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terça-feira, 27 de junho de 2017

Cláudio Costa inaugura "Ancer" no Centro Cultura Vale Maranhão

    O Centro Cultural Vale Maranhão abre na sexta-feira (30), a exposição "Ancer" do artista Cláudio Costa, com obras relacionadas a temas como paisagem, conhecimentos tradicionais, mitologias e ancestralidade compõem a exposição individual. São 90 peças.
    Desde o ano de 2000, o artista tem recolhido materiais e impressões nas cidades e nos povoados por onde passou. Além de histórias, conhecimentos e crenças da cultura local, o artista recolheu objetos como lençóis, roupas, restos de embarcações, redes de pesca, folhas, lama, pedaços de pau seco com os quais, através de performances e experimentações, foi construindo o conjunto de obras que agora é exposto integralmente pela primeira vez.
    “O meu saber é muito buscado nos moradores antigos, com quem eu tenho imenso prazer de estar junto. Eu viajo, vou para a mata, peço licença e fico com eles. Busco materiais que estão no cotidiano, no corriqueiro das pessoas”, revela Cláudio Costa.
    A curadora da exposição, Paula Porta, destaca em seu texto de abertura, que as obras “falam das marcas da vida, assim como do conhecimento, das percepções, dos medos e da visão de mundo de quem vive em meio à exuberância e à imponência da paisagem. Falam de uma ancestralidade, de uma bagagem que se carrega. O tingimento é a técnica predominante na exposição, resultado da investigação de seus diversos usos tradicionais, que já estão desaparecendo.”, ressalta a curadora.

    Dentre as obras do artista, o visitante poderá apreciar telas, tecidos, esculturas, além de fotos e filmes, em especial o vídeo inédito “Arcabouços”, que teve a direção de Beto Matuck e trilha sonora de Zeca Baleiro.

    A exposição fica aberta à visitação de 1º de julho a 20 de agosto, no Centro Cultural Vale Maranhão. O horário de visitação é de terça a domingo, das 10h às 19h. Mais informações no site www.ccv-ma.org.br e pelo telefone (98) 3232 6363.

Trajetória do artista
Cláudio Costa nasceu em São Luís, em 1963. É filho, neto e tataraneto de vianenses e tem forte relação com a cidade. Morou no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília nos anos 80. Sua primeira exposição individual intitulada Papéis do Papel aconteceu em 1987. Conquistou diversos prêmios na Coletiva de Maio, realizada em São Luís, entre os anos de 94 e 95. Participou de três edições do Salão de Artes de São Luís, e conquistou os prêmios Instalação (1996) e Destaque (2006/2007/2008). No início dos anos 2000 iniciou suas rotas geopoéticas pelo norte do Maranhão, em busca de uma vivência mais profunda das paisagens, projeto premiado pela Funarte (Ministério da Cultura) em 2008 e 2009.