O Grito dos Excluídos em São Luís levantou uma bandeira premonitória este ano. Com o lema "Brasil, em nossas mãos a mudança", o movimento realizado em 7 de setembro há 15 anos em todo país na capital maranhense protestou contra a instalação de siderurgia na capital maranhense. O movimento conta com a participação de segmentos da igreja católica.
Com a palavra de ordem "Vida sim, polo não", segundo os organizadores, centenas de pessoas foram às ruas em São Luís e acabaram barrados pelo batalhão de choque da polícia militar na região do Anel Viário, onde aconteceram os desfiles militares na data. O confronto é reeditado sempre na mesma data entre movimento e força de repressão do estado.
Pela proposta de revisão do Plano Diretor apresentada pela Prefeitura de São Luís em 13 audiências públicas realizadas até o momento, a atividade siderúrgica está proibida de ser desenvolvida em território do município.
Segundo o Grito dos Excluídos, o polo poderá provocar o desalojamento de até 14 mil pessoas que moram e trabalham na área pretendida pelo projeto siderúrgico. A proposta de revisão proibida o desenvolvimento de toda cadeia de siderurgia em São Luís,
O ex-secretário de Agricultura do estado e ex-presidente do Sebrae-MA, Cláudio Azevedo, e representantes da Fiema se manifestaram contrários à proposta de proibição das atividades siderúrgica apresentada pelo Instituto da Cidade nas audiências de debate da revisão do Plano Diretor e nova Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.