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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Conselheiros federais da OAB-MA colaboram com a "sarneyzação" da OAB federal
Dois dos três conselheiros federais da OAB-MA devem votar na chapa encabeçada pelo advogado Marcus Vinícius Furtado Coêlho, na eleição da OAB federal que acontece nesta quinta-feira. Natural do Maranhão Marcus Vinícius Coêlho é conselho federal pela OAB-PI. Guilherme Zagallo e Valéria Lauande votam em Coêlho, enquanto Marques compõe a chapa do adversário de Coêlho, o vice-presidente Alberto de Paula Machado, natural
do Paraná, também tem como candidato a diretor tesoureiro de sua chapa um réu em
ação penal por improbidade.
O juiz maranhense Márlon Reis, um dos principais artífices da Lei da Ficha Limpa, também está apoiando Coêlho, assim como o presidente da Embratur, Flávio Dino. Reis não demoveu a intenção de votar no advogado mesmo depois de ser informado sobre processos que o enredam na Ficha Limpa. A manifestação de apoio do magistrado maranhense idignou advogados do país.
Secretário-geral da Ordem, Marcus Vinícius Furtado Coelho responde a processo por improbidade. Coêlho advogou para Roseana Sarney (PMDB) em 2009 no ação que resultou na cassação do mandato do então governador Jackson Lago (PDT) pelo Tribunal Superior Eleitoral em abril daquele ano. Para o conselheiro federal pela OAB-RJ Carlos Roberto Siqueira Castro a a vitória de Coêlho significa a "sarneyzação" da OAB. O advogado piauiense assina uma coluna no jornal Meio Norte, empresa que tem Fernando Sarney, filho do presidente do Senado até hoje, como sócio de Paulo Guimarães.
A OAB federal é uma entidade representativa de 750 mil advgados de todo o país. O orçamento anual da entidade é de R$ 30 milhões. No Maranhão 12 mil advogados estão inscritos na OAB-MA. Mais um quarto das inscrições foram efetuadas na primeira gestão do advogado Mário Macieira, primo da governadora Roseana Sarney, sócio de Guilherme Zagallo em escritório de advocacia em São Luís.
Em 2011, quando iniciou as articulações em torno de uma candidatura única, o advogado Marcus Vinícius Coêlho obteve por meio de seu escritório autorização da
Secretaria do Meio Ambiente do Piauí para desmatar vegetação e promover
atividade agrícola em uma fazenda do próprio escritório em Baixa Grande do
Ribeiro, sul do Estado.
Sociedades de advogados são proibidas pelo Estatuto da OAB , em seu artigo 16, a
realizem "atividades estranhas" à advocacia. Coêlho se defende afirmando que a fazenda
em questão jamais foi explorada comercialmente. A autorização tinha o intuito apenas de "regularização".
Coêlho também é acusado pelo Ministério Público de ter sido contratado
pela Prefeitura de Antônio Almeida (PI) para representar a cidade em ações
judiciais, mas não ter prestado serviço algum. A Promotoria argumenta que o
então prefeito Alcebíades Borges do Rêgo (PSDB) contratou Coêlho para defendê-lo
em ações de cunho particular, na área eleitoral, mas o remunerou com recursos
públicos. Coêlho nega as acusações e apresentou certidões que confirmam sua
atuação em dez processos. A Justiça do Piauí rejeitou a denúncia penal contra
Coêlho, mas a ação civil ainda aguarda julgamento.
MANCHETES DOS JORNAIS
Estado
Aqui-MA:Pauladas e tiros
Jornal Extra:Morador do Cohatrac é morto com perna-manca
Jornal Pequeno:Paralisação de agentes penitenciários causa tumulto no CDP de Pedrinhas
O Estado do MA:MP vai à Justiça contra suspensão de depoimento
O Imparcial: Gasolina pode chegar a R$ 3 em São Luís
Jornal Extra:Morador do Cohatrac é morto com perna-manca
Jornal Pequeno:Paralisação de agentes penitenciários causa tumulto no CDP de Pedrinhas
O Estado do MA:MP vai à Justiça contra suspensão de depoimento
O Imparcial: Gasolina pode chegar a R$ 3 em São Luís
Região
Jornal do Commércio:Serviços reforçados na folia
Meio-norte:Parnaíba e Picos terão projeto piloto de lixo
O Povo:Corpo de ombeiros interdita 4 casas de shows
Nacional
Correio Braziliense:Impunidade, a segunda tragédia
Estadão:Governo eleva a 25% mistura de etanol na gasolina
Estadão:Governo eleva a 25% mistura de etanol na gasolina
Estado de Minas:Fiscalização em BH não tem data para começar
Folha:Haddad promete avaliar segurança de boate em 90 dias
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O Globo:Depois da tragédia de Santa Maria - Rio tem 49 espaços culturais sem alvará.
Valor:Liquidez cresce e frigoríficos captam US$ 2 bi no exterior
Valor:Liquidez cresce e frigoríficos captam US$ 2 bi no exterior
Zero Hora:Empresa de bombeiros executou obra contra incêndio em boate
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Intolerância religiosa, mal a ser combatido - Wadih Damou
O número de ligações ao Disque 100 para denunciar atos de intolerância religiosa cresceu mais de 600% de 2011 para 2012, informa a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. Saltou de 15 para 109. São xingamentos, ataques pela internet, agressões físicas às vezes. O registro oficial provavelmente não espelha realidade dos que são discriminados, uma vez que nem todos os casos chegam ao conhecimento do Poder Público.
Tampouco existe uma instituição ou órgão que contabilize dados: problema, uma vez que as queixas são apresentadas às polícias estaduais c entidades de defesa de direitos humanos. Apenas a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND) recebeu, ano passado, 494 relatos de intolerância religiosa praticada cm perfis hospedados no Facebook, onde a maioria das denúncias refere-se a racismo, 5.021.
É possível, segundo estudiosos que se debruçam sobre o problema, que o racismo esteja entrelaçado com a intolerância religiosa, pois em muitos casos esta é praticada contra crenças e cultos de origem africana, como a umbanda e o candomblé, demonizados por determinados líderes espirituais.
O que se pode dizer de positivo é que, se as denúncias aumentaram isso também se deve à conscientização e à luta por garantir a aplicação do que assegura a Constituição Federal em seu artigo 5º: a inviolabilidade de liberdade de consciência e de crença, assegurado o livre exercício de cultos religiosos. Do lado do Estado, também cabe assinalar como boa nova a criação de comitês nos governos federal e estadual, com ampla representação das religiões aqui praticadas, todos imbuídos de fazer valer o direito e o respeito, sem discriminações de qualquer ordem.
Wadih Damous é conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil pelo Rio de Janeiro.
Dino: 500 dias para a Copa e a projeção do Brasil no exterior
Presidente da Embratur, Flávio Dino |
Na ocasião dos 500 dias para a abertura dos jogos da Copa do Mundo em 2014, o presidente da Embratur, Flávio Dino, fez um balanço das ações promovidas para a divulgação do Brasil no exterior e ressaltou o planejamento feito pelo instituto para fortalecer a vinda de estrangeiros para o país. A entrevista foi concedida ao Portal da Copa.
Os números e as expectativas para os grandes eventos que acontecerão no Brasil a partir de 2013 trazem grandes oportunidades de manutenção de grande quantidade de turistas para o Brasil. Em 2013, a Jornada Mundial da Juventude (evento que reúne milhões jovens cristãos de todo o mundo) e a Copa das Confederações serão o ponto de partida para solidificar uma imagem positiva do Brasil nos turistas vindos de outros países.
Segundo Flávio Dino, o momento é de garantir o sucesso de todos esses eventos para que os turistas que vierem pela primeira vez ao Brasil levem boas referências do país para seus locais de origem.
“A nossa preocupação principal é garantir que a Copa do Mundo seja um sucesso do ponto de vista turístico. Isso significa não apenas garantir a presença dos 600 mil turistas estrangeiros projetados, como também garantir que este ciclo de crescimento do turismo internacional no Brasil vá além da Copa. O investimento que estamos fazendo é para mostrar os preparativos do Brasil e demonstrar que estamos aptos a sediar a Copa do Mundo com êxito. Ao mesmo tempo, buscamos dialogar com os operadores de turismo, mostrando as oportunidades de negócios que a Copa traz e apresentando os atrativos turísticos do Brasil,” disse Flávio Dino.
