O
prefeito de São José de Ribamar, Luiz Fernando Silva (PSDB), ameaça um dos
traços mais tradicionais do Festejo do santo padroeiro do Maranhão e Ceará.
Silva restringiu o espaço para artesãos de cerâmica de Rosário.
Há mais de cem anos, desde tempo imemoriais da festa
do santo de botas, quando a luz cheia iluminava o caminhos dos romeiros por mar
e terra, os artesãos têm espaço garantido. De primeiro, como diz o povo
ribamarense, eles ficavam nas imediações da igreja. Com o tempo, se
estabeleceram por conveniência na região do cais do Barbosa. Era o local de desembarque da mercadoria, trazida por via marítima.
À primeira vista o prefeito não apresentou razões
para a proibição da presença dos artesãos rosarienses. Imprensou meia dúzia
deles nas proximidades do acesso ao cais reformado. Além dos constrangimento,
os artesãos ficaram ao relento sem energia elétrica para facilitar a
comercialização. A prefeitura anuncia que vai cobrar uma taxa de ocupação para
o exíguo número de artesãos.
Não há argumento plausível para a atitude da
prefeitura. Luiz Fernando Silva tem comprado briga com o comercio informal na
cidade. A título de disciplinamento tem retirado oportunidade de renda da
população sem perspectiva em um município que tem arrecadação constituional e
capacidade zero de geração de emprego. A prefeitura segue a política neoliberal
escorada no assistencialismo.