Por meio de carta aberta, intitulada 'Ao povo do Amapá', o ex-senador
José Sarney disse um 'até logo' ao povo que lhe deu três mandatos. Na véspera
de completar oficialmente 88 anos de idade, o cacique do PMDB transferiu seu
domicílio eleitoral para o Maranhão.
Inicia a carta ao povo dirigindo-se
a ‘amigos e amigas do nosso querido Estado do Amapá” e prossegue asseverando
que “todos sabem” ser ele possuidor de residência em Brasília, no Maranhão e no
Amapá, mas que achou ser seu dever transferir seu título eleitoral para onde reside a família, que não é
formada apenas por ele e a mulher, “mas também por filhos, netos, bisnetos,
além de onze irmãos, dos quatorze que possuía”.
Na manifestação pública, o
político maranhense assinala que desde a eleição passada decidira por não mais
concorrer a mandato eletivo. Desobrigado de votar, Sarney diz na carta que a
decisão deve-se à dificuldade em atender “as obrigações com o Estado do
Amapá".
Diz ainda que sua saída do cenário político do Amapá permitirá a
abertura de espaço para novos nomes e oportunidade para lançamento de
candidaturas dentro do grupo político que sempre o apoiou. Afirma que aparece
em “grande preferência” nas pesquisas eleitorais no Amapá”, mas que não quer
manter falsas expectativas, liberando seus correligionários para buscar “novas
oportunidades”.
No final repete o clássico refrão: "Eu não
digo adeus, digo até logo, afagando seus 'amigos e amigas' afirmando que jamais
romperá seus laços com o Amapá, independente do título eleitoral. E, conclui no
melhor estilo Sarney, afirmando ter '"consciência de que o Amapá hoje tem
um grande futuro e está preparado para ser um importante Estado", e ter
aberto portas para a juventude do Amapá que não tinha horizontes quando ele
chegou por lá.