Para servir de apoio aos investimentos que estão sendo feitos desde 2011 no fortalecimento do turismo, a Embratur aposta nas pesquisas de perfil dos turistas que vêm ao Brasil e também no perfil que os interessados em viajar para cada um dos eventos dos quais o Brasil será sede. A intenção é fazer com que o turista possa chegar a outros pontos turísticos brasileiros, próximos às sedes de cada evento.
“Como somos um país extenso geograficamente, temos atrativos turísticos para todos os públicos. Seja aqueles que se interessam mais por ecoturismo e turismo de aventura; no segmento sol e praia, no qual o Brasil é reconhecido mundialmente; mas também no turismo cultural. Pelo fato de a Copa ter 12 cidades-sede, abre-se a possibilidade de apresentarmos aos turistas potenciais esse cardápio completo que o Brasil representa,” analisou.
Os investimentos que estão sendo feitos devem ser revertidos em crescimento permanente na infraestrutura brasileira. Flávio Dino destacou a importância de que esses investimentos fiquem como legado ao povo brasileiro.
“Precisamos fazer com que os ganhos de infraestrutura sejam tangíveis, sejam de fato concretizados, não só alcançando portos e aeroportos, mas também a qualificação da nossa rede hoteleira e dos recursos humanos. Esse é um investimento de grande importância, não só para os eventos em si, mas sobretudo para nossa nação e para a meta de elevar a qualidade de vida do nosso povo”, defendeu.
Dino fez ainda um balanço da atuação da Embratur no último ano e projeções para 2012 e 2013, estabelecendo perspectivas de aumento do turismo no país: “Nós fechamos 2012 com ingressos de divisas do turismo internacional na ordem de US$ 6,6 bilhões. Em 2013, vamos alcançar a casa dos US$ 7 bilhões. Com isso, dá para imaginar que no ano de 2014 nós vamos chegar a algo em torno de US$ 8 bilhões no ano oriundo do turismo internacional.”
Os números e as expectativas para os grandes eventos que acontecerão no Brasil a partir de 2013 trazem grandes oportunidades de manutenção de grande quantidade de turistas para o Brasil. Em 2013, a Jornada Mundial da Juventude (evento que reúne milhões jovens cristãos de todo o mundo) e a Copa das Confederações serão o ponto de partida para solidificar uma imagem positiva do Brasil nos turistas vindos de outros países.
Segundo Flávio Dino, o momento é de garantir o sucesso de todos esses eventos para que os turistas que vierem pela primeira vez ao Brasil levem boas referências do país para seus locais de origem.
“A nossa preocupação principal é garantir que a Copa do Mundo seja um sucesso do ponto de vista turístico. Isso significa não apenas garantir a presença dos 600 mil turistas estrangeiros projetados, como também garantir que este ciclo de crescimento do turismo internacional no Brasil vá além da Copa. O investimento que estamos fazendo é para mostrar os preparativos do Brasil e demonstrar que estamos aptos a sediar a Copa do Mundo com êxito. Ao mesmo tempo, buscamos dialogar com os operadores de turismo, mostrando as oportunidades de negócios que a Copa traz e apresentando os atrativos turísticos do Brasil,” disse Flávio Dino.
Para servir de apoio aos investimentos que estão sendo feitos desde 2011 no fortalecimento do turismo, a Embratur aposta nas pesquisas de perfil dos turistas que vêm ao Brasil e também no perfil que os interessados em viajar para cada um dos eventos dos quais o Brasil será sede. A intenção é fazer com que o turista possa chegar a outros pontos turísticos brasileiros, próximos às sedes de cada evento.
“Como somos um país extenso geograficamente, temos atrativos turísticos para todos os públicos. Seja aqueles que se interessam mais por ecoturismo e turismo de aventura; no segmento sol e praia, no qual o Brasil é reconhecido mundialmente; mas também no turismo cultural. Pelo fato de a Copa ter 12 cidades-sede, abre-se a possibilidade de apresentarmos aos turistas potenciais esse cardápio completo que o Brasil representa,” analisou.
Os investimentos que estão sendo feitos devem ser revertidos em crescimento permanente na infraestrutura brasileira. Flávio Dino destacou a importância de que esses investimentos fiquem como legado ao povo brasileiro.
“Precisamos fazer com que os ganhos de infraestrutura sejam tangíveis, sejam de fato concretizados, não só alcançando portos e aeroportos, mas também a qualificação da nossa rede hoteleira e dos recursos humanos. Esse é um investimento de grande importância, não só para os eventos em si, mas sobretudo para nossa nação e para a meta de elevar a qualidade de vida do nosso povo”, defendeu.
Dino fez ainda um balanço da atuação da Embratur no último ano e projeções para 2012 e 2013, estabelecendo perspectivas de aumento do turismo no país: “Nós fechamos 2012 com ingressos de divisas do turismo internacional na ordem de US$ 6,6 bilhões. Em 2013, vamos alcançar a casa dos US$ 7 bilhões. Com isso, dá para imaginar que no ano de 2014 nós vamos chegar a algo em torno de US$ 8 bilhões no ano oriundo do turismo internacional.”
Do Portal Vermelho
Adversário histórico de Sarney apoia Marcus Vinícius para presidir a OAB
Adversário político histórico do senador José Sarney, o ex-deputado federal maranhense pelo PCdoB e atual presidente da Embratur, Flávio Dino, declarou apoio a Marcus Vinícius Furtado Coêlho para presidir a OAB nos próximos três anos. Segundo Dino, Marcus Vinícius "está apto a bem desempenhar a missão de presidente nacional da OAB, comportando-se com as imprescindíveis independência e coragem para lutar por um sistema de justiça capaz de garantir direitos a todos, sobretudo aos mais pobres". A eleição na OAB está marcada para esta quinta-feira (31). Flávio Dino disse que conhece Marcus Vinicius há mais de 20 anos, "pois atuamos juntos no movimento estudantil nos anos 80, lutando em defesa da Universidade pública e por um ensino jurídico de qualidade. Desde então, tenho acompanhado sua trajetória profissional, que o habilitou a exercer, com sucesso, funções no Conselho Federal da nossa OAB, patrimônio do povo brasileiro. Acredito que Marcus Vinicius está apto a bem desempenhar a missão de presidente nacional da OAB, comportando-se com as imprescindíveis independência e coragem para lutar por um sistema de Justiça capaz de garantir direitos a todos, sobretudo aos mais pobres."
Na Coluna do Cláudio Humberto
Loja no coração da Madre Deus vende produtos das escolas de samba do Rio de Janeiro
Com vultosos investimentos distribuídos pelo poder público a partir da década de 1990 (veja matéria aqui neste blog), o carnaval no Maranhão não engrenou a marcha da economia da cultura. Exemplo emblemático é a "Moda Cultural", estabelecimento localizado ao lado da Casa Barrica, sede da Cia com CNPJ do Bicho Terra, Boi Barrica e Barriquinha, no bairro da Madre Deus.
Localizada na avenida Rui Barbosa, número 78 A, no largo do Caruçudo, a loja tem no estoque exclusivamente camisetas com estampas de escolas de sambas do Rio de Janeiro. O largo é o principal endereço das brincadeiras carnavalescas nas prévias e dias oficiais do carnaval. As camisas com estampas da Beira Flor de NIlópolis, Salgueiro, Mangueira, G\rande Rio e outras escolas cariocas são vendidas a R$ 50,00, mas a benevolência promocional do proprietário derruba o preço para R$ 35,00 nesse período.
Um turista que procure uma camista de um bloco maranhense, de lá sairá com uma sacola de decepção. Não há nenhuma sequer referente às centenas de brincadeiras carnavalescas. Segundo o proprietário, o produto não chega porque não há interesse dos donos de blocos. Há dez dias do carnaval ele aguarda a chegada da camiseta do Bicho Terra, prometida para esta semana. A companhia possui loja própria no prédio da sede, visinho parede com parede da loja, para comercializar CDs, DVDs e camisetas do bloco carnavalesco e do Boi Barrica.
