No Maranhão, uma jovem negra tem quase as mesmas chances de ser assassinada que uma negra. No Brasil apenas no Paraná, as negras são menos vulneráveis nesta escalada de violência contra mulheres. É o que aponta o relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, sobre taxa de homicídios entre mulheres de 15 aos 29 anos, feito pela Secretaria Nacional de Juventude e Unesco.
No Brasil, segundo o levantamento realizada nas 26 unidades da federação, o Rio Grande do Norte apresenta o índice de vulnerabilidade mais elevado. São 8,11 vezes superiores as chances que uma jovem negra tem de ser morta que uma branca.
Os dados foram recolhidos junto a 304 municípios brasileiros com população acima de 100 mil habitantes.
A primeira edição do levantamento foi publicada em 2015. Para a representante interina da Unesco, Marlova Noleto, os dados revelam o genocídios de jovens mulheres negras no Brasil. Nos últimos dois anos o problema se agravou. Foi constatado que em pleo menos 24 unidades da federação os riscos para a população de jovens aumentou.