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domingo, 25 de abril de 2021

Babilônia em chamas - Líder da banda Tribo de Jah detona ex-candidato a prefeito de São Luís pela Rede


O cantor e compositor Fauzi Beydoun se manifestou por meio de carta aberta na qual renuncia ao posto de porta voz estadual do partido de Marina em São Luís. Na carta, o líder da banda de reggae Tribo de Jah detona o ex- candidato a prefeitura de São Luís e comunicador de tevê, Jeisael.

Veja a carta abaixo:

“Por total incompatibilidade com a maioria dos quadros que compõe a executiva estadual do Maranhão, venho por meio desta anunciar o meu desligamento do cargo de Porta Voz Estadual do partido.

Atribuo a minha decisão à ação desagregadora que a porta voz estadual, Sra. Janicelma e seu pequeno séquito de seguidores implementaram no partido que resultou na debandada de metade de seus filiados e ao ataque leviano que sofri do sempre candidato Jeisael durante reunião com a nacional.

Para ser mais preciso eu diria que por mais que a atual porta voz se esforce para passar uma imagem de boa moça, bem intencionada, pude sentir na pele, como tantos outros companheiros que deixaram o partido, as suas atitudes mais nefastas.

Da parte do sr. Jeisael, preciso botar um ponto final em minha defesa no tocante aos recursos da campanha, mas desde já assinalo que é uma pessoa que jamais gostaria de ver à minha frente e se isso ocorresse, certamente não apertaria a sua mão e nem jamais pretendo ter o desprazer de lhe dirigir a palavra.

Desta forma, fica evidente a impossibilidade para que eu continue à frente dessa executiva. Tudo que tenho de admiração pelo partido espelhado nas imagens e nos exemplos de pessoas como Marina, Pedro Ivo, Heloisa Helena, etc., cai por terra quando procuro algo motivador no exemplo dos quadros citados aqui neste estado.

Neste caso aqui a Rede deixa de ser Rede para ser algo muito mais comparável com o que se tem de mais baixo na politica nacional.
Fazendo a minha defesa ante a acusação leviana que sofri na reunião, fui chamado de corrupto por “ter metido dinheiro no bolso” quando apenas cobrei honestamente o partido por um serviço prestado com todo o empenho e a qualidade que se exigia.

Depois de mais de quatro ou cinco anos gastando meus limitados recursos com o partido nas mais diversas situações , inclusive custeando passagens, hospedagem, alimentação, despesas com taxis para levar o sr. Candidato Jeisael a Brasilia e viabilizar sua entrada no partido, pela primeira e única vez recebi algum recurso desta agremiação partidária que certamente não cobriria nem de longe o montante das despesas que tive inclusive com minha própria campanha, para a qual não recebi nenhum centavo sequer.

Ao contrário do Sr. Jeisal que certamente ficou muito contrariado porque os dez mil Reais que me foram pagos pelo meu trabalho saíram do montante de sua campanha. Se ele não obteve mais recursos para a mesma certamente decorre da gestão caótica dos recursos de campanha feita pela nossa porta voz, a qual ele mesmo criticou veementemente e a qual deixou na mão a quase totalidade dos candidatos do partido com exceção seguramente de um deles, o candidato sr. Newton, não por acaso tesoureiro do partido e puxa-saco inveterado da referida porta voz.

Quando soube que recursos da campanha estavam sendo alocados para cobrir despesas anteriores à campanha como aluguel de sala, etc., questionei o nosso então porta voz nacional, sr. Pedro Ivo dizendo que havia composto e gravado a musica de graça para o nosso candidato, para ajudar na campanha e fiquei surpreso com a resposta: “Não cobrou porque não quis, porque dinheiro tem… “.

Me explicou que aproximadamente 350 mil Reais haviam sido destinados ao Maranhão prioritariamente para a campanha do sr. Candidato Jeisael e que os recursos estavam travados e se não fossem utilizados seriam devolvidos.

Liguei então prontamente para o Sr. Jeisael e avisei que havia mudado de ideia e que não achava justo fazer o meu trabalho de forma gratuita levando em conta a maneira como estava sendo gerida a conta da campanha.

Disse o mesmo para a nossa porta voz intercedendo inclusive em favor de nosso candidato para que ela agilizasse o processo para novos repasses à sua campanha, frisando que se ela estava cobrindo despesas prévias que nada tinham a ver com a campanha e que ela mesma havia avaliado sem que eu sequer soubesse o montante, não faria papel de idiota gravando musica de graça para o candidato em plena pandemia quando tivemos todos os shows cancelados e me vali desse expediente inclusive com candidatos de outros partidos para manter minhas contas em dia.

Para um candidato a vereador, Dr. Joel, pedi 10 mil reais e gravei por 7.500, sem sequer compor a canção que já veio pronta. Para prefeitos pedia entre 20 e 15 mil e recusei as poucas propostas de gravação que recebi por achar os candidatos suspeitos. Recentemente recebi proposta do Senador Roberto Rocha para gravar canção promocional e o produtor ou agente chegou a cogitar o valor de 50 mil para a gravação, já que a cantora Alcione havia pedido 80 mil e eu disse que não aceitaria. Isso tudo para justificar que isso é meu trabalho.

Poderia não ter o cobrado o partido mas em vista de todo o exposto me sentiria de fato um idiota se não o tivesse feito. Foi emitida uma nota fiscal de minha produtora, nada foi feitos as escuras e o primeiro a ser informado foi o Sr. Jeisael.

Ainda assim, é irônico dizer que tenho plena convicção que se não fosse eu jamais o projeto de sua entrada e candidatura pelo partido teria sido aprovado. Na então circunstância não havia a menor chance. Me lembro que com exceção dos srs. Lima e Mauro, todos foram veementemente contra o apoio à sua candidatura pela Rede.

E se não tivesse eu ido a Brasilia levando-o a tiracolo, custeando minhas próprias despesas, isso jamais teria acontecido. Nessas horas percebemos a memória curta de certas pessoas que tem naturalmente o dom do imediatismo, do ufanismo, e outros ismos como suas premissas de conduta.

E é por isso que jamais aceitaria estar ao lado de uma quadro politico como esse e como o de nossa porta voz, à qual atribuo todo o clima tóxico que conseguiu trazer para o partido a ponto de provocar a enorme debandada de filiados, muitos deles orgânicos, da Rede. O poder seja dado àqueles que vivem e respiram por isso, e que para isso utilizam o jogo dos subterfúgios e dissimulações.

Confesso que não me acho melhor que os demais e posso admitir que em alguns momentos perdi o interesse pelo partido no estado, mas esse apego ao poder não me compete. Posso receber críticas sim pela minha gestão mas não uma acusação leviana, fora do contexto numa reunião com pessoas alheias à realidade local. Golpes baixos são próprios de quem detém a baixeza moral.

O discurso imperativo, autoritário do juiz acima dos mortais destoa do ideal da Rede, por isso jamais vou endossar a candidatura do sr. Jeisael assim como não vejo meios de conviver com a nossa prestigiosa porta voz PRINCIPAL.

Aos companheiros fiéis o meu apreço e a minha gratidão. Aos traíras e levianos, peço a compaixão do Sr. Deus assim como peço para mim o seu perdão a cada dia.

Que Deus abençoe a todos indistintamente!”