MANCHETES DE HOJE
Estado
O Estado do MA:Infraero divulga edital para ampliação do aeroporto de SL
Região
Jornal do Commércio:Petrobras reajusta gasolina e diesel
Meio-norte:Autorizadas mais 7 adutoras para o Piauí
O Povo:Gasolina 6,6% mais cara a partir de hoje
Nacional
Correio Braziliense:Tragédia em Santa Maria
Estadão:MP vai investigar bombeiros e fiscais após tragédia no RS
Estadão:MP vai investigar bombeiros e fiscais após tragédia no RS
Estado de Minas:Reprovadas
Folha:Gasolina tem alta de 6,6% a partir de hoje nas refinarias
O Globo:A tragédia de Santa Maria – Omissão de prefeitura e bombeiros é investigada
Valor:Ação coordenada põe o dólar em novo patamar
Zero Hora:Jogo de empurra
Zero Hora:Jogo de empurra
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Na Coluna do Claudio Humberto
PALAVRA PROIBIDA
O estigma do fogo arde no coração dos brasileiros: quase dez anos depois, ninguém foi punido pelo incêndio na base de lançamentos de Alcântara (MA), quando morreram 21 pesquisadores, todos jovens.
O estigma do fogo arde no coração dos brasileiros: quase dez anos depois, ninguém foi punido pelo incêndio na base de lançamentos de Alcântara (MA), quando morreram 21 pesquisadores, todos jovens.
Na coluna Mercado Aberto - MARIA CRISTINA FRIAS
Água no chá
O Rei do Mate prepara, para
2013, a inauguração de cerca de 30 novas lojas. Cidades do interior de SP, como
Bauru, Barueri, Sorocaba e Taboão da Serra, têm contratos fechados. Rio, Piauí,
Alagoas, Maranhão e Ceará já têm lojas novas confirmadas.
MANCHETES DOS JORNAIS
Estado
Jornal Pequeno:"Caso Décio Sá" causa batalha judicial no Fórum de São Luís
O Estado do MA:Justiça suspende oitiva de 55 testemunhas do caso Décio
O Estado do MA:Justiça suspende oitiva de 55 testemunhas do caso Décio
Região
Jornal do Commércio:
Meio-norte:Presidente anuncia R$66 bi para municípios
O Povo:Prefeitura vai vistoriar boates e casas de shows
Nacional
Correio Braziliense:Uma boate perigosa em cada esquina do Brasil
Estadão:Donos de boate são presos; Dilma pede a prefeitos mais fiscalização
Estadão:Donos de boate são presos; Dilma pede a prefeitos mais fiscalização
Estado de Minas:Polícia prende 4 por incêndio em boate
Folha:Boate estava superlotada na noite da tragédia no RS
O Globo:Depois da tragédia...: Prefeitos agora fazem varredura em boates
Valor:
Zero Hora:Falhas e erros banais causaram tragédia
Zero Hora:Falhas e erros banais causaram tragédia
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Crack está fora do dia-a-dia em apenas 16 municípios maranhense
Até a
gestão que se encerrou em dezembro de 2012 a política de combate ao consumo de crack não ocupou
lugar de prioridade nas políticas públicas de saúde para os administradores municipais no Maranhão. Na geografia
do crack em apenas 16 dos 217 municípios maranhenses a droga ainda não está
presente, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, CNM.
Em 50
municípios do Maranhão não há sequer levantamento sobre o consumo de crack. A
partir de levantamentos como apreensão, prisões de traficantes e consumidores
foi possível identificar 39 cidades maranhense onde há alto nível de consumo da
droga. Em outras 50 a droga ainda está
invisível.
Nos
municípios onde o consumo é elevado, houve adesão de 22 prefeituras ao programa
de combate ao crack, mas em apenas oito destes existem Centros de Atenção
Psicossocial, CPAS, pertencente à rede de assistência.
Em apenas
sete das 50 cidades onde não há informações levantadas sobre o crack as
prefeituras aderiram ao programa de Combate
à droga.
ALTO CONSUMO DE CRACK
Alcântara(sim) CPAS (sim)Alto Parnaíba – n/d
Açailândia (sim)- caps (sim)
Água Doce do Maranhão (não ) CAPS (n/d)
Anajatuba (não) CPAS (não)
Axixá (sim) CPAS (não)
Barra do Corda(não) CPAS (sim)
Boa Vista do Gurupi (sim) – CAPS (não)
Brejo (não ) CAPS(não)
Bom Jesus da Selva (não)- CAPS (não)
Buriticupu (sim) CAPS(não)
Cândido Mendes (não) - CAPS (não)
Cantanhede (sim) CPAS (n/d)
Caxias (sim) CAPS (sim)
Central do Maranhão (sim) CAPS (não)
Chapadinha (não ) CPAS (n/d)
Cururupu (n/d) CPAS (n/d)
Dom Pedro (não) CPAS (n/d)
Itinga (não) CAPS (não)
Lago Verde (sim) CPAS (não)
Loreto (sim) – CAPS (não)
Maracaçumé (sim) CAPS (n/d)
Paço do Lumiar (sim) CPAS (sim)
Pedreiras (sim) CPAS (n/d)
Pedro do Rosário (sim) CAPS (não)
Penalva(sim) CPAS (sim)
Peri-Mirim (não) CPAS (n/d)
Presidente Sarney *(não ) CPAS (n/d)
Rosário (sim) CPAS (não)
Santa Rita (n/d) CPAS (n/d)
São Benedito do Rio Preto (sim) CAPS (n/d)
São João Batista (n/d) CPAS (n/d)
São João do Carú (sim) CPAS (n/d)
São Luís (sim) CPAS (sim)
São Luís Gonzaga do Maranhão (n/d) CPAS (n/d)
São Mateus do Maranhão (não) CPAS (sim)
São Vicente Ferrer (sim) CPAS (n/d)
Turilândia (sim) CAPS (não)
Vitorino Freire (n/d) CPAS (n/d)
ONDE O CRACK AINDA É INVISÍVEL
Afonso Cunha (sim) CPAS
(não)Anapurus(n/d) CPAS (n/d)
Arari (sim) CPAS (n/d)
Benedito Leite (n/d) CPAS (n/d)
Bequimão (n/d) CPAS (n/d)
Bernardo do Mearim (n/d) CPAS (n/d)
Buritirana (n/d) CPAS (n/d)
Capinzal do Norte (não) CPAS (n/d)
Cidelândia (não) CPAS (não)
Coroatá (n/d) CPAS (n/d)
Godofredo Viana (n/d) CPAS (n/d)
Gov. Nunes Freire(n/d) CPAS (n/d)
Graça Aranha (n/d) CPAS (n/d)
Igarapé Grande(n/d) CPAS (n/d)
Itapecuru (sim) CPAS (não)
João Lisboa (n/d) CPAS (n/d)
Magalhães de Almeida (n/d) CPAS (n/d)
Matinha (n/d) CPAS (n/d)
Mirador (n/d) CPAS (n/d)
Monção (n/d) CPAS (n/d)
Nova Colinas (não) CPAS (não)
Olho d´Água das Cunhãs (n/d) CPAS (n/d)
Olinda Nova do Maranhão (n/d) CPAS (n/d)
Palmeirandia (sim) CPAS (sim)
Parnarama (n/d) CPAS (n/d)
Pastos Bons (n/d) CPAS (n/d)
Peritoró (n/d) CPAS (n/d)
Pirapemas(n/d) CPAS (n/d)
Porto Franco (n/d) CPAS (n/d)
Ribamar Fiquene(não) CPAS (n/d)
Sambaiba(n/d) CPAS (n/d)
Santa Filomena do MA (n/d) CPAS (n/d)
Santa Luzia (sim) CPAS (n/d)
Santo Amaro do Ma(n/d) CPAS (n/d)
Santo Antonio dos Lopes (n/d) CPAS (n/d)
São Bernardo do MA (n/d) CPAS (n/d)
São Domingos do Azeitão (n/d) CPAS (n/d)
São Félix de Balsas (n/d) CPAS (n/d)
São Francisco do Brejão (sim) CPAS (n/d)
São João dos Patos (n/d) CPAS (n/d)
São José de Ribamar (n/d) CPAS (n/d)
São José dos Basílios (não) CPAS (n/d)
Senador Alexandre Costa (não) CPAS (n/d)
Senador La Roque (n/d) CPAS (n/d)
Serrano do Maranhão (n/d) CPAS (n/d)
Tuntum (n/d) CPAS (n/d)
Tutóia(n/d) CPAS (n/d)
Urbano Santos (n/d) CPAS (n/d)
Viana (não) CPAS (sim)
Zé Doca (n/d) CPAS (n/d)
ONDE A DROGA AINDA NÃO EXISTE
Amapá do Maranhão(não) CPAS (n/d)
Araióses (sim) CPAS (n/d)
Arari (sim) CPAS (n/d)
Araguanã(não) CPAS (n/d)
Formosa da serra Negra (não) CPAS (n/d)
Junco do Maranhão (sim) CPAS (n/d)
Gonçalves Dias (n/d) CPAS (n/d)
Governador Eugênio Barros (não) CPAS (n/d)
Marajá do Sena (não) CPAS (n/d)
Matões (sim) CPAS (n/d)
São Francisco do Maranhão(sim) CPAS (n/d)
São João do Paraíso (não) CPAS (n/d)
São Pedro da Água Branca (não) CPAS (n/d)
São Roberto (n/d) CPAS (n/d)
Sucupira do Riachão (não) CPAS (n/d)
Tasso Fragoso (sim) CPAS (n/d)
Eleição de suspeitos - RICARDO NOBLAT
"As medidas
provisórias mostram o autoritarismo do governo e a preguiça do Congresso de
legislar".
