mantega.
    Dos dez anos cobertos pela pesquisa do Atlas Brasil 2013, entre 1991 e 2010, o pai esteve cativo na Câmara Federal, com breve hiato para ser ministro do Meio Ambiente no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Em parte deste período referencial do Atlas, a tia esteve no comando do Executivo do Estado entre 1995 e 2002; e de 2009 até hoje. 
    Como um bom Sarney, Adriano Cordeiro espertiga-se como expertise em gestão. Na análise de Adriano Sarney, como o pai filiado ao Partido Verde, o índice "ignora aspectos políticos". Enfim, uma piada levada a sério. Embora nas hostes oposicionistas haja quem o reconheça como preparado, fruto do investimento que as elites depositam em seu legado.
Leia a Palavra do Especialista (sic)
José Adriano Sarney 
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) visa analisar o desenvolvimento dos municípios do ponto de vista “humano.” É uma tentativa de ampliar a visão do progresso puramente econômico, levando em conta também outras variáveis, como educação e longevidade. Para se calcular o índice são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Contudo, o índice ignora aspectos políticos (como liberdade e diversidade), ambientais (como poluição) e outras importantes variáveis sociais (como segurança). Isto porque limita-se a utilizar dados dos Censos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde os aspectos quantitativos predominam. 
   A China e a Gâmbia, por exemplo, formularam seus próprios índices municipais, adaptando a metodologia do IDH-M às necessidades locais. A China criou o Índice de Risco à Saúde, incluindo variáveis como a exposição à poluição do ar e da água, aspectos nutricionais e capacidade de atendimento dos serviços de saúde.
    Organismos internacionais também reconhecem que a metodologia usada não abrange todos os aspectos do desenvolvimento humano. No entanto, a utilização do IDH-M oferece um contraponto ao conhecido Produto Interno Bruto (PIB) que considera apenas a dimensão econômica. Além disso, o índice permite a comparação de indicadores socioeconômicos entre municípios brasileiros, ampliando a discussão de políticas públicas e a busca por melhorias na gestão local rumo ao desenvolvimento humano.

Economista e administrador com pós-graduação em economia internacional pela Université Paris I Panthéon-Sorbonne 

PS - FALOU E DISSE..