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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Em carta, Sarney diz até logo ao Amapá, afirmando ser inventor do Estado

  

Por meio de carta aberta, intitulada 'Ao povo do Amapá', o ex-senador José Sarney disse um 'até logo' ao povo que lhe deu três mandatos. Na véspera de completar oficialmente 88 anos de idade, o cacique do PMDB transferiu seu domicílio eleitoral para o Maranhão.

Inicia a carta ao povo dirigindo-se a ‘amigos e amigas do nosso querido Estado do Amapá” e prossegue asseverando que “todos sabem” ser ele possuidor de residência em Brasília, no Maranhão e no Amapá, mas que achou ser seu dever transferir seu título eleitoral para onde reside a família, que não é formada apenas por ele e a mulher, “mas também por filhos, netos, bisnetos, além de onze irmãos, dos quatorze que possuía”.

Na manifestação pública, o político maranhense assinala que desde a eleição passada decidira por não mais concorrer a mandato eletivo. Desobrigado de votar, Sarney diz na carta que a decisão deve-se à dificuldade em atender “as obrigações com o Estado do Amapá".

Diz ainda que sua saída do cenário político do Amapá permitirá a abertura de espaço para novos nomes e oportunidade para lançamento de candidaturas dentro do grupo político que sempre o apoiou. Afirma que aparece em “grande preferência” nas pesquisas eleitorais no Amapá”, mas que não quer manter falsas expectativas, liberando seus correligionários para buscar “novas oportunidades”.
           
No final repete o clássico refrão: "Eu não digo adeus, digo até logo, afagando seus 'amigos e amigas' afirmando que jamais romperá seus laços com o Amapá, independente do título eleitoral. E, conclui no melhor estilo Sarney, afirmando ter '"consciência de que o Amapá hoje tem um grande futuro e está preparado para ser um importante Estado", e ter aberto portas para a juventude do Amapá que não tinha horizontes quando ele chegou por lá.