Senador Álvaro
Dias
Nunca antes na história do
Congresso a eleição para presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados reuniu,
no mesmo ano, candidatos tão descaradamente suspeitos de corrupção - no caso, o
senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Uma vez eleitos, o mais comum é que os ocupantes dos dois cargos acabem acusados
por crimes menores. Do tipo emprego de parentes.
HOUVE UMA exceção recente: Severino
Cavalcanti (PP -PE), conhecido, na época, como o Rei do Baixo Clero, renunciou à
presidência da Câmara porque se tornou público, em 2005, que recebera um
mensalinho de R$ 10 mil pago por um concessionário de restaurantes. Baixo Clero
era a turma dos políticos fisiológicos dedicados a extrair vantagens financeiras
do mandato.
A TURMA CRESCEU tanto que a denominação
perdeu o sentido. O Senado, que não tinha Baixo Clero, hoje tem. Algum culpado
em especial? Bem, José Sarney estava destinado a passar à história como o
presidente da redemocratização do país. Goste-se ou não dele, Sarney contribuiu
para remover o entulho autoritário deixado por 21 anos de ditadura, e alargou o
quanto pôde os limites da liberdade.
NÃO IMPORTA que assim tenha procedido
mais por fraqueza do que por força. Poderia ter atrapalhado se quisesse. Não
quis. Tinha direito a um mandato de seis anos, por exemplo. Tentaram
subtrair-lhe dois anos. Cedeu um. Agora, Sarney parece condenado a passar à
história como o presidente da desmoralização do Senado. Ninguém presidiu tanto o
Senado e influenciou tanto o seu destino, nos últimos 17 anos, como
Sarney.
O PRIMEIRO MANDATO dele como presidente
do Senado transcorreu entre 1995 e 1997. Sarney fez seu sucessor - Antonio
Carlos Magalhães, que presidiu o Senado por dois mandatos consecutivos.
Renunciou ao segundo mandato para não ser cassado . Violara o sigilo dos votos
durante uma sessão . Sarney votou em Jáder Barbalho , Ministro da Previdência Social do seu governo, para suceder
a Antonio Carlos.
ACUSADO DE ligação com o desvio de
dinheiro do Banco do Estado do Pará, Jáder acabou obrigado a renunciar ao
mandato para escapar de ser cassado por quebra de decoro. Edison Lobão, homem de
confiança de Sarney, presidiu o Senado em seguida. E aí deu lugar novamente a
Sarney entre 2003 e 2005. Renan Calheiros comandou o Senado de 2005 a 2007
apoiado por Sarney.
NÃO CHEGOU a completar o mandato:
renunciou à presidência para driblar o risco de perder o mandato de senador .
Descobriu-se que o lobista de uma empreiteira pagava a pensão devida por Renan à
mãe de um filho dele fora do casamento. Renan tentou provar que tinha gado
suficiente para justificar seu patrimônio. A Polícia Federal constatou que não.
Na última sexta-feira, o procurador-geral da República denunciou Renan ao
Supremo Tribunal Federal por uso de notas fiscais frias.
POR MAIS duas vezes, Sarney presidiu o
Senado - de 2009 até hoje. Renan está prontinho para sucedê-lo. Nada o ajudou
mais a se eleger outra vez presidente do Senado do que a CPI do Cachoeira. Ali,
ele se empenhou em salvar a pele dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e
Agnelo Queiroz (PT-DF); de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta ; de
jornalistas e do próprio Cachoeira. E conseguiu.
A GARANTIA DA eleição de Renan para a
presidência do Senado e a de Henrique para a presidência da Câmara repousa na
identificação irretocável dos dois com a esmagadora maioria dos seus
pares.
De O Globo
Rede Globo chama de casualidade mensagem "infeliz" no site "Pé na Cova"
A ação, que faz parte da promoção da série Pé na Cova, foi mal vista pelos internautas, que criticaram a falta da sensibilidade da emissora em razão da tragédia envolvendo a morte de pelo menos 232 pessoas no incêndio de uma boate em Santa Maria (RS), na madrugada deste domingo.
Após as críticas, o post foi deletado do perfil, e a Globo se retratou quanto à publicação: “Claro que o tuitede #PéNaCova foi uma infeliz casualidade, pela qual nos desculpamos. Estamos solidários com as famílias de Santa Maria/RS”, dizia a mensagem.
MANCHETES DOS JORNAIS
Estado
O Estado do MA:Tragedia em Santa Maria
Região
Jornal do Commércio:Eram tão jovens…
Meio-norte:Tragédia choca o Brasil
O Povo:Um país desolado
Nacional
Correio Braziliense:Quem vai pagar por este horror?
Estadão:Fogo em boate mata 233 no RS; série de erros causou tragédia
Estado de Minas:Tragédia no Rio Grande do Sul – Erros em série e mais de 200 jovens mortos
Folha:Pior incêndio do país em 50 anos mata 231 em casa noturna no RS
O Globo:Descaso mata 231 jovens no Sul
Valor: Aplicação no exterior ganha força entre os investidores
Zero Hora:Santa Maria
Zero Hora:Santa Maria
domingo, 27 de janeiro de 2013
Belo é o Recife - CAETANO VELOSO
‘O som ao redor’, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, “é um dos melhores
filmes feitos recentemente no mundo”
Nesta Bahia maltratada, vi, sozinho, o filme de Kleber Mendonça Filho e fiquei estarrecido. Raramente um diretor encontra com tanta precisão o tom do filme que deve e quer fazer. “O som ao redor” é um desses raros momentos em que tudo acontece de modo adequado sem que a obra seja apenas suficiente: o filme transcende, inspira, ensina e exalta. Ensina aprendendo. Esperando o jeito de dizer surgir dos atores e dos não atores como confirmação da sabedoria na construção dos diálogos. Não há pontes nem Marco Zero, não há sobrados nem maracatu. Mas os prédios feios, as decorações tolas, a fantasmagórica percepção do dia a dia dos recifenses de agora deixa entrever todas as nuances da sociedade pernambucana, de toda a sociedade brasileira mirada daquele ângulo. Todo o horror mas também toda a beleza se revela a cada lance de montagem, a cada som de máquina ou de voz, a cada escolha de ponto de vista.
