O Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal), que representa os trabalhadores metalúrgicos de São Luís e os empregados da Alcoa/Alumar, contesta as recentes notícias acerca de possível fechamento de uma das linhas de produção da empresa na capital, por alegações do alto custo, principalmente com energia.A notícia foi espalhada pelo presidente da Força Sindical,
O presidente da entidade e funcionário da Alumar, José Maria Araújo, denuncia a manobra da Alcoa para amedrontar a categoria e impedir a paralisação das atividades em busca de aumento de 11% no salário.
“A Alumar já arquitetou outras farsas no passado durante a campanha salarial dos metalúrgicos, a exemplo do falso atentado envolvendo um diretor da empresa (caso Celso Motter, em 1993) e congelamento de salários em 2009, todas foram desmascaradas”, afirma.
Segundo Araújo, a campanha salarial da categoria tem data-base em 1º de março. Já aconteceram oito reuniões de negociação com a Alumar e Sindicato Patronal, que até o momento não ofereceram nenhuma proposta de aumento real. A Alumar solicitou uma reunião com o sindicato, para tratar da negociação salarial especifica da empresa, com o objetivo de encontrar uma solução negociada e evitar a paralisação da produção.
Os lucros são crescentes na produção de alumina e alumínio obtidos pela empresa, que possui mina própria de extração da bauxita, termoelétrica, ações em hidrelétricas, incentivos governamentais do BNDES e contrato de energia subsidiada válido até 2024, pagando pela energia praticamente a metade do valor pago pelo consumidor comum.
A realidade da maior empresa de produção de alumínio do universo no Maranhão é caprichosa. Na linha de produção em São Luís foi implantado de uma jornada de trabalho extenuantes, pagando um dos piores salários do mundo no setor.
“O grupo Alcoa possui 25 fábricas de alumínio no mundo; a receita global somou US$ 24,9 bilhões em 2011. Nos anos 80 veio ao Maranhão com a promessa de gerar 10 mil empregos, tem gerado na prática: terceirização fraudulenta, doenças, acidentes fatais e transtornos psicológicos”, avalia Araújo.
Ele contesta a possibilidade de fechamento, ressaltando que o Brasil tem estabilidade econ�?mica e política, ocupando a sexta economia mundial, com perspectiva de crescimento e expansão do mercado interno, a exemplo da realização das olimpíadas, copa do mundo e pré-sal; a posição geográfica também oferece às empresas exportadoras vantagem competitiva propícia ao negócio, por não causar riscos como apagões e terremotos.
"Falar em falência é um absurdo; os boatos e farsas objetivam confundir a opinião pública e prejudicar os trabalhadores”, afirma.