A estreia da peça se deu lá atrás, no periodo da Ditadura de Garastazu Médici, em 1973, um ano antes do processo de abertura sob a baioneta de Geisel. Sem cortes, a peça esteve em cartaz no Arthur Azevedo em 1994. A apresentação não teve a marca da tesoura da censura. São essas as imagens da encenação integral o material do DVD. O próprio autor o espetáculo, Roberto Athayde, aprovou a montaem.
O material é inédito. Mas não é inédita as lentas e graduais reformas da chamada Casa de Apolônia Pinto. Ao longo de sua história, muitas vezes as cortinas foram fechadas. Se bem que a atual está aos farrapos. A reforma é premente. A precariedade aparente está por todo o prédio. No palco, o anúncio da reforma que virá foi feito antes mesmo que o imortal Américo Azevedo Neto substituísse o cantor do Boi Barrica, Roberto Brandão, direção da casa.
Nessa trajetória da existência recente, encenou-se contradições sarcásticas como a elevação do valor da pauta e redução de serviços e da qualidade destes. O ar condicionado ou sua falta, por exemplo, virou um simples detalhe.
Há poucos dias a tragédia se avizinhou da principal casa de espetáculo do Maranhão que chegou às páginas do New York Times numa rasgação de seda. Foi na era Bicudo, não se sabe se no pacote do plano de Roseana Sarney de chegar ao Palácio dos Planalto, antes de ser catapultada pela Lunus, flagrada pela PF com a boca na botija no escritório do marido e sócio.
Telhado do prédio da Seplan, na Rua do Sol- agora só cinzas |
Pela previsão do processo de licitação, a demorada das obras não ultrapassará seis meses. Com contagem depois do carnaval, acreditar que em agosto tudo estará nos conforme no TAA é colher uma esperança do ano novo.