A“Festa” de Gonzaguinha — imperdoavelmente ausente do bom “Gonzaga de pai para filho” — está presente aqui, mesmo sem ser ouvida. A começar pela própria existência do filme. Que um filme assim tenha sido feito em Pernambuco, com gente de lá e por gente de lá, é prova da beleza intrínseca que se possibilita nessa quina nordestina do Brasil.
Ouvir a canção (ou paródia de canção) carnavalesca baiana irritando alguns moradores e trabalhadores desses prédios das redondezas da Boa Viagem (“Perigo de tubarões”, diz uma placa), isso dentro do cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves, é experimentar uma espécie peculiar de iluminação. A mãe de família interpretada pela extraordinariamente sexy Maeve Jinkings é de tirar o fôlego e de apertar o coração. A sobriedade e a profunda verdade de cada milimétrico gesto de Irandhir Santos preparam a cabeça do espectador para estudar tudo o que o filme tem a dizer. E o sotaque pernambucano!... As nuances das diferenças da língua entre gerações e extrações sociais. Os mais jovens e mais urbanos palatalizam mais os tês e os dês. O nome do primo encrenqueiro de João é tudo entre Dinho e Dginho na escala que vai do avô coronel ao primo cosmopolita.
Em “Gonzaga de pai para filho” há pernambuco e há cinema. Ainda não vi “A febre do rato”. “Gonzaga” não é um filme pernambucano. Em “Gonzaga” falta Ivan Lins e o MAU, falta Som Livre Exportação, sobretudo falta “Festa”, o elo perdido entre o filho e o pai. Canção que é também uma obra-prima. Em “O som ao redor” ela ecoa forte, à roda dos sons divinamente editados, dos pátios dos edifícios, da trilha magnífica de DJ Dolores, do mar barrento. Um tal filme ter sido feito no Recife diz da beleza que ele é. Não senti falta, em “Gonzaga”, da menção ao papel secundário e pequeno que o movimento tropicalista desempenhou na redescoberta de Gonzagão pelo público jovem da época. Eu teria posto algo a respeito apenas do “Luiz Gonzaga volta pra curtir”, show que, acho, Waly Salomão dirigiu no Terezão (por que, aliás, mudar o nome do Tereza Rachel para Net Rio? A Net poderia manter o nome consagrado — ou assumir logo Terezão — e colocar-se como patrocinadora: um dia essas empresas vão ver que não é gostoso ter teatros e casas de espetáculos com nomes tipo Credicard Hall, ATL Hall, American Airlines Arena…), mas a ausência de “Festa” é sintoma de falha do roteiro. Ouço-a ao ver “O som ao redor”. Onde, aliás, o tropicalismo recebe uma homenagem que só não considero imerecida porque, sendo a escolha tão profundamente pensada e a inserção do trecho da gravação tão incrivelmente bem feita, minha reação é de gratidão infinita por ter minha voz, minha pobre voz, fazendo parte desse filme. Mais do que a minha, a voz transcendental de Jorge Ben. Mais do que ela, seu violão. Mais do que o violão, a canção e o que ela sugere.
Não posso deixar de pensar em Eduardo Campos e na seriedade da política em Pernambuco. Eu aqui nessa Bahia maltratada. Sou o cara que canta a peça de axé hilária que soa no filme. Sou o cara que a compõe. Fico, do meu canto, esperando qual será a consequência dos planos de Carlinhos Brown de abrir espaço especial para os blocos afro no carnaval de Salvador. Ele sempre enriquece a cultura popular da cidade. Não vai ser para este ano, como eu esperava. Clarindo não será, como imaginávamos e queríamos seus admiradores, o subprefeito do Pelourinho. Mas Neto deve saber o que está fazendo. E Clarindo há de ver dias (e noites) melhores na Cantina da Lua.
“O som ao redor” é um dos melhores filmes brasileiros de sempre. É um dos melhores filmes feitos recentemente no mundo. Gonzaga, Brown, Clarindo, axé, Glauber, Ivan Lins, todos se engrandecem com isso. Deve-se isso ao tom encontrado por Kleber.
Nesta Bahia maltratada, vi, sozinho, o filme de Kleber Mendonça Filho e fiquei estarrecido. Raramente um diretor encontra com tanta precisão o tom do filme que deve e quer fazer. “O som ao redor” é um desses raros momentos em que tudo acontece de modo adequado sem que a obra seja apenas suficiente: o filme transcende, inspira, ensina e exalta. Ensina aprendendo. Esperando o jeito de dizer surgir dos atores e dos não atores como confirmação da sabedoria na construção dos diálogos. Não há pontes nem Marco Zero, não há sobrados nem maracatu. Mas os prédios feios, as decorações tolas, a fantasmagórica percepção do dia a dia dos recifenses de agora deixa entrever todas as nuances da sociedade pernambucana, de toda a sociedade brasileira mirada daquele ângulo. Todo o horror mas também toda a beleza se revela a cada lance de montagem, a cada som de máquina ou de voz, a cada escolha de ponto de vista.
A“Festa” de Gonzaguinha — imperdoavelmente ausente do bom “Gonzaga de pai para filho” — está presente aqui, mesmo sem ser ouvida. A começar pela própria existência do filme. Que um filme assim tenha sido feito em Pernambuco, com gente de lá e por gente de lá, é prova da beleza intrínseca que se possibilita nessa quina nordestina do Brasil.
Ouvir a canção (ou paródia de canção) carnavalesca baiana irritando alguns moradores e trabalhadores desses prédios das redondezas da Boa Viagem (“Perigo de tubarões”, diz uma placa), isso dentro do cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves, é experimentar uma espécie peculiar de iluminação. A mãe de família interpretada pela extraordinariamente sexy Maeve Jinkings é de tirar o fôlego e de apertar o coração. A sobriedade e a profunda verdade de cada milimétrico gesto de Irandhir Santos preparam a cabeça do espectador para estudar tudo o que o filme tem a dizer. E o sotaque pernambucano!... As nuances das diferenças da língua entre gerações e extrações sociais. Os mais jovens e mais urbanos palatalizam mais os tês e os dês. O nome do primo encrenqueiro de João é tudo entre Dinho e Dginho na escala que vai do avô coronel ao primo cosmopolita.
Em “Gonzaga de pai para filho” há pernambuco e há cinema. Ainda não vi “A febre do rato”. “Gonzaga” não é um filme pernambucano. Em “Gonzaga” falta Ivan Lins e o MAU, falta Som Livre Exportação, sobretudo falta “Festa”, o elo perdido entre o filho e o pai. Canção que é também uma obra-prima. Em “O som ao redor” ela ecoa forte, à roda dos sons divinamente editados, dos pátios dos edifícios, da trilha magnífica de DJ Dolores, do mar barrento. Um tal filme ter sido feito no Recife diz da beleza que ele é. Não senti falta, em “Gonzaga”, da menção ao papel secundário e pequeno que o movimento tropicalista desempenhou na redescoberta de Gonzagão pelo público jovem da época. Eu teria posto algo a respeito apenas do “Luiz Gonzaga volta pra curtir”, show que, acho, Waly Salomão dirigiu no Terezão (por que, aliás, mudar o nome do Tereza Rachel para Net Rio? A Net poderia manter o nome consagrado — ou assumir logo Terezão — e colocar-se como patrocinadora: um dia essas empresas vão ver que não é gostoso ter teatros e casas de espetáculos com nomes tipo Credicard Hall, ATL Hall, American Airlines Arena…), mas a ausência de “Festa” é sintoma de falha do roteiro. Ouço-a ao ver “O som ao redor”. Onde, aliás, o tropicalismo recebe uma homenagem que só não considero imerecida porque, sendo a escolha tão profundamente pensada e a inserção do trecho da gravação tão incrivelmente bem feita, minha reação é de gratidão infinita por ter minha voz, minha pobre voz, fazendo parte desse filme. Mais do que a minha, a voz transcendental de Jorge Ben. Mais do que ela, seu violão. Mais do que o violão, a canção e o que ela sugere.
Não posso deixar de pensar em Eduardo Campos e na seriedade da política em Pernambuco. Eu aqui nessa Bahia maltratada. Sou o cara que canta a peça de axé hilária que soa no filme. Sou o cara que a compõe. Fico, do meu canto, esperando qual será a consequência dos planos de Carlinhos Brown de abrir espaço especial para os blocos afro no carnaval de Salvador. Ele sempre enriquece a cultura popular da cidade. Não vai ser para este ano, como eu esperava. Clarindo não será, como imaginávamos e queríamos seus admiradores, o subprefeito do Pelourinho. Mas Neto deve saber o que está fazendo. E Clarindo há de ver dias (e noites) melhores na Cantina da Lua.
“O som ao redor” é um dos melhores filmes brasileiros de sempre. É um dos melhores filmes feitos recentemente no mundo. Gonzaga, Brown, Clarindo, axé, Glauber, Ivan Lins, todos se engrandecem com isso. Deve-se isso ao tom encontrado por Kleber.
De O Globo
Na Coluna do Ancelmo Gois
Pão e circoCid Gomes, que pagou R$ 650
mil para Ivete Sangalo inaugurar um hospital, não é um caso isolado. Mesmo em
cidades com problemas em saúde ou educação, é raro encontrar um prefeito que não
gaste com shows o meu... você sabe.
Com saudade e com afeto - FERREIRA GULLAR
Não alcançava o nível das crônicas que o Rubem Braga escrevia e fizeram dele um
mestre do gênero
Conheci Rubem Braga na revista "Manchete", em 1955, quando lá trabalhei como redator. Aliás, ali conheci muita gente, a começar por Otto Lara Resende, seu diretor, que me chamou para lá, onde trabalhavam Armando Nogueira, Darwin Brandão, Borjalo e, depois, Janio de Freitas e Amilcar de Castro.
Não por acaso, logo se tornou a melhor revista do Brasil. Rubem, como Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, era colaborador, escrevia uma crônica por semana.
Fui para lá por indicação de Millôr Fernandes, meu companheiro de praia em Ipanema, ao saber que tinha sido demitido de "O Cruzeiro".
Como não havia vaga de redator, Otto me pôs provisoriamente como revisor, mas, para Adolpho Bloch, dono da revista, eu não era mais do que isso. Tanto assim que, quando Otto me passou a redator, criou-se um problema: "Ele não é redator, Otto, é revisor!". E Otto: "Não fala besteira, Adolpho, Gullar é um poeta, escreve muito bem".
Ele se calou, mas não se convenceu. Acontece, porém, que Rubem Braga, por alguma razão, não mandou a crônica da semana e Otto me pediu que a escrevesse em lugar dele. Aí entra Adolpho na Redação: "Otto, esse Rubem é um gênio. Viu que bela crônica escreveu nesta semana?". Armando e Borjalo logo se aproximaram para ouvir os elogios.
E Otto: "Quer dizer que a crônica do Rubem desta semana é uma maravilha?". "Pode dizer a ele que adorei!"."Acontece, Adolpho -disse Otto- que o autor dessa crônica não é Rubem Braga, é o Gullar."
Adolpho amarelou: - Você está de gozação comigo!
- Então pergunta ao pessoal aí.
- É verdade, Adolpho, quem escreveu a crônica foi o Gullar -garantiu Armando.
- Vocês estão querendo me sacanear! -alegou Adolpho, saindo da Redação, com um gesto obsceno.
- Aqui pra vocês, oh!
Mas não me tornei logo amigo de Rubem Braga, que pertencia à turma do uísque e eu à do chope. Naquela época, eu morava num quarto de pensão, no Catete, com Oliveira Bastos e Carlinhos Oliveira, que era espírito-santense como Rubem, e seu fã. Embora nunca tivesse grana para completar o aluguel do quarto, passava as noites tomando uísque com ele, Tom Jobim e Fernando Sabino. Viria a ser também um ótimo cronista.
Estive algumas vezes na cobertura de Rubem, ali na Barão da Torre. Numa dessas vezes, foi para encontrar com o poeta Pablo Neruda, que passava pelo Rio. Ao final do encontro, convidei-o a assistir à peça "Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória", do Dias Gomes e minha, no Teatro Opinião. Ele foi em companhia de Rubem, que o ajudou no esclarecimento de certos detalhes da peça.
No final, ele aplaudiu de pé e foi me agradecer o convite: "Agora, conheço melhor o Brasil", exagerou ele. Pouco tempo depois, embora não mexesse com teatro, escreveu uma peça, não sei se levado pelo entusiasmo daquela noite.
Outro convite do Rubem foi para encontrar com Gabriel García Márquez. A conversa estava animada, quando chegou um convidado que só me conhecia de nome.
- Você é o poeta Ferreira Gullar?
- Às vezes -respondi eu, para a risadaria geral. García Márquez quis saber o motivo dos risos e eu então lhe expliquei: - Respondi "às vezes" porque meu nome mesmo não é Ferreira Gullar, mas José de Ribamar Ferreira e, também, porque não sou poeta 24 horas por dia. Só às vezes.
Ele gostou da minha tirada, tanto que, pouco depois, ao falar a um jornal mexicano, a contou, mas atribuindo-a a Jorge Luis Borges.
Quem me informou disso foi Leon Hirszman, que também esteve na casa de Rubem naquela noite. Estava desapontado. Entendi: a tirada era boa demais para ser atribuída a um desconhecido.
Adolpho, ao elogiar a crônica que escrevi com o nome do Rubem Braga, estava mais uma vez equivocado. Era apenas interessante, não alcançava o nível das crônicas que o Rubem escrevia e fizeram dele um mestre do gênero na imprensa brasileira.
Agora, ao falar dele aqui, quando se comemora seu centenário de nascimento, lembro-me de uma linda crônica sua que começa assim: "Vieram alguns amigos. Um trouxe bebida, outros trouxeram bocas. Um trouxe cigarros, outro apenas um pulmão. Um deitou-se na rede e outro telefonava. E Joaquina, de mão no queixo, olhando o céu, era quem mais fazia: fazia olhos azuis".
Conheci Rubem Braga na revista "Manchete", em 1955, quando lá trabalhei como redator. Aliás, ali conheci muita gente, a começar por Otto Lara Resende, seu diretor, que me chamou para lá, onde trabalhavam Armando Nogueira, Darwin Brandão, Borjalo e, depois, Janio de Freitas e Amilcar de Castro.
Não por acaso, logo se tornou a melhor revista do Brasil. Rubem, como Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, era colaborador, escrevia uma crônica por semana.
Fui para lá por indicação de Millôr Fernandes, meu companheiro de praia em Ipanema, ao saber que tinha sido demitido de "O Cruzeiro".
Como não havia vaga de redator, Otto me pôs provisoriamente como revisor, mas, para Adolpho Bloch, dono da revista, eu não era mais do que isso. Tanto assim que, quando Otto me passou a redator, criou-se um problema: "Ele não é redator, Otto, é revisor!". E Otto: "Não fala besteira, Adolpho, Gullar é um poeta, escreve muito bem".
Ele se calou, mas não se convenceu. Acontece, porém, que Rubem Braga, por alguma razão, não mandou a crônica da semana e Otto me pediu que a escrevesse em lugar dele. Aí entra Adolpho na Redação: "Otto, esse Rubem é um gênio. Viu que bela crônica escreveu nesta semana?". Armando e Borjalo logo se aproximaram para ouvir os elogios.
E Otto: "Quer dizer que a crônica do Rubem desta semana é uma maravilha?". "Pode dizer a ele que adorei!"."Acontece, Adolpho -disse Otto- que o autor dessa crônica não é Rubem Braga, é o Gullar."
Adolpho amarelou: - Você está de gozação comigo!
- Então pergunta ao pessoal aí.
- É verdade, Adolpho, quem escreveu a crônica foi o Gullar -garantiu Armando.
- Vocês estão querendo me sacanear! -alegou Adolpho, saindo da Redação, com um gesto obsceno.
- Aqui pra vocês, oh!
Mas não me tornei logo amigo de Rubem Braga, que pertencia à turma do uísque e eu à do chope. Naquela época, eu morava num quarto de pensão, no Catete, com Oliveira Bastos e Carlinhos Oliveira, que era espírito-santense como Rubem, e seu fã. Embora nunca tivesse grana para completar o aluguel do quarto, passava as noites tomando uísque com ele, Tom Jobim e Fernando Sabino. Viria a ser também um ótimo cronista.
Estive algumas vezes na cobertura de Rubem, ali na Barão da Torre. Numa dessas vezes, foi para encontrar com o poeta Pablo Neruda, que passava pelo Rio. Ao final do encontro, convidei-o a assistir à peça "Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória", do Dias Gomes e minha, no Teatro Opinião. Ele foi em companhia de Rubem, que o ajudou no esclarecimento de certos detalhes da peça.
No final, ele aplaudiu de pé e foi me agradecer o convite: "Agora, conheço melhor o Brasil", exagerou ele. Pouco tempo depois, embora não mexesse com teatro, escreveu uma peça, não sei se levado pelo entusiasmo daquela noite.
Outro convite do Rubem foi para encontrar com Gabriel García Márquez. A conversa estava animada, quando chegou um convidado que só me conhecia de nome.
- Você é o poeta Ferreira Gullar?
- Às vezes -respondi eu, para a risadaria geral. García Márquez quis saber o motivo dos risos e eu então lhe expliquei: - Respondi "às vezes" porque meu nome mesmo não é Ferreira Gullar, mas José de Ribamar Ferreira e, também, porque não sou poeta 24 horas por dia. Só às vezes.
Ele gostou da minha tirada, tanto que, pouco depois, ao falar a um jornal mexicano, a contou, mas atribuindo-a a Jorge Luis Borges.
Quem me informou disso foi Leon Hirszman, que também esteve na casa de Rubem naquela noite. Estava desapontado. Entendi: a tirada era boa demais para ser atribuída a um desconhecido.
Adolpho, ao elogiar a crônica que escrevi com o nome do Rubem Braga, estava mais uma vez equivocado. Era apenas interessante, não alcançava o nível das crônicas que o Rubem escrevia e fizeram dele um mestre do gênero na imprensa brasileira.
Agora, ao falar dele aqui, quando se comemora seu centenário de nascimento, lembro-me de uma linda crônica sua que começa assim: "Vieram alguns amigos. Um trouxe bebida, outros trouxeram bocas. Um trouxe cigarros, outro apenas um pulmão. Um deitou-se na rede e outro telefonava. E Joaquina, de mão no queixo, olhando o céu, era quem mais fazia: fazia olhos azuis".
Da Folha
Na Coluna do Ilimar Franco
Marina engole o
PVO PV encomendou uma
pesquisa do Instituto Ipesp sobre a sucessão presidencial. O primeiro cenário:
Dilma (PT), 57%; Aécio Neves (PSDB) 18%; e, Fernando Gabeira (PV), 10%. O
segundo cenário: Dilma, 42%; Marina Silva (sem partido), 32%; Aécio, 12%; e,
Gabeira, 4%. O terceiro cenário: Dilma, 39%; Marina, 35%; Aécio, 12%; e, Eduardo
Campos (PSB), 4%. Além de mostrar que Marina tira votos dos Verdes, ela revelou
que a sigla está dissociada de seu número. Apesar de 60% conhecerem o PV, só 7%
sabem que seu número é 43. A pesquisa ouviu mil pessoas, dias 14 e 15 de
dezembro, por telefone (o que dá peso maior às de renda mais alta e
escolarizadas).
Imagem e confiança dos partidos
A pesquisa também pediu que fosse atribuída uma nota (de 0 a 10) aos partidos: PT, 5.8; PMDB, 5.7; PV, 5.4; PSDB, 5.2; e, PSB, 4.8. E quis saber sobre a confiabilidade das legendas: PT, 37%; PV, 36%; PSB, 36%; PMDB, 31%; e, PSDB, 27%.
“O foco da candidatura Gabeira é fortalecer o PV para ampliar a bancada na Câmara. A candidatura Marina Silva é um efeito colateral”Sarney Filho
Líder do PV na Câmara dos Deputados (MA)
Imagem e confiança dos partidos
A pesquisa também pediu que fosse atribuída uma nota (de 0 a 10) aos partidos: PT, 5.8; PMDB, 5.7; PV, 5.4; PSDB, 5.2; e, PSB, 4.8. E quis saber sobre a confiabilidade das legendas: PT, 37%; PV, 36%; PSB, 36%; PMDB, 31%; e, PSDB, 27%.
“O foco da candidatura Gabeira é fortalecer o PV para ampliar a bancada na Câmara. A candidatura Marina Silva é um efeito colateral”Sarney Filho
Líder do PV na Câmara dos Deputados (MA)
Na Coluna do Claudio Humberto
“Tenho por norma, quando deixo cargos, não olhar para
trás”
José Sarney (PMDB-AP), ao final de sua quarta presidência no Senado Federal
José Sarney (PMDB-AP), ao final de sua quarta presidência no Senado Federal
MANCHETES DOS JORNAIS
Estado
Jornal Pequeno:Salários de vereadores aumentam em 19 das 26 capitais brasileiras
O Estado do MA:Câmara dará início ao ano maior e mais cara
O Estado do MA:Câmara dará início ao ano maior e mais cara
Região
Jornal do Commércio:500 dias, muito por fazer
Meio-norte:Dilma monta parceria inédita com prefeitos
O Povo:Vantagens e riscos dos amores conectados
Nacional
Correio Braziliense:Classe média muda a cara de Samambaia
Estadão:Audios mostram ligação entre máfia dos pareceres e o poder
Estado de Minas:Vaga de carro em BH rende mais que aluguel de apartamento
Folha:Igrejas arrecadam R$ 21 bi por ano
O Globo:Jovens abandonam assentamentos rurais
Zero Hora:No ano 3, Dilma busca marca para se credenciar à reeleição
sábado, 26 de janeiro de 2013
Mota Machado ameaça moradores do Radional e adjacências com esgoto in natura
Moradores do Radional e bairros vizinhos querem que a Caema interceda junto à construtora Mota Machado para que desligue a conexão irregular que ameaça danificar a antiga rede de esgoto que atende ao conjunto residencia.
Condomínio Altos dos Franceses, da Mota Machado: esgoto sem tratamento |
Neste sábado, 26, os moradores voltaram a se reunir para discurtir uma saída para o problema que se avizinha caso a Caema não tome uma providência. Eles temem que o grande volume de esgotos na antiga rede acabe por romper a tubulação. Nas ruas do conjunto não há problema de esgoto estourado, um caso raro na cidade de São Luís (MA).
A construtora Mota Machado conclui a construção de blocos de apartamentos residenciais no Outeiro da Cruz. Todo o esgoto dos prédios será despejado no Rio Anil, nome de uma das torres do condomínimo, sem nenhum tratamento.Ainda por cima, utilizando a antiga rede de esgoto construída para atender ao conjunto residêncial Eney Santana (primeira dama do estado, mulher do governador Pedro Neiva de Santana), entregue em meados da década de 70.
Os moradores questionam até mesmo o gabarito dos prédios construídos pela Mota Machado. A construtora teria obtido licença para construir prédios de quatro andares, mas acabou erguendo torres de 16 andares. O conjunto de prédios denominado Altos dos Franceses está localizado em um dos pontos mais altos da cidade. As duas torres receberam os nomes de Rio Sena e Rio Anil.
Câmaras no interior do Maranhão lançam editais para comprar carros e comida
Da série de avisos de licitações que frequentam as páginas dos jornais com circulação em São Luís duas chama atenção: das Câmaras de Lago da Pedra e Fortaleza dos Nogueiras.
Em Fortaleza dos Nogueiras, o vereador Alan Roosevelt de Souza Nogueira, presidente da Mesa Diretora da Casa, vai realizar licitação na modalidade pregão presencial do tipo menor preço para contratação de empresa fornecedora de combustíveis e lubrificantes para abastecimento e manitenção "de veículos1 a serviço do legislativo. O pregão nº01 da Câmara Municipal de Fortaleza dos Nogueiras, no entanto, será para contratação de empresa para serviços de assessoria e consultoria na área de contabilidade pública e responsabilidade fiscal.
Com quatro avisos de licitação, a Câmara Municipal de Lago da Pedra contratou o pregoeiro Salviano Almeida Moura quatro dias após a posse dos vereadores para a nova legislatura que se inicia no dia 1º de fevereiro. Além da localão de veículo com motorista, a Câmara objetiva contratar empresa fornecedora de combustível e adquirir "generos alimentícios" para atender a demanda operacional da casa.
Disputa por vaga no Senado antecipa corrida eleitoral de 2014
Roberto Rocha e Edivaldo Holanda Júnior no "Recanto dos Pássaros" na CO |
"Estou no interior do estado em campanha", afirmou o vice-prefeito. Rocha será novamente candidato ao Senado nas eleições de 2014. Segundo o ex-deputado federal sua candidatura a única vaga do Senado reservada ao Maranhão é um acordo com a direção do PSB e com os partidos da base de apoio do prefeito Edivaldo Júnior.
O acordo citado por Rocha exclui da disputa pela vaga o ex-governador José Reinaldo Tavares que esteve ao lado do ex-prefeito João Castelo (PSDB) até os últimos dias da administração como prefeito. Tavares é demonizado pelo grupo Sarney que o responsabiliza pela única derrota do grupo em 50 anos de domínio no estado. Em 2010 disputou uma das duas vagas ao Senado pelo PSB e foi derrotado, assim como os dois candidatos tucanos, entre eles o vice-prefeito de São Luís.
Ao menos duas candidaturas ao Senado estão postas há 18 meses das eleições de 2014. Além de Roberto Rocha o deputado federal Domingos Dutra (PT) confirmou a intenção de participar da corrida pela vaga.
Outras candidaturas devem aflorar com a aproximação do pleito. Não é improvável a candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB). Pelo desejo de apoiadores, como o presidente da câmara de São Luís, vereador Antonio Isaías Pereirinha (PSL), a governadora deve adiar a anunciada desistência de disputar eleições. Com Sarney de pijama, Roseana não terá outra saída.
Índios 'alugam' terras para exploração ilegal de madeira
AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
DE BELÉM
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
Índios da Amazônia têm loteado e "alugado" terras para madeireiros desmatarem
e retirarem madeira de forma ilegal --e a preços módicos.
A Folha identificou casos em ao menos 15 áreas indígenas (no Amazonas,
Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia), com base em investigações da Polícia
Federal, Ministério Público e relatos de servidores da Funai (Fundação Nacional
do Índio).
Nas transações, madeireiros pagam R$ 15 pelo m³ da madeira, depois revendida
por preços na casa dos R$ 1.000, de acordo com a PF.
Além de pagamento em dinheiro, os índios também aceitam aparelhos
eletrônicos, bebidas ou até mesmo prostitutas, conforme relatos de funcionários
da Funai.
A madeira ganha aspecto de legalidade pelo uso de planos de manejo aprovados
legalmente para outras áreas. Chega assim ao mercado.
Luciano Silva/Divulgação/Ibama | ||
Serraria ilegal flagrada no entorno da área de Anambé, no Pará, em 2011 |
Fora da Amazônia, a prática é menos comum, por haver menos madeira disponível
com interesse comercial.
As terras indígenas representam 21,2% da Amazônia Legal. Dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais apontam que o desmatamento ainda não chegou a
grandes proporções nessas áreas --atingiu até agora 1,29%.
Além da madeira, também existem investigações sobre o envolvimento de índios
na extração de minério.
SEM CONTROLE
Na terra indígena Anambé, em Moju, no Pará (a 266 km de Belém), relatório da
Funai diz que os índios, após alugarem parte do território a madeireiros,
acabaram perdendo o controle sobre a área.
Tarso Sarraf/Folhapress |
A índia Maria Anambé, que se diz contra o desmatamento |
O posto da fundação que ficava no local foi abandonado após um funcionário
ter sido ameaçado por madeireiros. O local será reativado.
Uma das índias afirmou à Folha que a maioria dos índios era contra o
loteamento. "A gente tenta mostrar que o desmatamento não é bom para nós. Mas
mesmo assim tem muitos que vendem [a madeira]. Dinheiro vicia a pessoa", disse
Maria Anambé, 36.
Relatórios de fiscalização apontam que a madeira do local é levada para
Tailândia, polo madeireiro do sudeste do Pará e que foi alvo, em 2008, da
Operação Arco de Fogo, do Ibama e da PF.
Em Mato Grosso, a PF detectou o problema em 2007 no Parque Nacional do Xingu,
uma das maiores áreas indígenas do mundo.
A Justiça Federal chegou a bloquear bens de madeireiros. A decisão dizia que
os índios "não só foram aliciados para facilitar a ação [...] como se tornaram
agentes ativos e destacados na extração e comercialização de madeiras".
Em Rondônia, o líder indígena Almir Suruí, da terra Sete de Setembro, diz que
já informou a Funai sobre a conivência de moradores de algumas das 25 aldeias da
área.
"Eles falam que não podem mandar fiscalização porque tem índio envolvido. Se
tem, para mim é bandido como quaisquer outros. Além de roubar o próprio povo,
rouba um bem da União."
OUTRO LADO
A Funai diz que está atuando "intensamente" no combate à extração ilegal de
madeira em terras indígenas, com ações de fiscalização e de capacitação.
O setor de monitoramento territorial da fundação afirma que, quando
identifica a conivência de índios nesse tipo de atividade, desenvolve
"alternativas econômicas sustentáveis" para que eles tenham outra fonte de
renda.
Entre essas ações estão o apoio à extração de castanha-do-pará e à produção
de látex, por exemplo, além de auxílio em dinheiro.
Se essas alternativas não têm efeito, afirma a coordenação, os casos são
levados à PF e a outros órgãos de segurança pública.
REDUÇÃO
Coordenadora do setor de monitoramento, Thaís Gonçalvez afirmou, por e-mail,
que o desmatamento nessas terras vem caindo desde 2008, diferentemente dos
índices de unidades de conservação e assentamentos.
"Ou seja, nossos esforços ao longo dos anos de fiscalização e fomentos a
atividades econômicas sustentáveis têm surtido efeito, apesar do baixo orçamento
e de recursos humanos limitados."
Em outubro do ano passado, a Funai em Brasília encaminhou às coordenações
regionais uma espécie de cartilha orientando servidores sobre as penas previstas
a quem extrai madeira ilegalmente.
Colaborou KÁTIA BRASIL, de Manaus
Prefeitura comandava retirada de madeira de terra indígena no MA
DE BELÉM
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Um grupo armado controlava a entrada e saída de caminhões na terra indígena
Alto Turiaçu, no norte do Maranhão. A extração de madeira era liberada, desde
que madeireiros se cadastrassem e pagassem R$ 150 por viagem.
O controle era feito pela Prefeitura de Maranhãozinho, segundo a Polícia
Federal, que em dezembro indiciou o então prefeito e outras dez pessoas sob
suspeita de participação no esquema.
A PF diz que índios tinham conhecimento e participavam da atividade, mas
nenhum foi identificado até o momento. Também havia policiais militares no
grupo, de acordo com as investigações.
A prefeitura chegava a dar um tíquete a madeireiros para permitir que
entrassem na área, diz o delegado Alexandre Lucena, do grupo de combate ao crime
organizado.
Ele diz que a prática já estava "institucionalizada". Por dia, cerca de 20
caminhões entravam na área, onde vivem índios da etnia ka'apor, awá-guajá, tembé
e timbira.
O ex-prefeito Josimar Cunha Rodrigues (PR) nega qualquer controle de extração
ilegal feito em sua gestão.
Diz que a PF confundiu-se com a fiscalização feita pela prefeitura sobre o
tráfego de caminhões em estradas vicinais próximas à terra indígena.
Neste ano, assumiu o prefeito José Auricélio Leandro, do mesmo partido de
Rodrigues.